sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O país do dragão.


Introdução.

Berço de uma das civilizações mais antigas e complexas, cobrindo uma intrigante história cultural milenar de mais de 5 mil anos, território com 9596960 quilômetros quadrados, com hábitos, costumes e tradições que variam bastante entre províncias, cidades e povoados, grupos étnicos que em termos numéricos, o preponderante é o Han Chinês. Contudo, atavés da sua longa história, outros grupos foram assimilados em seus hábitos e culturas ou desapareceram sem deixar vestígios. Ao mesmo tempo, muitos dentro da identidade Han mantiveram tradições, hábitos e cultura regional distintas. Grandes problemas ambientais, apesar do programa de controle da natalidade, adotado pelo governo na década de 1970, em que cada casal só pode ter somente um filho,a população passa hoje dos 1,3 bilhões, distribuídas de forma irregular, variando de cerca de dez habitantes por quilômetros quadrados nos planaltos do oeste a cerca de 400 em cidades do litoral e uma economia em ascensão, são as principais características da nação do dragão, ser mitológico utilizado de forma ornamental desde a dinastia Xia (2070-1600 a. C.), o qual possui o poder, segundo a cultura chinesa, de trazer a harmonia e a prosperidade. Mas, mesmo com o mundo globalizado; a mídia; a existência do google para nos auxiliar, o que sabemos sobre este país a não ser que é o lugar de onde vêm os tênis de marca, uma infinidade de bugigangas os quais são vendidas em sua maioria por vendedores ambulantes e que foi sede dos Jogos Olímpicos em 2008? A falta de conhecimento se dá pelo fato do Brasil não possuir laços históricos e culturais com a China. As poucas menções no currículo escolar refere que a China é o país onde surgiu a pólvora e o papel. Segundo Luiz Villalta da Universidade Federal de Minas Gerais ( U.F.M.G), (Revista Nova Escola, Março de 2008, página 73), ''os laços históricos e culturais do Brasil com os países europeus e africanos são muito mais fortes''.
No ponto de vista filatélico, abaixo primeira emissão postal da China, emitida em 01/01/1878 denominado ''Grande Dragão''. Medindo 22,5 x 25,5 (picotagem 12 ½ ) com valor facial de 01 candarin e cor verde.


No último ano do Imperador Hsien Feng, Dinastia Ching (1851-1861), alguns representantes estrangeiros chegaram em Pequim. Os tratados de Tientsin, davam a eles a garantia e a liberdade de se corresponder em qualquer local da costa e de empregar carteiros.
No quarto ano de reinado do Imperador Tung Chih (1865), quando por ventura o Inspetor Geral de Impostos foi transferido de Shanghai para Pequim, uma taxa para coleta e entrega de correspondências foi introduzida. Em consequência, foram instalados departamentos postais em outras cidades, assim como já havia em Pequim.
Paralelamente, em 23/03/1878, na época do Imperador Kuang Hsu, as agências postais de Tientsin, Peking, Newchwang, Chefoo e Xangai foram abertas aos habitantes e um serviço postal diário foi estabelecido entre Tientsin e Pequim.
Em agosto de 1878, impressos pelo Departamento Estatístico de Xangai, os primeiros selos “Grandes Dragões” (Dragonstamps ou Large Dragons) foram impressos e colocados à venda, em Tientsin e em outros locais. Esta emissão, é tida como a primeira emissão oficial dos Correios Imperiais (Imperial Customs Post). Na época, todas as comerciais transações postais eram unicamente feitas em peso de prata–a moeda então usada correspondia à centésima parte do tael-de-prata. O valor facial dos selos foram de um, três e cinco candarins de prata. Do quarto ao oitavo ano do Imperador Kuang Hsu, por necessidade, outras impressões foram feitas com o objetivo de atender a demanda por mais selos, especialmente o selo com valor de três candarins. Os selos “Tipo Grande Dragão” mostram que o dragão representado é um dragão do ar chamado “LUNG”, o qual é o tipo de dragão mais popular na China. Ele está “flutuando” entre as nuvens e sobre o mar. Os selos possuem no centro um dragão guardião, “protegendo” a “pérola da noite”, que conforme a mitologia chinesa, tem virtudes miraculosas contra a doença. Os dois ramos que saem da pérola simbolizam os raios luminosos. Nos cantos superiores dos selos há dois caracteres chineses significando “GRANDE CHING”, com a palavra “CHINA” (em inglês) impressa entre eles. No painel da direita, três caracteres indicam “CORREIO”, no da esquerda, outros três caracteres repetem o valor facial do selo. Nos cantos inferiores dos selos, há os algarismos arábicos referente aos valores faciais: um (verde), três (laranja), ou cinco(amarelo-ocre), com a palavra “CANDARIN” ou “CANDARINS” (em inglês) imprimida entre eles.




Cultura milenar.

Nenhum outro assunto parece ter tão pouco interesse quanto a cultura milenar de uma nação oriental. Discutir estas questões com a mesma veemência com os cidadãs ocidentais unicamente preocupados com as questões do controle governamental versos propriedade privada, democracia versos totalitarismo, cultura verso terrorismo ou dólar verso euro. Deleite com sutileza que seria um assunto considerado por muitos como estéril, trivial. Contudo, aos mais desavisados, como veremos na série de artigos que se segue, as mais variadas questões culturais chinesas, foram e continuam a ser importantes para o mundo ocidental. Ao que se refere a sua histórica cultura, o país possui para oferecer a qualquer pessoa do planeta, dados e informações sobre qualquer área de pesquisa tecnológica bem como outras que datam de 550 mil a 230 mil anos atrás. O fóssil do Homem de Pequim é um dos exemplo, descoberto em 1927 no sítio arqueológico de Zhoukoudian.


Selo do Uzbequistão mostra a provável
aparência do Sinanthropus pekinensis.

No decorrer de várias dinastias de imperadores, iniciadas em torno de 2000 anos a.C., moldou-se a tradicional política tecnológica e cultural do país. Como exemplo, o sistema de escrita o qual foi elaborado em torno da dinastia Shang (1600-1111 a.C.), e ao longo dos séculos foi sofrendo variações. Mas, mais que um simples modelo de comunicação entre a população, a escrita chinesa é considerada como uma obra de arte.


2004. China. Série alusiva a caligrafia antiga da China.
Scott: 3414/3417.

Os selos com o mesmo valor facial mostram: Oriente dinastia Han, Yiying estela; Oriente dinastia Han, Estela Zhangqian; Oriente dinastia Han, estela Caoquan e Oriente dinastia Han, Song Shimen.

Com dimensões territoriais tão grande, era natural que ao longo dos séculos, gradativamente fossem sendo criados variados dialetos. Mas, mesmo com o surgimento destes variados dialetos, os ideogramas do sistema escrito, permite manter a população coesa, e até mesmo, facilita a comunicação entre chineses e japoneses, os quais mesmo possuindo línguas distintas, a comunicação entre eles é facilitada devido ao fato dos ideogramas não serem letras, mas símbolos.

Ao lado, série alusiva a Grande Muralha da China.
Outro exemplo da sua cultura é a Grande Muralha da China. Símbolo da reunificação da China, foi construída pelo Imperador Shih Huang-ti com a finalidade de fortificações já existentes, criando um sistema de defesa unificado que fosse possível impedir as invasões do território chinês por povos mangões. A Grande Muralha é hoje considerada como o maior monumento já construído pelo ser humano e o único visível do espaço, começa ao norte de Pequim e continua a oeste por cerca de 6.700 quilômetros, do Mar Amarelo através de quatro províncias, duas regiões autônomas, no Deserto de Gobi. Há relatos que milhares de pessoas pagaram com suas vidas a construção deste monumento. Sua construção começou em 214 a. C., unindo vários muros existentes e formando um único sistema de defesa contra as tribos nômades e os bárbaros. A antiga e sequente Dinastia Han ampliou a parte que se encontra no deserto, servindo como um meio de defesa para a Rota da Seda.
A muralha foi reconstruída ao longo dos anos, sobretudo entre os séculos XV e XVI, quando uma renovação importante foi iniciada durante a Dinastia Ming, em 1368, protegendo a capital dos constantes ataques mongóis. Atualmente, o que vemos da muralha é o que foi reforçado desta Dinastia.
Outro grande exemplo a ser mencionado é o exercito de soldados de terracota do imperador Qin Shi Huang Di. Peças encontradas em “XI'AN” ou Xian, na província de Shaanxi.
Ao lado, série emitida pela China em 1983 mostrando as escavações e figuras do mausoléu Qin Shi Huang. Scott: 1859/1862.
No ano de 1987, o mausoléu "Qin Shi Huang" foi declarado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. Com cerca de 56 quilômetros quadrados, aproximadamente, os guerreiros medem de 1,8 a 2 metros de altura. Qin Shi Huang Di foi o primeiro Imperador que uniu a China sob a mesma dinastia, realizador de grandes reformas sociais e econômicas. Os Qin governaram de 211 a 206 antes de Cristo, e foram os responsáveis pela implantação do conceito de império entre os chineses. O Imperador faleceu há mais de 2 mil anos e foi sepultado junto a um exército de guerreiros de terracota, cuja principal missão era zelar por ele no além. Os chineses acreditavam na continuação da vida na terra, após a morte.



China. Série alusiva a Bronze Chariots Unearthed do
Mausoléu do Imperador Qin Shi Huang.
Scott 2276/2278.

Selos retratando: Chefe de Bronze Officer Imperial e Cabeça de Cavalo de Bronze. Bloco: O Bronze Chariots Unearthed do Mausoléu do Imperador.

Outros prósperos períodos históricos podem ser destacados, como exemplos, a dinastia Zhou (1111-256 a. C.), período em que constitui a base da cultura clássica chinesa com diversos pensadores como Kongfuzi, Laozi, Mozi, Mengzi e Xunzi, e mais recentemente, podemos apontar a dinastia Han (206 a.C.-220 d. C.). Foi durante esta dinastia que os antigos chineses inventaram o papel.
Ao que concede a filatelia, abaixo série com quatro valores emitida em 20/09/1962, sobre antigas pinturas chinesas do Museu do Palácio Nacional. Os selos foram impressos por Courvoisier S. A. (Suíça) e seus desenhos centrais mostram 4 retratos pintados de famosos imperadores das Dinastias Tang, Sung, Yuan e Ming, respectivamente.




a) $0,80 - Imperador T’ai Tsung (Li Shih-min), segundo Imperador da Dinastia Tang, reinou entre 627 a 649. A pintura original é um rolo de papel em seda, medindo 126,8 × 271 mm (pintor desconhecido).
b) $2,00 - Imperador T’ai Tsu (Chao K’wang-yin), primeiro Imperador da Dinastia Sung, reinou entre 960 a 975 a. C. A pintura foi desenhada em seda, medindo 169,7 × 191 mm (pintor desconhecido).
c) $3,20 - Imperador T’ai Tsu (Genghis Khan), Dinastia Yuan, foi um famoso mongol que regeu seu Império entre 1206 a 1227 a. C. A pintura original foi desenhada em seda, medindo 47 × 59,4 mm (pintor desconhecido).
d) $4,00 - Imperador T’ai Tsu (Chu Yuan-chang), fundador da Dinastia Ming, reinou entre 1368 a 1398. A pintura original foi desenhada em seda, medindo 51,8 × 63,7 mm (pintor desconhecido).

Os valores tradicionais na cultura chinesa são fluidos da explicação ortodoxa do confucionismo, o qual fazia parte do curriculum escolar e parte dos exames de admissão na administração pública imperial. Os líderes que dirigiram os esforços para mudar a sociedade chinesa depois do estabelecimento da República Popular da China em 1949 foram promovidos na antiga sociedade, que se viu marcada por estes valores. Revolucionários conscientes, não tiveram intenção de transformar a cultura chinesa completamente. Como administradores práticos, os líderes do partido comunista mudaram alguns aspectos tradicionais, como a posse da terra e a educação rural, mas, conservavam outros, como a estrutura familiar. As mudanças na sociedade chinesa foram menores e menos consistentes do que as reivindicações dos porta-vozes oficiais.


Problemas ambientais ligados ao crescimento do modelo empresarial
micro-produtivo.


Mesmo que elogiada internacionalmente ao que se refere ao modelo de educação prestado à população, o país é muito criticado ao que se refere aos aspectos das leis trabalhistas e aos baixos salários pagos aos trabalhadores. A explicação para este fato, em parte se dá pela enxurrada de produtos manufaturados de valor baixo exportado para o mundo. Todavia, o modelo econômico micro-produtivo, já vêm perdendo sua força para os investimentos na mão de obra especializadas em equipamentos de tecnológicos os quais necessitam maior investimento em pesquisas.
Em Junho de 2007, entrou em vigor uma nova lei após varias denuncias a nível internacional sobre o trabalho escravo praticado em diversas fabricas e empresas.


Máximo postal não circulado retratando flores
emitido pela China em 1995.
Carimbo ordinário.

Ao que se refere ao meio ambiente, paralelamente ao progresso econômico, a exploração desenfreada e sem qualquer limite, também vêm recebendo várias críticas a nível internacional. Isto se dá, ao fato de cerca de 30% do território chinês sofrer com chuvas ácidas, parte de todo o lixo produzido nas grandes cidades permanecerem sendo depositados em locais impróprios, como os rios. Estatísticas apontam que 80% dos rios chineses estão poluídos com metais pesados e outros manterias tóxicos e praticamente não existe mais peixes nestas águas. Consequentemente a isto, as doenças relacionadas à poluição crescem de forma exagerada e são as principais causas de morte no país, principalmente nas grande cidades. Pesquisas afirmam que em pouco anos o país irá superar os Estados Unidos em emissão de gases poluentes, devendo o fato, a longo e médio prazo, acarretar a desaceleração do ritmo de crescimento nacional.


Cenário econômico.

Tradição milenar, modernidade e prosperidade, movem este país que mais cresce no mundo, e o seu cenário econômico impressionam a todos. Considerado o país mais populoso do planeta, a China possui um produto interno bruto em torno de 3,4 trilhões de dólares (estatística de 2007), o qual a coloca em quarto entre as maiores economias mundiais. Atrás somente da Rússia e do Canada.


 Formosa - China. FDC não circulado com
dois selos alusivos a economia.
Carimbo ordinário com data
de 16/03/1977.

Prosperidade, modernidade e tradição movem este país que mais cresce no mundo. Na atualidade, a China é apontada como uma das maiores super potência de grande influencia mundial. Após sair do sistema politico comunista na década de 1980, abriu as portas para o sistema econômico de mercado e comércio exterior e se transformou de um simples sistema agrário coletivo em um dos maiores exportadores mundial, passando a atrair investidores estrangeiros de todos os lugares do mundo. Seu acesso em 2001 na Organização Mundial do Comércio, lhe proporcionou a garantia à entrada aos mercados exteriores. Segundo o relatório elaborado em 2005 pelo Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, apesar das condições de vida ainda serem muito mutável no campo e em algumas áreas nas grandes cidades, em 25 anos, a China foi capaz de tirar do estado de extrema pobreza, cerca de 250 milhões de pessoas. David Jye Yuan Shyu, da Universidade de São Paulo (U.S.P), afirma que os motivos deste avanço consiste no investimento no sistema educacional, na estabilidade política, econômica e social ocorridos nas últimas três décadas. Promover o desenvolvimento somente em uma ou duas destas áreas, seria o mesmo que dar origem a novos elementos de tensão e frustração social.
Segundo relatório do Consulado chinês em Portugal, as reformas econômicas iniciaram nas áreas rurais no final da década de 1970, e foram ampliadas na primeira metade da década de 1980. No início da década de 1990, após cerca de 10 anos de reforma com o claro objetivo de estabelecer uma economia socialista de mercado, o governo chinês elaborou as seguintes regras básicas para a reestruturação da economia:

a) Estimular o desenvolvimento de meios econômicos variados, mantendo a predominância do setor público;
b) Elaboração de um moderno modelo empresarial com a finalidade de confrontar-se com as exigências econômicas de mercado;
c) Unificação e abertura do sistema de mercado em todo o país, vinculando os mercados internos e internacionais e promovendo a utilização mais adequada dos recursos;
d) A conversão da gestão do modelo econômico governamental, com a finalidade de estabelecer um modelo de macro-controle mais eficaz encorajando o enriquecimento de determinados setores em primeiro lugar, de maneira a oferecerem o apoio necessário para que outros tenham as condições necessárias de progredirem e, ainda a aviar um sistema de segurança social mais adequado à China tanto para as pessoas das áreas urbanas como as das áreas rurais, de maneira a efetuar o desenvolvimento econômico global e garantir a estabilidade social.

No ano de 1997, o governo salientou a real importância do setor privado para a economia nacional, dado que a rentabilidade era encorajada pelos fatores mais importantes de produção capital e tecnologia, de maneira a gerar novos conjuntos de mudanças havidas nas reformas econômicas. A partir dai, o sistema econômico de mercado passou a ter um novo modelo, e o papel desenvolvido pelo mercado foi aprimorado na área que diz respeito aos recursos. Paralelamente, o sistema de macro-controle continuou gradativamente sendo aprimorado. No que diz respeito, o setor público desempenha o papel mais importante a par dos setores privados com a finalidade de almejar o desenvolvimento comum. De acordo com este modelo econômico, a China almeja possuir uma economia socialista de mercado relativamente completa e chegar a uma fazê madura na década de 2020.


Ao lado, Scott: 741. Selo comemorativo retratando Confúcio com valor facial de $ 500,00 de uma série de quatro valores emitida em 27/08/1947 e impressa por Shanghai Pinting Press of the Dah Tung Book Co, alusivos ao dia do professor.
O Governo escolheu o aniversário de Confúcio para comemorar o Dia do Professor com o objetivo de ajudar a promover o respeito aos professores das escolas.
Para exaltar a contribuição do Confucionismo à China e ao mundo, um Simpósio Internacional sobre o Confucionismo e o Mundo Moderno ocorreu em Taipei, entre os dias 12 e 17 de Novembro de 1987. Na ocasião, foi emitida uma série comemorativa com dois valores, medindo 37 x 29 cada selo. Impressa por China Color Printing Co. Inc., R.O.C.



Os selo mostram: Ta Chen Tian - Templo de Confúcio em Taichung. Imagem de Confúcio, tendo ao fundo, a famosa coleção “Nan Shun Tian Tu Shian”, no Museu do Palácio de Taipei.

O valor dado a educação, é uma tradição na China desde a época dos famosos filósofos, como Confúcio (551-479 a. C.). Recente relatório elaborado pela a Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (UNESCO) aponta a influência dos esforços com vista à melhoria do ensino ao que se refere aos avanços econômicos e sociais. As escolas em todo o país incentivam e orientam seus alunos a descobrirem soluções, a experimentarem, investigarem e coletarem novas informações. Estatística apontam que em 2003, 91% das crianças estavam matriculadas em uma escola. Na China, o Ensino Fundamental dura nove anos e a taxa de analfabetismo é inferior a 9%.


Estrutura política.
Da antiguidade até Deng Xiaoping.

Desde a antiguidade, o país passou por várias mudanças em sua estrutura política. O regime imperialista de séculos, foi substituído no início do século XX pelo regime Comunista, tendo como principal líder institucional, Mao Tsé-Tungá (1893-1976), o qual implantou um sistema socialista totalitário, apreendeu por meio de fisco os bens de fazendeiros, industriais, intelectuais, escritores e artistas. Criou o Exercito Vermelho, como era denominado os militares do Partido Comunista, utilizando em sua composição, componesses, operários e soldados. Deu impulso a prisões em massa, fechou escolas, universidades e participou de várias perseguições.


Ao lado, Selo chinês emitido em 1950; Josef Stalin e Mao Tsé-tung se cumprimentam.
Até hoje, Mao Tsé-Tungá é visto como uma pessoa com um valor importante e igualmente controverso e constante. Como um grande revolucionário, estrategista, mentor político e militar, ''o grande salvador da pátria''. Como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, nomeado pela Time Magazine como sendo uma das cem personalidades que tiveram mais influência no século XX. Até hoje, vários chineses julgam que, por meio de suas ações políticas, ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, a transformando de uma simples e ultrapassada sociedade agrária em uma superpotência mundial. Além disso, ele também é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Devido a isto, até hoje podemos ver o seu retrato caracterizado na Praça Tiananmem e em todos as notas Renminbi. Todavia, nos países ocidentais, Mao Tsé-Tungá é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, de provocar fome e vários danos a cultura, a sociedade e a economia chinesa. Dados apontam que suas ações políticas, como os expurgo políticos de 1949-1975 ocasionaram a morte de mais de cinquenta milhões de pessoas.


Biografia de Mao Tsé-tung.

Mao Tsé-Tung, (em chinês tradicional:毛澤東; e em simplificado:毛, Mao Tsé-tung pela transliteração Wade-Giles, ou Máo Zédōng, pela pinyin), nasceu na aldeia de Shaoshan, província de Hunan, em 26 de Dezembro de 1893 e faleceu em Pequim em 09 de Setembro de 1976. Teórico chinês, político e um grande líder comunista revolucionário, com mãos de ferro, liderou a Republica Popular da China desde a sua criação no ano de 1949 até a sua morte em 1976. Suas contribuições teórica para o marxismo-Leninismo, suas estratégias militares e suas políticas comunistas são conhecidas como Maoísmo.

Ao lado, selo emitido pela china alusiva a Mao Tsé-Tung ainda jovem. Scott: 998.
Filho de camponeses, Mao Tsé-Tung frequentou a escola até os 13 anos de idade, quando foi trabalhar como lavrador. Contudo, devido a muitos conflitos com o pai, saiu de casa para ir estudar em Changsha, capital da província onde pode conhecer as ideias políticas de origens ocidentais e as do líder nacionalista Sun Yat Sen.




FDC oficial não circulado com carimbo comemorativo emitido em Hong Kongem em 2006 em comemoração os 140 aniversários de Sun Yat-sen.

Em Outubro de 1911, no início da revolução contra a dinastia Manchu, que dominava toda a China, estendendo até Hunan. Mao alistou-se como soldado no exercito revolucionário até o início da Republica chinesa no ano de 1912.
De 1913 a 1918, Mao estudou filosofia, história e literatura chinesa na Escola Normal de Hunan. Dando continuidade aos estudos, assimilou o pensamento e a política ocidental, tornando-se líder estudantil com diversas participações em várias associações. Em 1919, mudou-se para Pequim e iniciou seus estudos universitários em Filosofia e Pedagogia. Algum tempo depois, trabalhou na biblioteca da Universidade, e não tardou, conheceu Chen Tu Hsiu e Li Ta Chao, (Figura: 07), fundadores do Partido Comunista Chinês.

Ao lado, selo comemorativo soviético emitido em 1927 retratando Li Dazhao. li ta chao.
Dando seguimento a sua trajetória política, participou do Movimento Quatro de Maio contra a entrega ao Japão de regiões que estiveram em poder da Alemanha. Devido a este fato, não tardou, aderiu ao marxismo-Leninismo e em 1921 participou intensamente na fundação do Partido Comunista Chinês, insistindo contra a linha pró-soviética de seus aliados, no que diz respeito ao potencial revolucionário do compecionato (Inquérito sobre o Movimento Camponês em Hunan, 1927), logo nos primeiros anos de fundação do partido.
No ano de 1927, após assumir o poder, se voltou contra os comunistas. Com a ruptura com o Kuomintang, Mao Tsé-tung organiza um movimento revolucionário em Hunan e Jiangxi. Em 1931, adotando táticas de guerrilha, fundou um soviete com o objetivo de se defender dos ataques dos aliados.
No mês de Outubro de 1934, Mao e seu exército rompeu o cerco das tropas do Kuomintang e seguiu para o norte da China. Fato este, conhecido como a Grande Marcha (1934-1935). Chegando em Yanan, província de Saanxi, transformada em nova região sobre o controle comunista. Sua ação reafirmou sua independência do Kuomintang e o tornou personagem dominante do Partido Comunista Chinês.
Em sete de Julho de 1937, a China foi invadida pelos japoneses logo após o Incidente da Ponte de Marco Polo. O fato, marca o início da II guerra Mundial na Ásia. De 1936 a 1940, Mao fez oposição à tese dos comunistas pró-soviéticos, consegui impor suas ideias e afastou do partido comunistas todos os seus oponentes.
No ano de 1945, Mao Tsé-tung é eleito como chefe do partido e nomeado presidente do Comitê Central. Depois da invasão japonesa e o fim da guerra, o exército já possuía cerca de um milhão de soldados. Nesta ocasião, os comunistas possuía o controle político de cerca de noventa milhões de chineses.
O ataque do Japão à China em 1937, acarretou a união novamente do Partido Comunista Chinês e o Kuomintang. Todavia, com o final da guerra, no ano de 1946 iniciou uma guerra civil entre comunistas e nacionalistas durando até 1949, ano que o Kuomintang finalmente foi derrotado. Em 01 de Outubro do mesmo ano, a República Popular da China foi proclamada na Praça Tiananmen, em Pequim. Em Dezembro, Mao é aclamado presidente da república. Em 1954, depois da promulgação da nova Constituição chinesa, é reconduzido à presidência.

Ao lado, selo alusivo a Declaração 991 por Mao Zedong, membro do Comitê Central do PCC de Apoio à luta dos afro-americanos contra a repressão violenta. O selo figurando foto do grande líder Mao Tsé-Tung e parte do mapa.
A consolidação do comunismo contraria em muito a linha soviética. Entretanto, Mao continuou fiel a suas idéias de desenvolvimento da luta de classe. Mas entre os anos de 1956 e 1957, lutou sem êxito para tentar dar-lhe um novo avanço. Esta ação, foi denominada de Campanha das Cem Flores.
Entre os anos de 1957 e 1958, baseado na industrialização mesclada a uma política coletiva agrária, Mao tentou iniciar uma nova etapa política de desenvolvimento, conhecida como ''O Grande Salto''. Entretanto, o fato deu origem a um grande desastre econômico e fez o país mergulhar em uma epidemia de miséria e fome que vitimou milhões de habitantes. Devido a este episódio catastrófico, Mao foi destituído de vários cargos e, no ano de 1959 a chefia do estado ficou a cargo de Liu Shaoqi. Mas, apesar de todos os incidentes ocorridos no país, Mao Tsé-tung, ainda continuou influente, isso se fez claro na ruptura com a União Soviética. O seu prestígio a níveis internacional não foi afetado em função da suas profundas atuações nas políticas internas e externas. Fato que o tornou o político mais influente do comunismo após a morte em 1953 de Stálin.


Revolução Cultural.

A polêmica Revolução Cultural exercida por Mao Tsé-tung e amplamente ajudada por sua esposa, Jiang Qing entre os anos de 1966 e 1969, exonerou os quadros do Partido Comunista Chinês, que adotava idéias políticas e econômicas mais atenuadas. Em 1968, retirou Liu Shaogi e, em 1971 o seu sucessor Lin Biao. Criando os guardas vermelhos, que se fundamentavam no Livro Vermelho que continha suas citações.
Algum tempo depois, apoiou a política de Zhou Enlai, tornando mais forte e mais seguro o crescimento econômico, ultrapassando o isolamento da China. No ano de 1972, em Pequim, Mao recebeu a visita de Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos. E, nos últimos anos de vida, com a saúde já muito seriamente afetada, caiu sob a influência da facção radical do partido (Bando dos Quatros), que fora organizada em torno de Jiang Qing. Mesmo com a ocorrência desmoralização iniciada após sua morte, seu nome ainda continuou sendo aclamado como um dos maiores teóricos da guerra popular revolucionária nos países do Terceiro Mundo.


A ideologia maoísta e o pleito à personalidade.

Uma das principais características do regime implantado por Mao Tsé-tung, foi sem dúvidas o pleito às idéias e personalidade.
Além do Livro Vermelho, leitura obrigatória no período de seu governo. Antes e depois de governar a China, Mao também escreveu outras magníficas e ideológicas obras. Entre elas:

a) Sobre a prática (《实践论》); 1937;
b) Sobre a contradição (《矛盾论》); 1937;
c) Uma Nova democracia (《新民主主义论》); 1940;
d) Literatura e arte; 1942;
e) Guerra de guerrilhas (《论持久战》);.
f) O homem tolo que removeu as montanhas (《愚公移山》);
g) Servir ao povo (《为人民服务》).

Não tenho referências da data da publicação de Guerra de guerrilhas; O homem tolo que removeu as montanhas e Servir ao povo.


Vida pessoal.

Sua primeira experiência sexual ocorreu ainda na adolescência, no vilarejo chamado Shaoshan, província de Huan. Teve um romance juvenil com uma garota de doze anos. Em seus últimos anos de vida, ele gostava de relembrar essa iniciação e, em 1962, até providenciou um encontrar com a mulher com quem havia perdido sua virgindade. Ela, é claro, havia envelhecido, seus cabelos branqueado. Durante o encontro, Mao lhe deu 2 mil iuanes e, depois que a idosa senhora saiu, triste, comentou: "Como está mudada!".
Em 1908, aos 15 anos de idade, Mao casou-se pela primeira vez com uma mulher seis anos mais velha. Dois anos depois ela veio a falecer de causas não conhecidas.
Em 1921 casou-se pela segunda vez, com Yang Kai-hui, lhe dando dois filhos. Nenhum dos três tiveram um final feliz: Yang foi executada por partidários de Chaiand Kai-shek. Os dois filhos fugiram para Xangai ainda muito novos, onde tiveram que cuidar da própria sobrevivência pelas ruas. O mais novo, Anqing, desenvolveu uma doença mental talvez em consequência das pancadas que levou da policia de Xangai, quando foi preso por vadiagem. O mais velho, Anying, foi morto num ataque aéreo norte-americano durante a Guerra da Coreia.
Logo depois da morte de Yang, Mao tornou a casar-se com Ho Tzu-chen que lhe deu seis filhos. Mas somente a menina Lin Min, sobreviveu. Em 1939, divorciou-se para que pudesse casar-se com Chiang Ch'ing.

         


Série alusiva as últimas Instrução do Presidente Mao.
Scott: 992/996.

Aos 60 anos ficou estéril. Em proporção que envelhecia, Mao buscava cada vez mais as jovens mais novas. Possuía o hábito de dormir com três ou mais ao mesmo tempo e as incentivavam a apresentá-lo a outras mulheres jovens. O resultado disso, não poderia ser nada bom, no ano de 1967 veio a contrair herpes genital. Sua intensa vida sexual, lhe fez também contrair tricomoníase, doença que no homem e assintomática mas muito desconfortável nas mulheres. Entretanto, muitas de suas amantes se orgulhavam em ter contraído a doença pois era a prova que elas possuíam em relação a intimidade com o líder. Mas, com certeza, sofriam muito com a situação de estarem doentes. É muito provável que cerca das três mil mulheres que manteve relações sexuais, uma centena foram infectadas.
Em A Vida Privada do Camarada Mao, escrito por seu médico particular de 1954 até sua morte em 1976, traduzido por Gabriel Zide Neto; Editora Civilização Brasileira. Afirma que Mao teve várias amantes, mas pensava que fazer sexo prolongava sua vida. Outro dois fatos curiosos, era que não escova os dentes afirmando que o tigre não Possuía necessidade de escová-los e não gostava de tomar banho. Devido a falta de higiene com os dentes, os perdeu na velhice.
Mesmo depois de sua morte, ocorrida em 1976, e da ascensão de Deng Xiaoping (1904-1997), no início dos anos 1980, a forte repressão política continuou viva. Quem não se lembra do Massacre da Paz Celestial, em que os estudantes protestavam contra a política repressiva, a inflação e o alto nível de desemprego. Ainda hoje, a China continua sendo criticada a nível internacional pelo fato de ainda não ter adotado a democracia, especificamente pela não liberdade de imprensa e de informação.
No entanto, o modo de vida da população chinesa vem mudando rapidamente. Até mesmo nas pequenas cidades, é muito visível os aspectos semelhantes aos padrões dos países ocidentais. Estas mudanças, mesmo que ainda estejam unidas ao tradicional sistema político, é tidas como modernizadoras.


Deng Xiaoping.

Deng Xiaoping, em chinês tradicional 鄧小平, em chinês simplificado邓小平, pinyin Dèng Xiǎopíng, em transcrição Wade-Giles Teng Hsiao-p'ing, (22/08/1904 - 19/02/1997), foi o secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC), sendo, de fato, o líder político da República Popular da China entre os anos de 1978 e 1992 e o criador do chamado Socialismo de Mercado, regime vigente na China atual.


Juventude e ascensão política.

Após sua formação em 1919 na Escola Preparatória de Chongging, Deng ganhou uma bolsa de estudos na França. Na França, trabalhou como metalúrgico da Renault em Billancourt, bombeiro e assistente de cozinheiro em Paris. Nestes empregos ele ganhava somente o suficiente para a subsistência. Muito desses empregos tinham condições de trabalho insalubres, com trabalhadores frequentemente se acidentando. Alguns anos mais tarde Deng afirmaria que foi na França que primeiro experimentou os problemas da sociedade capitalista. Ele estudava em Bayeus e Chantillon. Durante os estudos teve o primeiro contato com o Marxismo em 1921 entrou para a Juventude Comunista Chinesa.

Ao lado, série alusiva ao primeiro aniversário de morte de Deng Xiaoping emitida no ano de  1998. Scott: 2833/2838. Selos retratando: Retrato de Deng Xiaoping; Deng Xiaoping durante a Guerra de Libertação; Deng Xiaoping com Mao Tsé-Tung; Deng Xiaoping como presidente da Comisssão Militar Central; Deng Xiaoping fazendo um discurso durante a Cerimônia de Grang marcando o 35º aniversário da República Popular da China e Deng Xiaoping fazendo um discurso importante durante a sua inspeção no Sul da China em 1992.
No ano de 1926, após terminar seus estudos na cidade de Moscou, Deng retornou à China onde passou a colaborar em varias missões políticas e militares durante a guerra civil no Sul (1930-1934) até que os comunistas fossem obrigados a fugir, derrotados por Chiang Kai Shek. Deng também participou da longa marcha até o estabelecimento de uma nova base comunista em Yenan (1934-1936); na ocasião, alinhou-se às teses defendidas por Mao Zedong dentro do Partido, que o colocou à cabeça do movimento quando Mao ganhou o controle no ano de 1935. Durante a guerra contra os Japoneses (1937-1945), atuou como comissário político no exército, mantendo estreitas relações com os chefes militares, que se revelariam decisivas para impulsionar sua carreira posterior.


Líder partidário.

No ano de 1945 Deng se filia no Comitê Central do Partido Comunista, assumindo a vice-presidência do governo em 1954 tornando secretário-geral do Partido e membro do partido no ano seguinte. Na época, Deng já mostrava-se um líder moderado e pragmático, frente ao radicalismo sustentado por Mao Tsé-Tung nos anos do Grande Salto Adiante (1958-1961). Entre os anos de 1962 e 1965, Deng se dedicou a reparar os danos econômicos provocados pelos excessos de Mao.


Perseguição maoísta.

Caindo em decadência durante a Revolução Cultural, período que exercia o cargo de secretário geral do PCC. Em Outubro de 1966, Deng passou a ser alvo de várias críticas, assim como Liu Shaogi. No mês seguinte em Pequim, ocorreu um grande manifesto com mais de três mil estudantes manifestando contra eles, e os acusando de defenderem uma estatização da economia à moda soviética, e de serem contrários aos ideais do Grande Salto adiante. Na retórica da Revolução Cultural, o fato era o mesmo que apontá-los como "revisionistas soviéticos", "burgueses reacionários" e de "capitalistas". Deng e Liu lutavam contra a demasiada influência do maoísmo e abriram um infinidade de inquéritos contra funcionários corruptos.



Série regualar emitida pela China em 2001 aluviva a primeiros líderes do Partido Comunista da China (PCC). Scott: 3113/3107. Selos retratando: Jinmei Wang; Shiyan Zhao; Enming Deng; Cai Hesen e Ele Shuheng Cai Hesen.



Série regular emitida pela China em 2006 alusiva a primeiros líderes do Partido Comunista da China (PCC). Scott: 3508/3512. Selos retratando: Jungu Gao; Hebo Wang; Zhengzhao Su; Pai Peng e Zhongxia Deng.

Submetido a humilhações públicas, Deng foi obrigado a abandonar suas funções no PCC e a fazer uma autocrítica de seus "erros". Em 1970 foi enviado para trabalhar como operário em uma fábrica de tratores no interior do país. Contudo, a família foi perseguida pelas guardas vermelhas, o filho foi preso, torturado e jogado de uma janela do quarto andar de um prédio e ficou paralítico. Mas Deng resistiu ao viver isolado.


Retorno ao poder.

Se aproximando novamente do poder, no final de 1975 tornou-se vice-primeiro ministro, retornando a ser o Secretário Geral do partido. Com a morte de Mao Tsé-Tung em 1976, Deng torna-se o novo líder chinês. No ano seguinte, repudia publicamente a Revolução Cultural e lança a Primavera de Pequim. Trazendo determinada abertura na imprensa chinesa, permite críticas e denúncias sobre a Revolução Cultural.


Reformas econômica.

Como novo líder político, Deng Xioping passou a por em prática as reformas econômicas que fariam da China o país com maior crescimento econômico do planeta. Dentre essas reformas, destacam-se as quatro modernizações, nos setores agrícola, industrial, comércio, ciência e tecnologia, como também na área militar. Durante seu governo, a China passou por uma grande abertura diplomática de sua história. Em 1970, Xiaoping foi o primeiro líder chinês a visitar os Estados Unidos. Atraindo investimentos estrangeiros, Deng criou várias Zonas Econômicas Especiais, com o objetivo de instalar empresas estrangeiras em parceria com as chinesas.
A diferença entre as reformas soviética e a chinesa deve-se ao fato de que Mikhail Gorbachev foi o único responsável pelas reformas da União Soviética, já Deng Xiaoping oficializou diversas práticas criadas por autoridades municipais e/ou provinciais que estavam "fora" das diretivas de Pequim. Deng também era aberto a sugestões; as quatro modernizações, por exemplo, foram ideia de Zhou Enlai.
As reformas econômicas de Xiaoping foram exercidas de baixo para cima: primeiro as mudanças foram iniciadas nos municípios e nas províncias, só mais tarde foram implantadas, gradualmente, em todo o país. Gorbachev também implantou amplas reformas, mas as medidas vieram de cima para baixo e que foram postas em prática nacionalmente. Por isso, a URSS quebrou e a China passou a crescer a pleno vapor.


Últimos anos.

No ano de 1989, Deng ordenou reprimir com violência as manifestações pró-democrática na Praça da Paz Celestial em Pequim. Contudo, alguns meses depois, renuncia, enfraquecido pela repercussão internacional de seu ato. Em 1992 foi o primeiro líder comunista da China a se aposentar. Abrindo mão de todos os seus cargos e títulos. No mesmo ano viajou pelas Zonas Econômicas Especiais, defendendo o Socialismo de Livre Mercado. Em 19 de Fevereiro de 1997, por motivo de complicações causadas pelo mal de Parkinson, Deng faleceu.


Panorama cultural.

Arquitetura.

De acordo com especialistas, o desenvolvimento da arquitetura antiga chinesa está entre as três mais importantes do mundo, ao lado da arquitetura ocidental e da arquitetura islâmica, passou por três períodos de apogeu respectivamente:

a) Dinastias Qin e Han;
b) Dinastia Sui e Tang;
c) Dinastia Ming e Qing.

Como seus pontos comuns, estas dinastias construíram suntuosos e complexos conjuntos de palácios, tumbas, capitais, obras militares defensivas e as obras hidráulicas guardam muitas coisas em comum. A tumba de Qinshihuang e a Grande Muralha, da China na dinastia Qin; a ponte Zhaozhou da dinastia Sui e a Cidade Proibida, das dinastias Ming e Qing, são alguns desses arquétipos.
Além disso, há muitas diferenças regionais. No vale do rio Amarelo, no norte do país, os chineses empregam uma estrutura de madeira e terra para resistir ao frio e ao vento; no sul da China, predominam o bambu e o junco, além da madeira e do barro. Noutras regiões, a estrutura de estacas para evitar a umidade e facilitar a circulação de ar. As pedras, por outro lado, são a principal matéria prima nas montanhas.


Bloco comemorativo alusivo a Cachoeira Hukou
no Rio Amarelo emitido pela China em 2002.
Scott: 3242.

A Cachoeira Hukou, rio Amarelo, está localizado na zona de fronteira entre o condado de Jixian da Província de Shanxi e no condado de Yichuan província de Shannxi. Neste ponto, o leito do rio é relativamente estreito, formando uma boca em forma semelhante a um pote o qual é chamado de "hukou" pelos chineses. A água cai de um precipício de mais de 30 metros de profundidade, tornando uma um cena espetacular para qualquer apreciador.
O Rio Amarelo simboliza a coragem e a perseverança do povo chinês. O povo chinês está a avançar com enorme entusiasmo para o seu futuro brilhante, assim como a torrente de afluência do rio Amarelo. As palavras "Avançando com o tempo, com vontade indomável" são impressos em folha de ouro puro no bloco acima.
A partir do século XVII d. C., a arquitetura chinesa passou a influenciar fortemente os princípios arquitetônicos do Japão, da Península Coreana e do Vietnã, como também a européia.


Características.

Há determinadas características comuns à maior parte da arquitetura chinesa, independente de sua específica região de origem ou ao uso ao qual à construção é destinada:


Ênfase horizontal.

A maioria destas características é a ênfase no eixo horizontal, em pormenor, exercida na construção de uma plataforma pesada e um grande telhado que "flutue" sobre esta base, com as paredes verticais não tão enfatizadas. Isto contrasta com a arquitetura ocidental, que tende a crescer em tamanho e profundidade. A arquitetura chinesa enfatiza o impacto visual da largura dos prédios. Os salões e palácios da Cidade Proibida, como exemplo, possui tetos relativamente baixos se comparados aos edifícios equivalentes no Ocidente, contudo a sua externa visibilidade sugere a natureza compreensivística da China imperial. Estas idéias aos poucos também foram levadas à arquitetura ocidental moderna.
Esta característica, normalmente não é aplicada aos pagodes, que de qualquer forma, são normalmente raros e limitados aos complexos de edifícios religiosos.


Série alusiva a Arquitetura da China Antiga. Pagodes.
Scott: 337/340.

Selos retratando: Pagode do Templo Songyue (Deng Feng); Pagode Qianxun (Li Da); Pagode Shijia (Condado de Ying) e Pagode Feihong (Zhao Hong).


Simetria bilateral.

Outra característica muito importante na arquitetura chinesa é sua ênfase na articulação e simetria bilateral, que mostra equilíbrio. A simetria bilateral e a articulação dos edifícios é onipresente na arquitetura, de complexos palaciais à humildes casas de fazenda. Quando possível, projetos de reformas e extensões de uma casa procuram seguir e manter esta simetria, se o proprietário possuir meios de custear esta manutenção.
Contrastando com seus edifícios, os jardins chineses são uma exceção notável, tendendo a ser assimétricos. O princípio que está sob a composição dos jardins é o de criar um fluxo duradouro e iguala a natureza.



Série emitida pela China 2007 alusiva ao Jardim Yangzhou.
Selos mostrando: Jardim Ele; Jardim Ge e Jardim Xu.


Série emitida pela China em 1998 alusiva ao Jardim do Lignan.
Scott: 2829/2832.

Selos mostrando: Jardim Keyuan; Jardim Liangyuan; Jardim Qinghui e Jardim Yuyin.


Espaços cercados.

As práticas contemporâneas arquitetônicas do ocidente tipicamente envolvem um edifício que é cercado por um jardim ou espaço aberto em sua propriedade. Estas práticas contrastam com a maior parte da arquitetura tradicional chinesa, que constrói edifícios ou complexos de edifícios que ocupam toda a propriedade, porém contém em seu interior espaços abertos, que podem ter duas formas: o patio aberto e o "poço do céu”.
O pátios abertos é uma característica normal às muitas variantes da arquitetura chinesa, porém pode ser melhor exemplificada no Siheyuan, que consiste de um espaço vazio cercado por edifícios que são ligados uns aos outros diretamente ou através de varandas.
Mesmo que no sul da China exista poucos pátios abertos, o conceito de um "espaço aberto" cercado por prédios, que é visto nos complexos do norte do país, pode ser visto nas estruturas tipicamente meridionais conhecidas como "poço do céu". Esta estrutura é, essencialmente, um pátio relativamente cercado formado pelas interseções de edifícios próximos uns aos outros, e oferece uma pequena abertura para o céu através do espaço entre os telhados a partir do chão.
Estes espaços cercados possuem a finalidade de controlar a temperatura e a ventilação nos complexos de edifícios. Os pátios do norte do país costumam normalmente ser abertos e voltados para o sul, de forma a permitir o máximo de exposição das janelas e paredes do edifício ao sol, ao mesmo tempo em que impede a entrada dos frios ventos setentrionais. Já os "poços do céu" do sul do país são relativamente pequenos e servem para coletar água da chuva dos telhados ao mesmo tempo em que restringe a quantidade de luz que entra no edifício. Os "poços de luz" também servem como respiradouro para permitir que o ar quente se desloque para cima, empurrado pelo ar frio dos andares mais baixos da casa e de fora dela.


Geomancia.

Noções de feng shui e conceitos míticos do taoísmo normalmente estão presente na construção e nos projetos da arquitetura chinesa, desde residências comuns até estruturas religiosas e imperiais. Entre estas estão:

a) Telas ou paredes voltadas diretamente para a entrada principal da casa, que se originaram com a crença de que as coisas más se deslocam em linhas retas.
b) Talismãs ou imagens de deuses de porta mostradas nas portas, para espantar o mal e encorajar a circulação da boa fortuna.
c) Orientar a estrutura de forma que possa ter sua parte traseira voltada a um terreno elevado, assegurando-se que possa haver água em sua frente. Há também a preocupação que a parte dos fundos, normalmente sem janelas, seja voltada para o norte, devido ao fato de que durante o inverno o vento é mais frio.

Piscinas, poços, lagos entre outras fontes de água, normalmente são construídos nestas estrutura.
O emprego de determinadas cores, números e pontos cardeais na arquitetura tradicional reflete a crença num tipo de imanência, onde a natureza de alguma coisa pode estar presente completamente em sua própria forma. Embora a tradição ocidental tenha desenvolvido gradualmente um corpo de literatura arquitetônica, na China, pouco se escreveu sobre este tema, e o primeiro texto conhecido, o Kaogongji, em tempo algum foi contestado. Idéias sobre harmonia cósmica e a ordem da cidade eram interpretados normalmente em seus níveis mais básicos, de maneira que uma reprodução de uma cidade "ideal" nunca existiu. A cidade de Pequim, da forma como foi reconstruída ao longo dos séculos XV e XVI continua sendo o melhor exemplo do planejamento urbano tradicional.


Estruturas das construção.

Modelos de torres utilizadas como pontos de observação e outros edifícios construídos durante a dinastia Han Oriental (25-220 d. C.); enquanto estes modelos foram feitos de cerâmica, as versões reais foram feitas com madeiras facilmente perecíveis, e não sobreviveram.

a) Uso de grandes vigas estruturais que fornecem o suporte primário do telhado do edifício. Vigas de madeira, normalmente grandes troncos, são usados como colunas, com a finalidade de suportar cargas, e vigas laterais que emolduram os prédios e sustentam os telhados. Estas vigas e colunas estruturais são exibidas com destaque sempre que economicamente possível.
b) As estruturas de madeiras normalmente são construídas apenas na base do encaixe e de cavilhas, e geralmente não se usa cola ou pregos. A estabilidade da estrutura é reforçada através da utilização de telhados e vigas pesadas, que apóiam e sustentam o peso sobre a estrutura.
c) O uso de números pares de colinas na estruturas de um edifício de forma a produzir um número impar de tramo. Com a utilização de uma porta principal para um dos edifícios no tramo central, a simetria é mantida.
d) O uso comum de laminas de viro e biombos para delinear os cômodos ou encerrar o edifício, com uma de ênfase em paredes que suportem muito peso nas construções de padrão mais elevado.
e) Telhados planos são incomuns, enquanto telhados com duas águas normalmente são onipresentes na arquitetura chinesa tradicional. Três tipos de telhados podem ser encontrados:

1) Inclinado reto: Telhados com uma única inclinação. São os mais econômicos e mais difundidos entre a arquitetura mais popular.
2) Multi-inclinado: Telhados com duas ou mais seções inclinadas. São usados em construções de padrão mais elevado, desde a morada de populares ricos a palácios.
3) Curvo: Telhados com uma curvatura que se acentuam nas quinas. Este tipo de construção é reservado para templos e palácios, embora também possa ser encontrado na casa dos ricos. Em casos de edifícios de destaque as vigas são ricamente decoradas com figurinhas de cerâmica.
O ponto mais alto do telhado no salão principal do imóvel, normalmente são decorados com uma fileira de telhas que tem tanto propósito decorativo quanto o de servir como peso sobre as camadas de telhas, proporcionando assim, a estabilidade. Estas fileiras são bem decoradas, especialmente em estruturas religiosas ou palacianas. Em algumas regiões da China, estas fileiras são por vezes prolongadas ou incorporadas às paredes do edifício, formando matouqiang ("paredes cabeça-de-cavalo"), que servem como uma maneira de se proteger do fogo gerado por brasas que pudessem ser arremessadas.


Materiais e história.

Muitas obras arquitetônicas, arruinaram-se ou desapareceram, pela ação dos ventos, chuvas, incêndios ou em conseqüência das várias guerras. A maioria dos conjuntos que sobreviveram ao tempo foram construídas depois da dinastia Tang, no século IIV d. C. Contudo, embora diversos outros pagodes, torres residenciais e de observação tenham existido muito tempo antes dele, o Pagode Songue, construído em 523, é o mais antigo ainda em existência. A utilização de tijolos em vez de madeira foram a importante causa da sua durabilidade ao longo do tempo. A partir da dinastia Tang (618-907) a arquitetura com tijolo e pedra progressivamente foi se tornando mais comum e substituiu os antigos edifícios de madeira. Um dos primeiros exemplos desta transição pode ser visto em projetos arquitetônico como a Ponte de Zhaozhou, terminada em 605, e o pagode de Xumi, construído em torno de 636. Entretanto, tijolos e pedras já eram utilizados em construções anteriores, como exemplo, as tumbas subterrâneas de dinastias anteriores.
Até o século XX, não se tinha conhecimento de nenhuma construção totalmente construída em madeira durante a dinastia Tang que ainda existisse; o mais antiga que se tinha conhecimento foi redescoberto em 1931; O Pavilhão Guanyin, no Mosteiro de Dule, datado em torno de 984, durante o período Song. Contudo, em 1937, estudiosos da arquitetura Liang Sicheng (1901-1972), Lin Huiyin (1904-1955), Mo Zongjiang (1916-1999), e Ji Yutang (1902–década de 1960), descobriram que o Salão Oriental do Templo de Foguang, situado no Monte Wutai, na cidade de Shanxi, pertencia com sucesso ao ano de 857. A dimensões do piso térreo deste salão monástico medem 34 por 17.66 metros. Um ano depois da descoberta em Foguang, o salão principal do templo vizinho de Nachan, foi descoberto no Monte Wutai, e datado como precisamente sendo do ano de 782. Um total de seis edifícios de madeira do período Tang já foram encontrados em nosso século. O pagode de madeira de múltiplos andares mais antigo a ter sobrevivido intacto foi o Pagode do Templo de Fogong, da dinastia Liao, localizada no condado de Ying, em Shanxi. Enquanto o Salão Oriental do Templo de Foguang apresenta apenas sete tipos de cachorros nos seus beirais, o pagode do Templo de Fogong, do século XI, contém um total de 54.





Série alusiva a templos antigos na Montanha
Wutai emitida pela China em 1997.
Scott: 2776/2781.

Selos retratando: Templo complexo em Township Taihuai; Grande Salão do Templo Nanchan; Salão do Templo Foguang; Salão bronze do Templo de Xiantong; Cimeira Bodisatva e Templo Zhenhai.

As primeiras paredes e plataformas na China eram feitos de taipa, mas com o tempo, tijolos e pedras passaram a ser usados com maior freqüência. Isto pode ser visto nas seções mais antigas da Grande Muralha da China, a que vemos hoje em dia é uma reforma feita durante a dinastia Ming (1368-1644).


Selo regular alusivo a Grande Muralha (Dinastia Ming).
Scott: 2755.

Selo retratando: Beigukou.


Série regular alusiva a Grande Muralha (Dinastia Ming).
Scott 2792/2795.

Selos retratando: Passar Huangyaguan; Grande Muralha de Badaling e Passar Juyongguan.



Série alusiva ao Monte Hengshan.
Scott: 2342/2345.

Selos retratando: Pagode Xuankong Antiga; Thunderclap no Monte Heng;  Hengzong Beiyue e Beleza Cena na Nuvem.

O monte de Hengshan está localizado em Hunyuan condado da província de Shanxi na China setentrional. Também conhecido como o monte do norte ou como os Cinco Montes Sagrados. A uma altitude média de 2.017 metros, possui 108 picos e abrange 150 quilômetros. O Pico Tianfeng é mais alto, está localizado a 2.190 metros acima do nível do mar, e é considerado como sendo o maior entre as Cinco Montanhas Sagradas.
Diz uma lenda que quatro mil anos atrás, quando o rei Shun visitou o monte e viu os altos picos, ele a chamou de "Northern Montanhe Sagrado".
Nos tempos antigos, muitos imperadores e celebridades visitaram Hengshan Mountain e deixaram várias inscrições em pedra.
O monte de Hengshan é famoso por seus cumes, picos magníficos, templos exóticos em forma de chafarizes jorrando, juntamente com pedras em formatos estranhos e florestas de árvores antigas, os quais constituem juntos, uma bela paisagem.
Também chamada de o monte dos primeiros guardas de fronteira do norte o monte de Hengshan é uma estância de veraneio muito apreciado. Possui um clima semi-árido continental, com frio de inverno, primavera seco e ventoso, verão úmido e ensolarado e outono mas curto. Com uma temperatura anual em torno de 6° C. O mês mais quente é o de Julho, com cerca de 21. 6° C e o mais frio é o de Janeiro, com cerca de 12° C.
O pico principal Hengshan Mountain, Tianfeng (Celestial Peak) Ridge, ergue-se 2.190 metros acima do nível do mar. Suas escarpas do norte é coberto de pinheiros e na encosta sul os templos e monastérios os quais foram construídos por antigos reis e imperadores com o objetivo de adorar seus antepassados. Mountain já foi famoso por seus "Dezoito locais de interesse, e ainda há uma dúzia de sítios como o Xuankong (Suspender ou meio-ar) Templo, Salão Zhaodian, Jiutian (Nove Céus), Palácio de Huixian (Celestial-Meeting) Mansion e Flying Stone Cave, entre outros.
Mountain possui muitas relíquias culturais como templos, locais de academia, estelas e gravuras, alguns dos quais ocupam posições importantes no desenvolvimento da arquitetura antiga da China, tais como o Templo Xuankong, Brick Yuanjue pagode e do Templo de Yongan. O Templo Xuankong, foi construída há cerca de 1.400 anos, pelos anfitriões do culto taoístas, confucionistas e budistas. Pendurado no meio do precipício, ainda está em perfeitas condições após tantos anos.
Além do Templo Xuankong, outros grandiosos templos foram construídos nas falésias os quais dão a nítida impressão de serem castelos flutuando no ar.
Diariamente nos alto monte, com as nuvens flutuando sob seus pés e o vento entre os pinheiros retumbante acima de sua cabeça, os picos dos montes, ocasionalmente aparece e desaparece entre as nuvens.
Nas laterais de alguns penhascos há varias inscrições em pedra elogiando a beleza do monte Hengshan.


Algumas classificações por tipo de estrutura:

a) 樓(楼) lou (edifícios de muitos andares);
b) 台 tai (terraços);
c) 亭 ting (pavilhões chineses);
d) 閣(阁) ge (pavilhões de dois andares);
e) 塔 ta (pagodes chineses);
f) 藻 井 zǎojǐng (teto em forma de cúpula com caixotões);
g) 軒 O xuan (varandas com janelas);
h) 榭 xie (pavilhões ou casas sobre terraços);
i) 屋 wu (quartos ao longo de corredores cobertos);
j) 斗 拱 dougong (grupos entrelaçados de cachorros dos beirais, utilizados para sustentar os telhados e ornamentá-los).


Estilo popular.

Quanto aos membros das classes populares, fossem eles burocratas, mercadores ou fazendeiros, suas casas tendiam possuir um padrão fixo: o centro do edifício era um santuário para as divindades e paras os ancestrais, que eram também utilizados nas ocasiões festivas. Nos dois lados do edifício estavam os quartos dos idosos; as duas alas conhecidas como "dragões guardiães" eram destinadas aos membros mais jovens da família, bem como continham a sala de estar, a sala de jantar e a cozinha. Embora por vezes a sala de estar poderia estar localizada mais próxima à área central.
Muitas vezes as famílias se tornavam tão extensas que um ou por vezes até dois pares novos de "alas" tinham de ser construídas; isto resultava num edifício em forma de U, com um pátio adequado aos afazeres agrícola. Entretanto, comerciantes e funcionários públicos preferiam fechar a parte frontal com um portão imponente. Todos os edifícios eram regulados legalmente, e a lei mantinha que o número de andares, o comprimento do edifício e as cores utilizadas dependiam a cada classe social à qual o seu proprietário pertencia.


Estilo imperial.

Varias características eram exclusivas das construções imperialistas. Como exemplo, o uso de telhas de cor amarelas, já que o amarelo era a cor imperial por excelência, e a maior parte dos edifícios dentro da Cidade Proibida tinham os telhados pintados nesta cor.


Máximo Postal alusivo a Cidade Proibida. Carimbo comemorativo da cidade de Pequim, local da estatua, com data de 12/09/1998 e selo da série: O Museu do Palácio e do Louvre. Scott: 2895.

O leão é um dos simbolo da Cidade Proibida em Pequim, capital da República Popular da China. Confeccionado em pedra castanha, ele esta localizado em frente ao portão principal.

Já o Templo do Céu, possui telhas na cor azul simbolizando o céu. Localizado na parte sudeste de Pequim, O templo é um complexo de templos taoístas construídos durante o reinado do imperador Yongle da Dinastia Ming, e até hoje é considerado como a maior estrutura do templo-altar ainda intactos e como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1998.
Também chamado de Templo do Céu e da Terra, construído em 1533, foi o lugar onde os imperadores das dinastias Ming e Qing adoravam e ofereciam sacrifícios ao céu.
Diferente dos azulejos dourados e paredes vermelhas da Cidade Proibida, o azul é a cor predominante do Templo do Céu, simbolizando que todos os salões e templos foram integrados com o céu.
O Templo possui duas camadas de paredes, formando o templo interior e o exterior do templo e uma forma quadrada no lado sul e circular no lado norte, simbolizando que o céu é redondo e a terra quadrada.
Os edifícios principais incluem dois grupos: o Portão de Oração pela Boa Colheita e a Câmara do Imperial prazer, com a Vault Imperial do Céu e o Altar do Céu formando o outros acima dos dois. Muito conhecido é a parede de tijolos ao redor do Vault Imperial do Céu e as três que estão localizadas dentro do Vault do Céu Imperial.
Quando se está no centro do Altar do Céu e se fala para qualquer direção, o som ecoa alto e com bom tom, este fenômeno interessante é considerado como um milagre do Templo dos Céus.
Toda a estrutura da sala de oração para Boa Colheita é construída de madeira, pintada em tons dourados e seu design é complicado, elegante e científico, a estrutura tem uma conotação cultural muito rica e tem atingido um nível impecável na sua concepção e construção.
Os telhados são quase invariavelmente sustentados por cachorros, característica que é comum apenas aos maiores edifícios religiosos. As colunas de madeira dos edifícios, bem como a superfície das paredes tendem a ser pintados de vermelho. O negro também é uma cor muito utilizada nos pagodes. Existe um lenda de que os deuses são levados, pela cor negra, a descerem à Terra.


Série emitida pela China em 16/10/1997 alusiva ao Templo do Céu.
Scott: 2801/2804.

Selos retratando: Hall de Oração pelas Boas colheitas; Abóbada Imperial do Céu; Altar Circular Mound e Palácio de jejum.


Máximo Postal alusivo com carimbo comemorativo
de Pequim, local do templo. Datado em 12/09/1998.
Selo Scott: 2802.

O dragão chinês, simbolo exclusivo da China Imperial, era usado constantemente nos telhados, nas vigas, pilares e nas portas. Somente os construções usadas pela família imperial podiam ter nove jian (espaço entre duas colunas); apenas os portões utilizados pelo imperador podiam ter cinco arcos, com o central, obviamente, reservado a sua exclusiva utilização. Os edifícios eram voltados para o lado sul, com o objetivo de evitar os ventos frios oriundos do lado norte.
Após a invasão mongol no século XIII, Pequim se tornou a capital da China. Findando a migração para leste da capital, iniciada com a dinastia Jin, a rebelião Ming em 1368, reafirmou a autoridade chinesa e fixou Pequim como sede do poder imperial pelos cinco séculos seguintes. O Imperador e a Imperatriz moravam em palácios situados no eixo central da Cidade Proibida, o príncipe-herdeiro no lado leste, e as concubinas nos fundos. Por este motivo as numerosas concubinas imperiais eram chamadas de "as três mil dos fundos do palácio". Contudo, durante a dinastia Qing, a residência imperial foi transferida para o lado oeste do complexo. Pode ser um tanto enganoso se falar em "eixo" no sentido ocidental de uma perspectiva visual, onde se vêem fachadas ordenadas; o eixo chinês é na realidade uma "linha de exclusão", sobre a qual normalmente se constrói, e que regula o acesso, não há vistas, mas sim, uma série de portões e pavilhões.


Série emitida pela China em 1996 alusiva
ao Palácio Imperial de Shenyang.
Scott: 2649.

Selos retratando: Edifícios de sua Câmara Western e Edifícios de sua Câmara Leste.



Série alusiva ao 60º aniversário de
fundação do Museu do Palácio.
Scott: 2012/2015.

A estudo da numerologia teve grande influencia na arquitetura imperial, daí a frequente utilização do número nove nas construções, uma vez que ele é o número de apenas um dígito que possui o maior valor. Afirmam que a Cidade Proibida de Pequim por exemplo, possui 9.999,9 aposentos, pouco menos do que os míticos 10.000 do Céu. A importância do Leste (a direção do sol nascente) na orientação e localização dos edifícios imperiais é uma forma do culto solar encontrado em tantas culturas antigas, onde a noção de um soberano é associada ao Sol.
As sepulturas e os mausoléus dos membros da família imperial, como exemplo as tumbas da dinastia Tang, do século VIII, achadas no Mausoléu de Quianling, também podem ser contadas como parte da tradição imperial arquitetônica. Estes montes de terra e piramide possuíam estruturas subterrâneas, que eram revestidas com paredes de tijolo pelo menos desde o período dos Reinos Combatentes (481-221 a. C.).


Estilo religioso.

Normalmente, a arquitetura de origem budista, possuem o estilo imperial. Um grande mosteiro budista geralmente possui um salão frontal, que abriga a estátua de um bodisatva, que é sucedido por outro salão, que abriga as estátuas dos Budas. As acomodações para os monges estão localizadas em ambos os lados. Alguns dos principais exemplos estão em dois templos do século XVIII, o Templo de Pequim e o de Putuo Zongcheng.
Os mosteiros budistas também costumam possuir pagodes, os quais podem abrigar relíquias do Gautama Buda. Os mais antigos tendem a possuir quadro lados, já os mais recentes normalmente oito.
A arquitetura taoísta, costuma seguir o estilo popular. A principal entrada dos edifícios taoístas, no entanto, costuma ser localizada no lado da estrutura, por superstições de que demônios possam tentar entrar no recinto. Em contraste ao que é feito nos templos budistas, num templo taoísta a divindade principal está localizada no salão principal, à frente do edifício, enquanto as divindades menores ficam na parte posterior e aos lados.
O edifício mais alto construído na China antes do período moderno foi construído para servir a propósitos religiosos e marciais. Como exemplo, o pagode Liao di, de 1055, possui uma altura de 84 metros e, mesmo que tenha sido construído como pagode do mosteiro de Kaiyuan, na antiga Dingzhou (Hebei), foi usado militarmente, servindo como torre de observação para informar sobre as movimentações dos inimigos pertencentes à dinastia Liao.


Estilo moderno.

A arquitetura moderna da China se refere às construções após os meados do século XIX. Desde a Guerra do Ópio em 1840 até a fundação da Nova China em 1949, a arquitetura chinesa se caracteriza pelo intercâmbio entre a China e o Ocidente e pela variedade de estilos. A arquitetura tradicional continua mantendo sua vantagem, mas, com o desenvolvimento de diversos setores de serviço, as construções de teatros, restaurantes, hotéis e mercados romperam gradualmente as concepções tradicionais e apareceram novas construções com a combinação dos estilos tradicionais e ocidentais. Em Shangai, Tianjin, Qingdao e Harbin, surgiram as construções de estilos estrangeiros, por exemplo, construções consulares, bancos, hotéis e clubes. Apareceram algumas construções que se combinam de melhor maneira, entre as novas funções, novas técnicas e novas idéias de concepção e o estilo tradicional.

Série regular alusiva a projetos de edifícios em Pequim.
Scott:1179/1180.

Selos retratando o Ginásio da Capital e o Hotel Beijing.

Após 1949, ano da proclamação da República Popular da China, a arquitetura chinesa entrou em novo período de desenvolvimento. A construção planejada e de grande magnitude da economia nacional impulsionou o desenvolvimento vigoroso do setor de construção. A arquitetura moderna da China progrediu tanto na quantidade quanto na envergadura, como ainda em seus estilos e tecnologia. Passou por um período em que se procurava o estilo antigo através de adoção de grandes telhados e por um período em que se procuravam novos estilos de construções representados pelos 10 grandes edifícios construídos pela passagem do 10º aniversário da Nova China. Desde os anos 80 do século passado, a arquitetura moderna chinesa mostrou sua tendência de abertura e assimilação e começou a conhecer a pluralização no desenvolvimento.


Bonsai.

Do Japonês: 盆栽, bon-sai, que significa “árvore em bandeja”.

Um bonsai necessitar possuir outros atributivos além de tão simplesmente estar em um vaso de pouca profundidade. A planta deve ser uma cópia artística de uma árvore natural, em miniatura. Deve reproduzir todos os padrões de crescimento e os efeitos gravitácionais sobre os galhos, deve também possuir as marcas do tempo e as estruturas normais dos galhos. O bonsai, na realidade é uma obra de arte com cuidados especiais produzida por mãos habilidosos.



Série com seis selos alusivos a tipos de bonsai.
Yvert 1850/1853.

A origem dos bonsais está associada a cultura japonesa, entretanto, foram os chinês os primeiros a cultivá-los em vasos de cerâmica. Há registos que os chineses já os cultivavam 200 anos d.C. Os chineses cultivavam espécies de plantas envasadas, conhecidas como Penjing, em suas actividades normais de jardinagem.



 China. Série de quatro selos alusivos a estilos de bonsai.
Scott 1665/1670.

As árvores não são modificadas geneticamente. Portanto, qualquer espécie de planta pode constituir um bonsai, sendo as mais famosas, as dos géneros Pinus (pinheiros), Acer (bordo), Ulmus (olmos), Juniperus (junípero/zimbro, Ficus (figueira), entre outras.


Técnicas para controlar o crescimento:

a) Restringir o crescimento das raízes pelo vaso utilizado: Por não possuir nenhuma restrição, na natureza uma árvore cresce livremente.
b) Poda das raízes: Conforme a espécie e a idade da árvore, as raízes são podadas, normalmente no inverno pois a planta está em estado de dormência, e é realizada a troca da terra (substrato).
c) Uso de um adubo ou nutriente que contenha uma menor quantidade de nitrogénio: O nitrogénio em excesso favorece o crescimento acelerado e folhas com tamanho maior que o desejado.
d) Regar a planta com uma quantidade de água moderada: Entenda-se por moderada a rega feita com critério, não com economia. O que não se deve nunca fazer, é molhar o bonsai todos os dias, se ele não seca de um dia para o outro, por isso o clima, o vento, a localização da árvore vão sempre incidir directamente na frequência de rega. A pessoa que possuir bonsais em sua casa, deve utilizar a sensibilidade, os regar quando a terra estiver seca, e não quando estiver ainda úmida.

Há uma grande variedade de estilos de bonsai que podem ser encontrados em vários tamanhos, sendo que a maioria medem entre 5 cm e 80 cm. Os bonsais medindo até aproximadamente 25 cm podem ser chamados shohin. Costuma-se chamar os bonsais menores que 7 cm de nano. Entre eles, os mais comuns são:

a) Estilo floresta ou Chokan;
b) Estilo semi-cascata ou Moyogi;
c) Estilo formal ou Shakan;
d) Estilo cascata ou Kengai;
e) Estilo semi-cascata ou Han-kengai;
f) Estilo Fukinagashi;
g) Estilo Inclinada ou Shakan;
h) Estilo Semi-cascata ou Han Kengai;
i) Estilo Multi-tronco ou Ikadabuki style.


Pipas chinesas.

Considerada inicialmente como uma tecnologia de valor estético único, a pipa possui um destaque nas colecções de arte, e era conhecida como Zhiyan (glede papel) na China antiga.

Ao lado, série alusiva a pipas. Scott: 2085/2088. Os selos mostram: Águia; dragão; Os oito diagramas e Phoenix.
Ela surgiu pela primeira vez durante os períodos de guerra acerca de 2.500 anos. Registro históricos destacam que Mo Zi levou cerca de três anos criando uma pipa de madeira e o mestre carpinteiro Lu Ban também fez uma com o objectivo de voar alto para espionar a situação do inimigo.
A tecnologia envolvendo a fabricação de pipas evoluiu muito mais durante a famosa e histórica Han Chu-Guerra ocorrida entre 203-202 a. C. Registro afirmam que o general Han Zhang ordenou a seus soldados que empinassem pipas no forte nevoeiro ao redor das tropas Chu liderada por Xiang YU com crianças sentadas nelas tocando em flautas canções de Chu (atual província de Hubei). Ao ouvirem as melodias, os soldados Chu começaram a sair de suas casas e se espalharam por diversos lugares sem lutarem na guerra. Por fim, mesmo tendo sido poderoso e famoso por um grande tempo, convencido de sua derrota, Xing Yu se suicidou cortando sua garganta. Um outro uso de pipas neste período foi o de levar mensagens urgentes.
Durante a próspera Dinastia Tang (618-907), com o desenvolvimento da cultura e da economia, tornou-se o papagaio um divertimento em todo o país. O habitantes não só tiveram tempo para cultuarem seus antepassados, mas também para irem passear no campo, levando alguns deles uma pipa e todos juntos aproveitavam a vida pastoril. O prazer em soltar pipas de variados modelos, reflectia em todos o clima agradável da primavera e fazia bem à saúde dos habitantes.
O procedimento delicado de criação de uma pipa envolve um determinado tempo e pode ser dividido em três partes:

a) Preparo do bambu em tiras finas para a armação, fazendo pleno uso da tenacidade do bambu. De acordo com o gosto pessoal, a pipa pode ter o formato de uma libélula, uma centopeia, uma borboleta, um dragão, entre outros;
b) Papel para o quadro. Este é necessário que seja resistente, fino e longo, mesmo com fibras. Alguns papagaios são feitos com seda fina;
c) Decoração, utilizando colagem de papel colorido ou seda, fitas e pintura.

Mesmo que os procedimentos básicos na confecção das pipas continuem sendo os mesmo, os estilos de Kitesurf, fazem diferença em várias regiões. As confeccionadas em Kite, capital de Weifang na província de Shandong, são muito conhecidas por sua habilidade, requinte, materiais, pintura, escultura e flexibilidade em que envolve o seu movimento quando empinadas.
Uma destas pipas, empinada a mais de 300 metros, com formato de uma centopeia e cabeça de dragão, ganhou o primeiro lugar no Festival Internacional de Pipas, realizado na Itália. Esta pipa esta exposta no Weifang Kite Museum. Todos os anos, ocorre o Festival Mundial de Kitesurf e atrai muitos fãs apaixonados por pipas.
Em Pequim, a formato de andorinha é muito popular. Mas há também as de formato de morcegos, peônias, entre outros modelos.
Padrões auspiciosos são elaborados para trazerem boa sorte aos seus proprietários. Alguns modelos pipas com asas em Nantong, são normalmente empinadas com assobios e anéis. Quando no alto, lembram um bando de pássaros.
Tianjin possui uma grande variedade de pipas, com diversas formas e inovadoras. Uma pode medir centenas de metros, outra pode não passar do tamanho de um envelope de carta. Contudo, todas atraem e reflectem a habilidade do artesão que a confeccionou.


Cultura do Chá.

Sua cultura está amplamente relacionada aos métodos de preparação, os utensílios utilizados e nas ocasiões em que é consumido na China.
Popular desde os tempos antigos, na China, o chá sempre foi considerado uma das sete necessidades diárias, sendo as outras a lenha, o arroz, o óleo, o sal, o molho de soja e o vinagre.
Há uma lenda que diz que Shen Nong, um governante lendário que introduziu a agricultura e a medicina na China, foi envenenado por 72 tipos de ervas venenosas, e em um determinado dia quando estava a degustar algumas ervas, foi curado pelo chá.



Série alusiva ao chá emitida pela China em 1997.
Scott: 2756/2759.

Os selos retratam: Árvore de Chá; Sage Chá; Utensílios de chá e Tea Party.

A China é reconhecida internacionalmente como tendo cerca de 4.000 anos de história de plantio do chá. Originalmente plantado em Sichuan, após o Império Qin, o chá conquistou o Estado de Shu, e passou a ser extensivamente plantado em outros lugares. Nas dinastias Qin e Han, as pessoas o usava como a medicina, e mais tarde como uma bebida para refrescar e retirar materiais tóxicos do organismo.


Tipos atuais de chá:

a) Chá verde, como o Dragon Bem, Biluochun, Zhenmei, zucha e Maofeng Huangshan;
b) Chá amarelo, como o Junshan Yinzhen e Mengding Huangya;
c) Chá preto, que fica preto depois de ser empilhado, como Laoqingcha Hubei e Hunan;
d) Chá branco, tais como Baihao Yinzhen e Gongmei; Qingcha chá, semi-fermentado com o sabor suave do chá preto e fragrância de chá verde, como o Wuyiyan;
e) Chá Wulong;
f) Chá preto, um chá completamente fermentados, como Qimen chá preto.

Estima-se que metade do mundo bebem chá O ritual de se beber chá foi introduzido no Japão, onde integrou a pregação do Zen e tornou-se a cerimônia do chá que envolvem religião, arte, filosofia, moral, cultura pessoal e etiqueta social.
Segundo as estatísticas, a produção do chá da China aumentou de 41.000 toneladas em 1949 para 590.000 toneladas em 1996.
A China foi classificada em 1949 como a terceira no mundo em termos de produção, e em segundo desde 1978.
Sua cultura difere das exercidas em países europeus e no Japão, como na forma de ser preparado, modelo de ser degustado e nas ocasiões em que é consumido. Até os dias atuais é regularmente bebido tanto em ocasiões chinesas casuais quanto formais. Além de bebida, também é utilizado em medicamentos herbários e na culinária. Usado principalmente em rituais de cura ou em reuniões.


Culinária:

Considerada uma das mais ricas culinária do mundo, os chineses utilizam muitos ingredientes, molhos (shoyu é o mais conhecido entre nós). Em sua culinária, o arroz, peixe, carnes vermelhas, broto de bambu e legumes são utilizados em diversos pratos. Há também, uma espécie de biscoito, fino e crocante, o rolinho primavera, o qual é um dos alimentos chineses mais conhecidos no Ocidente. A comida sólida é degustada com pauzinhos, figura ao lado, os conhecidos (k'uai-tzu na china e hashis no japão). Os alimentos líquidos são consumidos com uma colher larga e plana (geralmente de cerâmica). A faca sobre a mesa é considerado pelos chineses como muito selvagem. Portanto, a maioria dos pratos são preparados em pequenos pedaços, prontos para serem escolhidos e comidos. Variados, os mais consumidos são: carneiros, pato, caranguejo, cachorro, cabeça de peixe, pé de porco, intestino de frango, nadadeira de pato, lesma marinha, testículo de boi, escorpião, raízes de lótus, algas marinhas, cogumelos ou musgos, carne de cobra, besouros e cavalo-marinho. Os chineses comem todos os animais que tenham quatro patas, exceto a do urso (proibido). Diferente da comida ocidental onde a proteína da carne é o prato principal de uma refeição. Uma fonte de carboidratos, como os contidos no arroz ou no talharim, normalmente é o ingrediente principal da comida chinesa. A culinária chinesa pode ser dividida em muitos estilos regionais por motivo da extensa e variada natureza da China.





FDCs não circulados emitidos pela China
em 1993 alusivos a espécies de bambus.
Selos e bloco Scott: 2444/2448.

 

Festival de lanternas.

O festival das lanternas, em chinês chamado de Yuan Xiao Jie, inicia na noite do dia 15 de Janeiro ou 15º dia do primeiro mês lunar chinês e está intimamente relacionada com a Festa da Primavera. A origem do nome está relacionado primeira noite de lua cheia depois do Ano Novo. Yuan literalmente significa em primeiro lugar, enquanto Xiao refere-se à noite. Yuanxiao é a primeira vez que vemos a lua cheia do ano novo. Nesta noite pessoas comem uma comida especial chamada de Yuan Xiao, ou podem participar de uma feira das lanternas, e decifram as charadas das lanternas. Em muitas áreas, nesta noite há também outras celebrações, como a dança do dragão, a dança do leão, a dança do tambor da paz, dança das pernas de pau, e diversos tipos de danças folclóricas. outra parte importante do Festival consiste em comer pequenas bolinho feito de farinha de arroz glutinoso, as tradicionais bolas Yuanxiao.


Origem.

Ao lados, série com seis valores alusivos ao festival de lanternas. Scott: 1654-1659 - Lanternas Palácio. Os selos retratam: Cesta de lanterna; Drangon bola; Dragon Phenix; Tesouro bacia; As flores e grama e Peony.
O festival iniciou durante a Dinastia Han (206 a.C - 220). Há vária lendas sobre sua origem, uma das mais interessante refere-se a uma empregada imperial, chamada de Yuan Xiao. Segundo a lenda, diz que na época do imperador Wu da Dinastia Han, havia um conselheiro imperial no palácio, de estatura física mito baixa chamado Dong Fangshuo. Inteligente e gentil, sempre ajudava as pessoas. por isso, todos do palácio o respeitavam muito.
Em um dia do mês de Dezembro, o jardim imperial foi coberto por neve. Dong Fangshuo foi ao jardim para pegar flores de ameixeira e viu uma empregada, chorando, correndo em direção a um poço para pular dentro dele. Neste momento, vendo o desespero da moça, Dong rapidamente parou a moça.
A moça se chamava Yuan Xiao. Tinha uma irmã mais nova que morava com os pais, fora do limite da cidade, e devido a distância, ela não podia vê-los depois de entrar no palácio. Todo ano no ano novo, Yuan tinha muita saudade da família. Neste ano, teve muita neve e vento. Ela ficou muito preocupada com sua família: como eles passariam o inverno tão frio, pensava ela todos os dia. Portanto, muito triste, pensou em morte.
Tentando acalmá-la, Dong Fangshuo conversou muito com ela, e prometeu que acharia um jeito para que ela pudesse encontrar-se com sua família. E da história de Yuan Xiao, ele percebeu que todas as empregadas no palácio tinham o mesmo problema. Ele decidiu arranjar alguma coisa para elas.
Ele foi procurar a família de Yuan Xiao, e lhes explicou o seu plano. Depois, voltou ao centro da cidade, e estabeleceu uma banca de cartomante. As pessoas conheciam Dong Fangshuo, e sabiam que ele era bem formado e conhecia a astrologia, assim, vieram a pedir para ele fazer adivinhações. Mas todas as pessoas receberam a mesma adivinhação: "Vai pegar fogo no dia 16 de Janeiro." As pessoas ficaram com muito medo e pediram um jeito de salvá-las. Dong Fangshuo, mostrando uma cara misteriosa, falou: "No dia 13 de Janeiro, todos os velhos com barbas brancas da cidade devem esperar na Avenida Shi Li Pu no noroeste da cidade. Quando chegar a noite, vai chegar uma moça de vermelho num burro de cor rosa. Ela é a Deusa do Fogo que recebeu a encomenda de queimar a cidade. Para salvar a cidade, os velhos devem lhe pedir para salvar a cidade."
Acreditando nas palavras de Dong, espalharam sua informação por toda a cidade. E, no dia 13 de Janeiro, todos os velhos com barbas brancas chegaram a aguardar no local definido. Quando escureceu, veio realmente uma moça de vermelho num burro de cor rosa. Os velhos acercaram-se da moça e lhe pediram ajuda. A moça, olhando para as pessoas velhas e tristes, disse: "Eu vim sob encomenda do Imperador de Jade. Quando queimo a cidade, ele fica olhando do céu. Se não houver fogo, vai ser minha culpa. Mas os senhores me pedem tanto, tenho de ajudá-los. Vou deixar a encomenda que recebi, podem levá-la para o imperador do mundo humano e ele deve achar uma saída." Deixando um papel no chão, a moça foi embora.


Arte.

Pintura ao lado: Li Shan (Três pedras e pinheiro). Dinastia Qing.
A China possui a mais longa tradição cultural do planeta e uma trajetória histórica sem interrupção com mais de 3.000 anos. A cultura chinesa conheceu uma notável longevidade e expansão geográfica que remonta pelo menos ao terceiro milênio antes de Cristo, época em que os habitantes se agrupavam na região do Rio Amarelo.
A periodização da civilização chinesa foi estabelecida através das variadas dinastias que governaram a nação, desde as precursoras Shang (1650 a.C.-1027 a. C.), da qual as realizações culturais já haviam realizada a transição do período neolítico para a idade dos metais na qual, também se inclui a dinastia Zhou (1027 a.C.-256 a. C.). E, no decurso da dinastia Tang (618-907 d. C.) a China atingiu a maior extensão territorial de de sua história. Seguiram-se a dinastia Sung (960-1279), a Ming (1368-1644) e a Qing ou Manchu (1644-1911), última dinastia da China imperial.
Desde o início de sua história. Na China foram produzidos uma grande variedade de objetos feitos em bronze, jade e osso, os quais eram utilizados sobre tudo em rituais xamanistas. Não obstante, estes objetos em bronze, jade e osso ainda possuírem aspectos rudimentares em comparação aos produzidos em épocas posteriores, já apresentavam características de um dos princípios essenciais da arte chinesa: o resumo entre o espírito criador artístico a função social e hierárquica a que estavam destinados desde a sua concepção.
O primeiro princípio é demonstrado no aprimoramento das formas, na origem dos temas decorativos tomando como paradigma as forças da natureza e sua ação sobre o espírito humano, e no grande conhecimento técnico de materiais que caracterizou todas as formas de expressão artística chinesa.
Como complemento da variedade das formas, como na iconografia, estes objetos possuíam adornos que correspondiam aos princípios de hierarquização social e uso ritual que caracterizaram os inícios da civilização na China com a Dinastia Shang e a Zhou. No tocante, na dinastia Zhou, foram criadas as escolas de filosofia, que aprofundaram a relação do indivíduo em torno de si e a consideração social do mesmo, estabelecendo os fundamentos teóricos que com o passar dos séculos daria origem à teoria chinesa da arte.


Vaso Zhou, século IV-III a. C.



China 1996. Série alusiva a esculturas
Folk Pintado em Área de Tianjin.
Scott: 2737/2740.

Selos retratando: Os dois Imortais; Fazer Candy Doll; Voltando da Pesca e Xi Chun em Pintura.

As esculturas folclórica pintadas são representadas pelo "Clay Figurine Zhang". possui o seu nome conhecido como escultura de barro popular artista Zhang Mingshan que viveu em Tianjin, no final da Dinastia Qing. Zhang não só herdou a arte da escultura de barro tradicional chinesa, mas também as técnicas artísticas das escultura de argila de épocas anteriores com o objetivo alcançar novos rumos em termos de temas, a criação da imagem e suas três técnicas originais, como "barro escondidos nas mangas", ver o coração o retrato e selecionando o melhor das massas. Sua arte tem sido popular com o povo Zhang estatuetas de argila, dizendo que "as figuras" exato mesmo superar os de Yang Hui, o melhor artista da escultura da Dinastia Tang. A arte chinesa não se exprime apenas pela beleza e pelo estilo, mas, também por ter sido fonte de inspiração para países orientais, como o Japão, Coreia, Tibete, Mongólia, Indochina e Ásia Central. Vários estilos artísticos europeus, possui suas raízes na China. Principalmente as técnicas aplicadas na tecelagem e na cerâmica.





Bronzes da dinastia Zhou do Oeste. Scott: 1824/1831.

Com característica serena, continuidade de expressivas formas e rigidez de valores estéticos, a arte chinesa sempre procurou por meio de suas realizações artísticas, manter a harmonia com o universo. Coma a abertura de suas portas ao exterior, ocorrida no decurso da dinastia Ching tornou-se evidente, em paralelo com a exportação de artefatos artísticos para todo o mundo ocidental, a apropriação pela China de outras linguagens estéticas.


Cerâmica da dinastia Qing.
Acervo: Museu Calouste Gulbenkian.
Lisboa - Portugal.



 Série alusiva Stone Carving de Shoushan
emitida pela China em 1997.
Scott: 2787/2791.

Selos retratando: Ritmo de Outono; Rhinoceros sob Sunshine; Perfume de Jade e Alegria Drunken.


FDC não circulado com carimbo comemorativo alusivo a série acima.

As pedra produzidos em Shoushan Township, subúrbio norte da cidade de Fuzhou, são consideradas como uma das três mais famosas da China e muito conhecidas por sua textura fina e variedade de cores.
Há um velho ditado sobre o lendário Nüwa que diz que ele escondeu as pedras coloridas remanescente da Serra Shoushan que mais tarde se tornaram nas Shoushan Stones.
Segundo outra lenda, a Phoenix de cinco cores parou nas montanhas de Shoushan e seus ovos se tornaram nas pedras multicoloridadas de Shoushan.
Com mais de 100 tipos, as pedras possui uma beleza impecável e são classificadas como Tiandeng, Shuikeng e Shankeng.
A arte de esculpi-las, remonta há mais de 1.500 anos atrás. Algumas são simples e sólida, outras, são pequenas e requintadas.
Além dos selos Shoushan as pedras estão esculpidas em formatos de animais sagrados antigos, flores, frutas, peixes e insetos.
Os artesãos de diferentes dinastias criaram muitas obras-primas que foram passadas de geração em geração.




Série alusiva a esculturas em pedra emitida
pela China em 1999. Dinastia Han.
Scott: 2942/2947.

Selos retratando: Vaca Aração; Tecendo; Dancing; Jing Ke tentou assassinar o imperador Qinshihuang; Chang'e Deusa viajou para a Lua e Transporte sobre o Caminho.



China 1999. Série alusiva a Cerâmica chinesa.
Porcelana do forno junho.
Scott: 2948/2951.

Selo retratando: Halberd em forma de canção Vinho Navio do Norte; Vinho Navio do Norte da Canção; Dual-Burner tratado de Yuan e Vaso Dual-tratada com uma Base de Yuan.



Série alusiva aos Murais de Templo de Yongle
emitida pela China em 2001.
Scott: 3103.

Selos retratando: Mãe Rainha Senhora; Lady Jade Apresentando Treasure; Digno Celestial do Oriente e Vênus e Mercúrio.

A série acima contendo quatro selos especiais foi emitida em 2001 pelo Estado Post Mesa. O salão onde os murais se encontram representa cerca de 300 divindades taoístas em um extraordinário mural. Com base em pinturas tradicionais do mesmo tipo e desenho em sua essência, representa vivamente uma imagem completa de personagens taoísta, pintadas em diferentes posturas e bem projetado. As cores brilhantes e as linhas suaves, juntos somados fazem o mural uma obra-prima da história dos selos chineses representam partes do "Retrato" em homenagem ao Imperador Xuanyua.


Série alusiva a relíquias históricas desenterradas
Durante cultura revolucionária.
Scott 1131/1142.

Selos retratando: Vaso de porcelana; bule branco com o estilo de chefe de Phoenix; Cavalo preto da cor (cerâmica tricolor de vidro); Figura de túmulo; Base da coluna (escultura em pedra); Galope do cavalo (bronze); Caixa de tinteiros de ouro com capeamento de cobre; A lâmpada do Palácio Imperial Changxin; Bronze ding com pato lidar com cobertura; Garrafa Fufang; Vasilha de vinho em bronze e Red cerâmica ding com padrão (Vasilha de vinho).


Série comemorativa emitida pela China em 1999
com quatro selos alusivos a Cenas chinesa. (Pinturas).


Retrato de um idoso confeccionado por Zhang com cabelos. Entre as várias personalidades já retratadas por Zhang estão o atual presidente dos EUA, Barack Obama, a Monalisa e também o artista chinês Jack Chan. Para obter níveis impressionastes de realismo em suas obras, Zhang cria inicialmente um modelo mais de 100 vezes maior que o produto final e depois seleciona fios de cabelo resistentes que possam ser entrelaçados.


Evolução da arte chinesa.

Após um obscuro período pré-histórico, a evolução da arte chinesa pode ser dividida em cinco longos períodos distintos, os quais, não há limites claros.


Dois selos de uma série contendo três selos alusivos a pinturas rupestre em Mountain Helan emitida pela China em 1998. Scott: 2897/2899. Os selos mostram: Face Humana (não tenho a imagem); caça e boi.

A Montanha Helan, está localizada na parte noroeste da Região Autônoma de Ningxia Hui e abrange cerca de 250 quilômetros. Precipitada, a grande montanha foi habitada por várias nacionalidades, Xirong, Xiongnu, Xianbei, Chile, Tujue, Huihu, Dangxiang e mongol no norte da China desde os tempos antigos. Os povos antigos que viveram no local esculpiram suas vidas e sonhos em pinturas rupestres. As pinturas rupestres foram feitas por diferentes nacionalidades, em diferentes épocas, como já no Shang e as dinastias Zhou e tão tarde como o Xixia e as dinastias Yuan. Essas pinturas rupestres tem vários temas que incluem: vida nômade, o sacrifício aos deuses, animais e figuras humanas, bem como facas, machados, correntes de pedra, as armadilhas e carroças. As pinturas envolvem uma grande variedade de temas como astronomia, as atividades humanas e geografia. Quais são especialmente atraentes são aquelas em mitos e lendas e culto genital. Estes signos artísticos, que são os cristais da combinação do pensamento dos seres humanos em imagens com o pensamento abstrato, pode muito bem ser considerado como uma enciclopédia de nacionalidades chinesa antiga nômade.


Primeiro período:

Remontam aos registos da segunda parte da dinastia Shang (1711 a. C.-1066 a. C.), em que os mais importantes trabalhos, são os vasos de bronze, de formato rígidos, feitos com objetivo de sacrificios religiosos e decorados principalmente com motivos animais.


Segundo período:

Tem início com a unificação da China ocorrida em 221 a. C., no decorrer da dinastia Qin, com o imperador Shi Huangdi, o qual construiu a famosa e uma das sete maravilhas do mundo, a Grande Muralha da China.


Selo emitido pelo Tajiquistão em 20/05/2003, alusivo a XVI Exposição Internacional de selos na Ásia, mostrando um aspecto da Grande Muralha da China.



Selos emitidos pela China em 1996 alusivos a Arquitetura Antiga. Scott: 2676.

Também constituem importantes exemplos de arte deste período, alguns objetos de jade, bronze, vários vasos de cerâmica e figuras encontradas em sepulturas.


Terceiro período:

Este período foi marcado por um dos acontecimentos mais importantes da dinastia Han (206 a.C.-220 d. C.); a introdução do budismo. Não há relatos sobre a sua real origem, provavelmente tenha vindo da Índia e da Ásia Central. uma vez que os templos e mosteiros budistas se tornaram os grandes patrocinadores e guardiões das artes. Os exemplos mais conservados são os que, seguindo o modelo indiano, foram escavados nas faces das rochas, decorados com esculturas e afrescos. O pico maior deste período, foi alcançado pela dinastia Sui (581-618 d. C. e Tang (618-907 d. C.). O país foi unificada depois de um longo período de invasões e guerra civil e, todas as manifestações artísticas floresceram.


Quarto período:

Ao lado, série emitida pela China em 1998 alusiva ao Longquan Cerâmica China's Kiln. Scott 2900/2903. Os selos mostram: Vaso com cinco Bicos. Dinastia Song do Norte; vaso com Phoenix Orelhas. Dinastia Song do Sul; duplo vaso cabaça. Dinastia Yuan; Gravado Ewer decorados com três frutos. Dinastia Ming.
O século X foi o marco do início do quarto período, que culminou na dinastia Song (960-1279), época em que a arte chinesa atingiu seu mais alto grau. O grande feito, foi a mudança da simples pintura de paisagens para uma maior, muito antes da Europa ter vislumbrado tal possibilidade. A cerâmica, também teve a mesma importância neste período, tanto pela sua nobreza como pela sua bela decoração.


Quinto período:

O último grande período da arte chinesa vai do reinado dos imperadores Ming (1368-1644) até a última dinastia dos Manchu ou Qing (1644-1911). A pintura e a cerâmica mantiveram os seus altos níveis, e novas técnicas de fabricação de porcelana foram desenvolvidas, especialmente a pintura azul vitrificada e o uso de cores esmaltadas sobre a vitrificação.
Outras notáveis habilidades criativas da arte chinesa, foram os trabalhos esculpidos em marfim e jade, bem como no esmalte closonné (técnica de origem francesa). No século II, a combinação de várias influencias, principalmente as ocidentais, minaram a arte chinesa tradicional.
A revolução comunista e a criação da Republica Popular da China com a liderança de Mao Tsé-tung, introduziu no pais uma incontestável dimensão política em todos os aspectos de expressão artística. Baniu os movimentos vanguardistas, como exemplo, o formalismo burguês. Não obstante, a revolução também favoreceu ao nascimento de modelos artísticos ancestrais e conduziu os habitantes à pratica de valorização das tradições no que se refere as artes. O fato, desencadeou um processo de restauração e descobertas de valiosos tesouros artísticos do passado. Como exemplo, o folclore foi assumido como um valioso produto de exportação e fonte de renda para o país.


Pintura.

Expressão artística a qual recebeu por herança da escrita os materiais denominados de ''os quatros tesouros do estúdio'', e até hoje, apresentado relações muito próximas entre si. Os artistas, em vez de pintar seus quadros em telas ou madeira com tinta a óleo ou acrílica, normalmente, utilizam a aquarela, carvão diluído em água ou Nanquim sobre seda ou papel. Além disso, a vitalidade e o ritmo de suas pinceladas são mais importante que o naturalismo da representação.
A pintura chinesa se desenvolveu e foi classificado por tema em três gêneros: figuras, paisagens e pássaros e flores. O gênero de pássaros e de flores tem suas raízes nos padrões decorativos gravado em cerâmica ou peças de bronze. Entre os temas mais comuns a este gênero, que atingiu o seu auge durante a Dinastia Song (960 - 1279), são as flores, os bambus, os pássaros, os insetos e as pedras.




Série alusiva a pintura de aves. (Cegonhas).


O pincel (ruan bi), utensílio mole para escrever, a tinta (barra de Nanquim ou carvão diluído em água), o tinteiro e o papel. A qualidade da pintura depende em muito da utilização adequada destes objetos e os pincéis podem ser grossos para desenhar e suaves para colorir, manipulados com mais ou menos pressão. O papel, normalmente branco, leve e absorvente, chamado de xuan, é confeccionado de bambu, amoreira ou juta. Mas suportes de alumínio e cola são também utilizados para trabalhos com linhas finas. A tinta pode ser misturada com mais ou menos água com o objetivo de produzir o efeito de luz e sombra nos traços e os conduzir para as mais diferentes formas. Além disso, a vitalidade e o ritmo de suas pinceladas era mais importante que o naturalismo da representação.



Estojo para pintura.


China. 1986. Bloco alusivo a pintura de aves. (Cegonhas).
Yvert: 39.

A China é o habitat principal das garças brancas do leste. Em todos os lugares, podemos encontrar muitos área natural de proteção às garças brancas que migram do leste em busca de um lugar para repousarem. Ao mesmo tempo, existem diversos zoológicos oferecendo os planos para a reprodução e a sua proteção e também são temas para vários pintores chineses.





Selos e bloco alusivos a Pintura Chinesa:
Belezas Vestindo Flores (Dinastia Tang).
Scott: 1901/1903.


Sumiê:

Utilizando um pincel, tinta de carvão diluída em água e uma folha de papel, um hábil artista é capaz de através de traços tal como aos da caligrafia, produzir em dez minutos sua obra, com efeito de sombra e luz. Com movimentos simples e precisos, com as cerdas do pincel deitadas, vai fazendo surgir a copa de uma árvore, e com a ponta do pincel em pé, risca os galhos e os contornos. Essas são as características do sumiê, figura ao lado, que em japonês significa “pintura com tinta'', o qual possui como fundamento a apropriação expressionista da natureza.
A técnica do sumiê tornou-se conhecida ao espalhar-se no Japão a partir do século XIV. Contudo, a forma de expressão é de origem chinesa, criada nos mosteiros budistas e reconhecida com um estilo artístico na dinastia Sung (960-1274 d. C.).


Pinturas sobre seda.

A pinturas de seda chinesa é quase tão antiga quanto a história escrita em si, antes mesmo que as piramides do Egito terem sido construídas os chineses já pintavam em seda. E muitos dos primeiros exemplos de pintura em seda chinesas estão em exibição em museus chineses.



Série alusiva as pinturas em seda policromática
de Han Tomb em Mawangdui, Changsha.
Scott: 2208/2210.

Os selos retratam: No Céu, No mundo Nether e na Terra.


Desde o início de 1972 ao início de 1974, arqueólogos chineses efetuaram escavações científicas em alguns túmulos os quais revelaram preciosas relíquias culturais. Foi um raro achado arqueológico em termos de variedade de relíquias e suas boas condições, e desde que uma prova material sólido para as pesquisas de desenvolvimento social, político, econômico e cultural do início da dinastia Han. A pintura policromada sobre seda descoberto em Han Tomb, com o seu conteúdo substancial, cores brilhantes e forma única de expressão, a pesquisa possui grande valor e valorização da história da arte da China.



Série alusiva a pinturas sobre seda chinesa emitida em 2005.
Scott: Selos: 3455/3464. mine folha: 3465.
Selos retratando: Deusa do Rio Luo.

A pintura de "Deusa do rio Luo" foi desenhado pelo famoso artista Gu Kaizhi (348-409) da Dinastia Jin Oriental e mede cerca de seis metros de comprimento. Pintada com tinta em cor clara sobre um rolo de seda, o tema da pintura é oriundo da prosa poética homônimo escrito por Cao Zhi (192-232), a partir de Wei dos Três Reinos.
Cao Zhi descreveu seu amor como Luoshen (deusa do rio Luo), expressando seu sentimento forte por ela. Elaborada com base na descrição desta prosa, a pintura retrata o modo artístico em três partes.


Escultura.

Os principais materiais associados à arte chinesa de esculpir é o jade, o marfim, a madeira, a pedra e o bronze, tendo sido muito usados na fabricação de armas, jóias, pequenas esculturas, em objetos a decoração ou destinados aos rituais religiosos de sua cultura. Contudo, algumas vezes, modelavam ou revestiam suas obras com laca, técnica de arte de origem chinesa.





Série com oito valores mais bloco alusivos a peças de bronze da dinastia Zhou do Leste emitidos pela China em 2003. Scott: 3326/3333. Selos retratando: Praça Plate com tartaruga e peixes Padrões; Gui do Duque de Qin; Ferro-pés do tripé do Rei de Zhongshan; Panela Abóbora em forma de Yi de Zeng do Marquês; Vinho Embarcação Divina Animal; Vinho Navio com Phoenix Padrão; Praça de Pot com o projeto da Lotos e Guindastes e Bronze Tripé com punho em forma de dragão.


China. Cão de Fó, escultura em bronze. Século XIX.

Ao lado, série ordinária com quatro valores emitida pela China em 1992 alusiva a esculturas em pedra: Stone Qingtian Talha. Scott: 2425/2428. Selos retratando: Primavera; Kaoliang; Colheita e flores desabrochando e Lua Cheia.
As esculturas de pedra de Qingtian Stone Carving é considerada como uma das mais famosas obras de artesanato da China. Feita em Qingtian da Província de Zhejiang, durante a Dinastia Song do Sul, gravada principalmente com Qingtian Stone, ela possui um história que conta mais de 800 anos. 1904 a escultura de pedra ganhou comentários favoráveis na Conferência da Concorrência belga, Panamá Feira Internacional nos Estados Unidos, o Fair italiana, e do sul da Ásia Feira na China e se tornou conhecida no planeta. Os estilos básicos são ricos ao que concede a composição, gosto da decoração intensa e cor local do sul do país.

Gaiola chinesa esculpida em madeira.
Dinastia Tao-Kuang.

Ao lado, série alusiva a Gruta na China: Scott: 2189/2192. Selos retratando: Grutas de Yungang, Buda Big (Wei do Norte); Grutas de Longmen, Hércules (Dinastia Tang); Grutas Maijishan, Bodhisattva (Wei Oeste) e Dazu Esculpido Stone, Lady frango alimentação (Dinastia Song).

Abaixo, FDCs não circulados com selos e carimbos comemorativos alusivos a Esculturas Corda Dinastia Liao. Scott: 1816/1819. Selos retratando: Bodhisattva; Bodhisattva; Lótus criança de flor e Bodhisattva.




As grutas de Longmen, estão localizadas no subúrbio de Luoyang, província de Henan. As estátuas da gruta foram iniciadas quando o Imperador Xiao Wen mudou sua capital para Luoyang. As mais típicas são aquelas bem preservado na China, como as Yang, Bin, grutas e cavernas de Lótus na Wei do Norte, e Templo de Qian Xi, Templo de Wan de Xian Feng Jing e Templo de Kan da Dinastia Tang.

Abaixo, FDC não circulado com selos e carimbo comemorativo alusivo a Gruta de Longmen emitido pela China em 1993. Scott: 2458/2461. Selos retratando: Dinastia Tang, Lushena Buda (no Templo Fengxian); Dinastia Beiwei, Sakyamuni (em Baoyang Cave Zhongdong); Dinastia Tang, Buda Pise yaksha (em Fengxian Templo) e Dinastia Beiwei, Bodhisattva (em Cave Guyangdong).


Consideradas como uma das quatros grutas mais conhecida e famosa da China, as grutas Maijishan estão localizadas ao longo da antiga Rota da Seda perto da cidade de Tianshui província de Gansu. Escavadas em um penhasco precária da Montanha Xiaolong na floresta, as grutas receberam esse nome porque a montanha possui a forma de um "amontoados de palha de trigo de uma família rural".

Ao lado, série com seis valores alusiva as grutas de Grottoes Maiji emitida pela China em 1997. Scott: 2769/2774. Selos retratando: Buda e Xieshi Bodhisattva; Xieshi Bodhisattva e seu Discípulo; Empregada doméstica; Buda; Bodhisattva Xieshi e Provedor.
Durante o período Qin no final da era dos reinos dezesseis 1.600 anos atrás, o imperador ordenou a escavação da caverna-santuário sobre a falésia mais de várias dezenas de metros de altura em que os valores foram criados e as pinturas foram feitas. Durante o período Qin ocidental, eminentes mestres budistas passaram a montar lá para ensinar as escrituras budistas. Durante a Dinastia Wei do Norte, as montanhas de tornou-se um famoso local sagrados da religião budista, no qual mais de 100 cavernas foram adicionados, e mais de 10.000 figuras foram esculpidas.
Após a construção, as grutas Maijishan testemunharam doze dinastias, e atualmente, 194 cavernas estão preservados, contendo mais de 7.200 pequenas figuras de barro, esculturas em pedra e mais de 1.300 metros quadrados de afrescos. As esculturas, nas Grutas Maijishan mostram as contribuições das artes tradicionais chinesas de escultura budista, personalizaram as figuras divinas e as faz vivas. As esculturas encontradas nas Grutas Maijishan podem ser classificadas em figuras de barro, esculturas em pedra e figuras gravadas em pedra com grande predominância de figuras de barro. Assim, podemos considerá-las como um "museu de esculturas Oriental".


Porcelana e cerâmica.

Também é de origem chinesa, remonta a mais de mil anos antes que o segredo de sua fabricação fosse conhecido na Europa, no início do século XVII. A porcelana, também chamado de "porcelana fina", com sua textura delicada e agradável, cor e escultura refinados, tem sido uma das primeiras obras introduzidos ao mundo ocidental através da Rota da Seda. Deliberadamente os chineses não mediram esforços em proporcionar excessiva beleza na decoração das peças. Grande parte dela é cheia de vida e mostra uma preocupação com a simetria.


Série emitidos em 2001 conjuntamente
pela China e pela Bélgica.

Selos figurando: Vaso de cerâmica de cor e Chá Misto e pote com esmalte.

A história de Liang Zhu Yingtai Shanbo e tem sido uma história de amor familiar na China há mais de 1000 anos. A heroína Zhu Yingtai, disfarçada de homem, torna-se amigos do peito com Shanbo Liang, um colega dela de 3 anos. Antes de voltar para casa, Yingtai implica Shanbo que ela será sua esposa. Sabendo que Yingtai é mulher, o prazer Shanbo corre para a casa dela, só para descobrir que sua família a desposar com alguém contra sua vontade. Sob a pressão das regras do clã patriarcal e a ética feudal, eles morrem de amor e de retorno em um par de borboletas. A lenda que se deslocam trágico exalta o amor puro e da liberdade do amor. Surgidas no início da Dinastia Tang, a história foi colocado no palco as dinastias Song e Yuan e execuções baseado na história foi amplamente realizada durante as dinastias Ming e Wing. A história foi transmitida a este dia em múltiplas formas.

Ao lado, recipiente pintado em esmalte do período do imperador Yongz heng (1723/35).
A China conserva firme em seu poder a tradição mundial na confecção de cerâmica e porcelana. O seu reconhecido destaque neste campo se deve não apenas à beleza e qualidades técnicas dos produtos, mas também à enorme influência que tiveram tanto na Ásia quanto no Ocidente.
A cerâmica é produzida na China desde o III milênio a. C. Os primeiros utensílios que foram encontrados eram feito de caulim e datam da Dinastia Shang. Possuíam aspectos comuns da lisura e qualidade impermeável de esmalte duro. Amplamente utilizadas entre a maioria das pessoas comuns, rapidamente tornou-se uma necessidade da vida diária, especialmente nas classes média e alta, sendo feitas sob a forma de todos os tipos de itens, como taças, copos, jogos de chá, vasos, caixas de jóia, queimadores de incenso, instrumentos musicais e caixas de almofadas fixas e xadrez, bem como para os médicos tradicionais que as usavam para sentirem o pulso de seus pacientes.


Série emitida pela China alusiva a Papelaria Jingdezhen.
Scott: 2361/2366.

Selos figurando: Dinastia Song, Tigela com esmalte azul e branco; Dinastia Ming, coberto com Jar colorido Padrão; Dinastia Yuan, vaso azul com flor da ameixa; Dinastia Qing, Zun com coloridas flores e Design Bird; Tempo de Morden, Winecup com Folhas Verdes e Carpa Vermelha e Tempo de Morden, Octogonal Thin Bowl com Pendente Luz Design.

Considerada como "a capital da porcelana da China", Jingdezhen possui uma história de mais de 600 anos. Durante as dinastias Ming e Qing, a "Imperial Fábrica de Porcelana"-fornos de produção de porcelana Royal restritamente à família imperial foi criada em Zhushan de Jingdezhen, aumentando as competências de decisão em porcelana de Jingdezhen. Há relatos de que no início de sua criação, havia um total de 20 fornos, e que durante o reinado de Xuande (1426-1435), o número chegou a 58.


Folha com oito selos alusivos a porcelana da
Shiwan emitida em 2007 pela China.

Selos mostrando: Gozando Mei Flor na neve e Wang Zhaojun para Xiongnu.

Alguns exemplos antigos de cerâmicas revelam excelente qualidade e belíssima decoração, mas foi a partir da dinastia Han (206 a. C.-220 d. C.) que iniciou a tradição contínua de fabricação de cerâmica cozida e vitrificada para uso em túmulos. Da mesma forma que os vasos, os túmulos eram produzidos de modo a proporcionar o aspecto da vida na época, com celeiros, casas, lagos para peixes, animais e jogos reproduzidos no barro. Louça cozida também foi produzida, resultando nos produtos da sexta dinastia (251-589) e da dinastia Tang 251-589). A dinastia Song (960-1279) representou a idade de ouro da cerâmica chinesa, com os famosos fornos, tanto no sul quanto no norte da China. O sudeste do país se transformou no mais importante centro de cerâmica a partir da dinastia Yuan 1279-1368). Os chineses desenvolveram o controle sobre o pigmento azul, de modo que ele pudesse ser utilizado em detalhes pincelados.

Ao lado, série com quatro valores alusiva a porcelana branca. Selos mostrando: Louça, do Norte da Dinastia Song; Vinho Navio, de dinastia Song do Norte; Bacia de três pernas, do Norte da Dinastia Song e Bowl, da dinastia Song do Norte.
Durante a dinastia Ming (1368-1644), a louça azul e branca alcançou seu ponto alto, especialmente no século XV. Já na dinastia Qing 1644-1911), os esmaltes da "família verde" se tornaram populares no reinado do imperador Kangxi (1662-1722) e a "família rosa" no reinado de Youngzheng (1723-1735).



Série comemorativa alusiva a Chinee
Cerâmica Cizhou Fornos.
Scott 1671/1676.


Selos mostrando: Garrafa da dinastia Song; Garrafa de dinastia Jin; Garrafa de idade presente; Jarro da dinastia de Yuan; Vaso da Dinastia Yuan e Vinho Cálice de idade apresentam.



FDC não circulado emitido pela a China alusivo a cerâmicas pintadas. Selos figurando: Tipo de Ban-po; Tipo de Miao-di-gou; Tipo de Ma-jia-yao e Tipo de Mao-chang. Scott: 2270/2273.

O complexo de fabricação de cerâmica de Jingdezhen teve hábeis directores durante o século XVIII e desfrutou do patrocínio da corte, especialmente no governo do imperador Qianlog (1736-1795), grande incentivador das artes e coleccionador. A cerâmica chinesa produzida após o século XVIII tem sido vista apenas como hábil imitação dos modelos antigos.



Acima, jarrão de porcelana chinesa do século XIX encontrado por herdeiros de uma família inglesa ao limparem o imóvel na localidade de Pinner, no condado de Middlesex, medindo 41 centímetros de altura, ricamente decorado com peixes e dragões e perfurações que facilitam a visualização de seu interior.
A peça foi arrematada em Junho deste ano por um agente de Pequim em um leilão organizado pela leiloeira britânica Bainbridges em Londres por 60 milhões de euros.


Série ordinária emitida pela China alusiva a porcelana tri-colorido. Dinastia Tang. Scott 592-599. Selos figurando: burros; cavalos e camelos.


Idioma.


O chinês mandarim é o idioma sino-tibetana, da família chinesa e oficial na China, Formosa (Taiwan) e Singapura e falado em Hong Kong, Indonésia e Malásia.
Analítica e atônica. Não possui flexão verbal (é, talvez junto aos povos vietnamitas a língua analítica por excelência), e se mostra relutante aos empréstimos linguísticos.
O chinês é considerado o idioma mais falado no mundo (mais de 900 milhões de falantes como língua materna), e serve de língua mãe aos falantes de diferentes dialetos de toda a China. É um dos seis idiomas oficiais da ONU.


China. Bloco 102 Upu União Postal Universal.


Dialetos.

A línguas Chinesa está composta por vários idiomas diferentes entre si. Os principais são:

a) Mandarim, ou Putonghua: 836 milhões de pessoas;
b) Wú: 77 milhões de pessoas;
c) Cantonês ou Yue: 71 milhões de pessoas;
d) Dialetos Min: 60 milhões de pessoas;
e) Jin: 45 milhões de pessoas;
f) Xiang ou Huanés: 36 milhões de pessoas;
g) Hakka ou Kejia: 34 milhões de pessoas;
h) Gàn: 31 milhões de pessoas;
i) Hui: 3.2 milhões de pessoas;
j) Pinghua: 2 milhões de pessoas.


Escrita.

A Escrita é ideográfica, isto é, baseada em símbolos gráficos os quais representam uma idéia. O conjunto total é formado por cerca de 15.000 ideogramas, os quais podem ser agrupados em quatro conjunto ou classe. A lenda conta no Shuowen Jiezi que foi Chang Ji (um enviado do deus Huang Di) quem criou a escrita inspirado em rastros de pássaros e outros animais. Outra versão afirma que foi o imperador Fu Shi o criador da escrita. Os textos mais antigos foram gravados nos Jiaguwen, carapaças de tartarugas e ossos de boi utilizados para a ostemancia, e datam entre 1500 e 950 a. C., no decurso da Dinastia Chang.


Classe de ideogramas.

1) Primeira classe:

Primeiros a serem elaborados a partir da observação da natureza.

a) 山 - Montanha.
b) 河 - Rio.
c) 树 - Árvore.
d)日 - Sol, dia.

Hoje, os ideogramas escritos passaram por várias mudanças, simplificações e são diferentes dos que se representavam nos primórdios dos tempos. Mas, muitos ainda possuem algumas semelhança com os do passado.


2) Segunda classe:

Compostos por símbolos que resultaram de convenções.

a) 一 - Um.
b) 二 - Dois.
c) 三 - Três.
d) 中 - Meio.
e) 上 - Em cima, sobre.
f) 下 - Em baixo, sob.


3) Terceira classe:

Composta por símbolos que resultaram da combinação ou justaposição de outros ideogramas.

a) 木 - Madeira.
b) 树 - Árvore.
c) 森林 - Floresta.


4) Quarta classe:

Para que se tenha condições de compreender a quarta classe é necessário que se tenha conhecimento maior da escrita chinesa.
Com o objetivo de mostrar que o processo de desenvolvimento dos caracteres foram gradualmente sofrendo alterações dos símbolos para a abstração, a China emitiu em 17/01/1979, uma série contendo quatros valores:




Selos figurando: “Chia-ku-wen” (Oracle Inscription), oráculo em ossos da Dinastia Yin, mantido na Academia Sinica; “Chin-wen”, “Leh-chi” caldeirão do período da primavera e do outono, mantido no Museu Nacional do Palácio; “Hsiao-chuan” (o pequeno estilo marinho), gravado em um animal marinho “Chin-shih-chiang-chun-chang”, da Dinastia Han do Oeste, mantido no Museu Nacional do Palácio e “Li-shu” (the Square-plain-style), escrita em pedra da Dinastia Han do Leste, mantido no Museu de História Nacional.


Caligrafia.

Na caligrafia chinesa, ou shūfǎ (書法), os caracteres podem ser traçados de acordo com cinco estilos históricos. Normalmente todos são realizados com pincel e tinta. E, os estilos, estão ligados intrinsecamente à história da escrita.
No que diz respeito a filatelia, Os 5 selos postais abaixo emitidos em 20/05/1978, mostram cinco obras-primas da caligrafia chinesa recomendadas pelo Museu Nacional do Palácio.


     


Carta de “K'uai-hsueh Shih-ching”, por Wang His-chih. Texto da Dinastia Tsin, tinta sobre papel 23×14,8 cm; Discurso de Ni Kuan, por Chu Sui-liang. Texto simples da dinastia Tang, tinta sobre papel 24,6×170,1 cm; Inscrição sobre o poema “LAKE TAI”, por Wen Cheng-ming. Texto clérigo da Dinastia Ming, tinta sobre papel 15,7×15,8 cm;  Autobiografia por Huai-su. Texto da Dinastia Tang, tinta sobre papel 28,3×755 cm e Poema da Dinastia Sung, por Ch'ang Piao.Texto marítimo da Dinastia Sung, tinta sobre papel 24,5×11,1 cm.

O mais antigo dos estilos que se tem conhecimento (com seu apogeu na dinastia 秦 Qin, 221-206 a. C.), está relacionado a uma adequação dos caracteres tal como eram gravuras, que não pintados, sobre bronze ou pedra. As linhas são finas e pontiagudas nos extremos, a curvatura não está excluída, a forma dos caracteres é relativamente livre: este tipo de traço não segue as pautas das quais se fala nos demais estilos e que são essencialmente devidas ao pincel. Os caracteres ainda estão bastante perto do pictograma: sua forma não sempre pode ser deduzida da forma moderna, já que são formas antigas que sofreram várias alterações até chegar à sua forma atual. Pelo tanto, se tem que aprender o traço dos caracteres individualmente e sua leitura não é possível para o profano que não conhece mais que os caracteres modernos.
No tocando, no interior do estilo do selo, (aqui, a expressão “selo” não se refere aos selos postais), podem-se vericar dois tipos de caracteres distintos: o selo maior 大篆 dàzhuàn e o selo menor 小篆 xiǎozhuàn. O maior é o mais antigo, irregular e o menos cuidado. Remonta ao século IX a.C. e sua origem está diretamente nos caracteres arcaicos, 甲骨文 jiǎgǔwén (sob a dinastia 商 Shāng) e 金文 jīnwén (sob os 西周 Xī Zhōu, Zhōu ocidental), respectivamente "escrita de oráculos sobre osso" gravada sobre conchas de tartaruga para a adivinhação do futuro e "escrita sobre bronze" sobre bronzes litúrgicos. Estas são as primeiras manifestações autênticas de escrita chinesa. Não se deve pensar que o grande selo e os caracteres arcaicos são o mesmo: o grande selo é o tipo de escrita a traço mais antigo ainda em uso e não a escrita chinesa mais antiga. O selo menor, é uma padronização e um aperfeiçoamento do grande selo que data da dinastia 秦 Qin, cujo modelo se deve ao primeiro ministro de 秦始皇 Qin Shihuáng, 李斯 Lǐ ST (c. 200 a.C.). O pequeno selo, substituído por estilos mais simples e regulares, origina-se nos usos dos 漢 Hàn (de 206 a 220 a.C.) para mais tarde tornar-se num estilo puramente caligráfico solene sob os 唐 Táng (618 - 907). Normalmente traçado com pincel ou gravura sobre os selos (origem do seu nome atual). O grande selo, por sua vez, é estudado somente por historiadores ou estudiosos da escrita.


Estilo das escribas 隸書 lìshū.

Tabela no templo de Huashan (华山庙碑), cerca 100 a. C.

Conforme a administração chinesa se afirmava com o poder do escrito, pensou-se que os caracteres de estilo do selo, complexos e pouco regulares, eram um freio para a rapidez de compreensão e aprendizagem da escrita. Foi para os funcionários públicos, os escribas, para os que segundo a tradição 程邈 Chéng Miǎo, diretor de prisão sob a dinastia 秦 Qin (221-206 a. C.), haveria criado um estilo de traçado mais simples a partir do estilo do selo. Este novo estilo segue umas réguas gráficas determinadas. Assim, Chéng Miǎo contribuiu para o desenvolvimento da aprendizagem e à melhora da notação dos documentos administrativos. É por isso que se atribui este estilo aos funcionários públicos (ou escribas). Esta escrita faz-se muito comum sob a dinastia 漢 Hàn, em competência com o estilo do selo, ao que chega a substituir completamente (à exceção da caligrafia) entre os séculos I e III.
Caracteriza-se por traços espessos com a ponta escondida (não se vê a traça inicial e final do pincel). Os traços são quadrados, aplanados na zona média, espaçados e tendentes a rebordar pelos lados. Ao longo do s. II, sob os 東漢 Dōnghàn, os Han Orientais, o aperfeiçoamento do pincel levou os calígrafos a dar mais amplitude aos traços, nomeadamente adicionando ondulações e estirando as horizontais.
Este estilo é substituído desde o século III pelo estilo regular. Contudo, continuou-se utilizando em caligrafia mesmo até os nossos dias. Dá à composição um ar digno, sentencioso e majestoso. É usado pelo tanto, à parte de em caligrafia, nomeadamente para slogans, citações ilustres e títulos.


Estilo regular 楷書 kǎishū.

Texto do famoso calígrafo Ouyang Jun (欧阳询, 557-641).

“Ainda mediante os 漢 Hàn, ao longo do século III da nossa era, surge este estilo, tido como uma melhora e racionalização do estilo dos escribas. É considerada a escrita padrão ou 正楷 zhèngkǎi, que possui seu apogeu sob os 唐 Táng (618-907 d. C.), na qual os calígrafos filham definitivamente a estrutura e a técnica do traço. A necessidade de uma escrita simples, o mais legível possível, muito regular, respondia às necessidades de centralização do poder. Esta escrita, vetor da administração, participara, assim, pela sua estabilidade, na hegemonia do poder imperial, até tal ponto que até as simplificações de 1958 e 1964  feitas na República Popular da China, não fora retocada nem modificada.
Estilisticamente, caracteriza-se pelo respeito das réguas de traçada evocadas mais em cima: grande estabilidade (nenhum caráter sai do quadrado virtual), o abandono definitivo das curvas diretas e dos ângulos agudos da escrita dos escribas por um comprometimento mais suave, a possibilidade de não utilizar mais que um número definido de traços fundamentais, traços horizontais acendendo ligeiramente da esquerda à direita e uma modificação das técnicas de começo dos traços.
Existem duas variantes do estilo regular: a regular grande e a regular pequena, respectivamente 大楷 dàkǎi e 小楷 xiǎokǎi. As diferenças entre as duas vêm nomeadamente da técnica do pincel: na regular pequena, os começos de traço são menos complexos, mais fluídos e a traça geral é mais ágil, menos rígida que na regular grande, que é a mais habitual das duas variantes.
É o estilo regular no qual se aprende a traçar os caracteres atualmente e no qual se escreve normalmente quando se tenta escrever bem. O estilo regular está muito próximo aos caracteres impressos, os quais podem apresentar leves diferenças com os caracteres manuscritos ”.


Estilo comum 行書 xíngshū.

De uma carta de Wang Xizhi (王羲之, 303 - 361).

“ Como indica seu nome, este estilo, nascido de novo sob os 漢 Hàn, para o fim da dinastia oriental (25-220), é uma forma dupla: é rápida (os caracteres "correm") e habitual ("corrente"). O estilo nasce de uma "deformação" por simplificação do traço regular. É por isso que é a mais utilizada atualmente para os manuscritos da vida comum. Contudo, não é ignorada pela caligrafia, longe disso, e também não é considerada uma forma bastarda da regular: possui em caligrafia suas próprias réguas.
Acredita-se que seu criador foi 劉德昇 Liu Déshēng, dos 漢 Hàn Orientais. A perfeição deste estilo foi atingida, porém, por 王獻之 Wáng Xiànzhī (344-348) bem como a 王羲之 Wáng Xīzhī (321-379), seu pai, um dos mais célebres calígrafos chineses, ambos sob a dinastia 東晉 Dōngjìn, Jìn Orientais (317-420 da nossa era).
Traçado com a ponta de um pincel ou com caneta, segue sendo legível, de rápida escrita e facilmente decifrável. Não requer aprendizagem própria, separada da regular, já que é uma grafia quase cursiva, as simplificações dos caracteres são lógicas: são estilizações das unidades básicas nascidas naturalmente do pincel ou da caneta quando a ponta não abandoa o papel para um novo traço, que se unem mais amiúde que no estilo regular. Além disso, os traços são mais simples e diretos, a ponta do pincel não regressa para atrás, movimento característico do estilo regular ”.


Estilo de erva 草書 cǎoshū.

“ Texto de Sum Guoting (孙过庭 ) por volta de 6.50O último dos estilos caligráficos, também chamado cursiva ou escrita louca é sem dúvida o mais surpreendente. Seu nome pode-se entender de várias formas: bem que é uma escrita agitada como a erva (é um dos sensos de 草 cǎo) no vento, bem que está destinada a usos efímeros, como um apagador (outro dos possíveis sensos de 草), como a palha. Longe de ser uma forma estenográfica, nascida da anterior, é um tipo de escrita a parte inteira. O traço dos caracteres que surgem fortemente deformados, parecem formas sem constrições aparentes, amiúde ligados entre sim e que se afastam do quadrado virtual repousa sobre formas taquigráficas tomadas dos estilos anteriores. A leitura e a escrita deste estilo são reservadas aos calígrafos e aos especialistas eruditos.A história deste estilo, que sofreu modificações amiúde, é complexo. Distinguem-se duas cursivas históricas principais, a 章草 zhāngcǎo, "cursiva dos selos" e a 今草 jīncǎo, "cursiva nova". A primeira, testificada pela primeira vez nos Reinos Combatentes, 戰國 Zhànguó 475 a.C.-221 a.  C., e que foi aperfeiçoado sob os 漢 Hàn, deriva do estilo dos escribas e do selo. A segunda, criada também sob os 漢 Hàn no século II da nossa era, é uma modificação da zhāngcǎo. Se os caracteres da primeira cursiva estão separados uns de outros e são relativamente regulares, os do segundo tomam mais independência, chegando até a eliminação total dos limites entre traços e caracteres. 王獻之 Wáng Xiànzhī e 王羲之 Wáng Xīzhī dos 東晉 Dōngjìn, Jin Orientais (317-420), são considerados como os mestres na matéria.O estilo caracteriza-se nomeadamente por uns traços muito codificados dos caracteres, que são abreviados e reduzidos à sua forma fundamental e já não são reconhecíveis ao olho profano. As reduções procedentes já de uma simplificação natural do traço, com o que o pincel apenas levanta-se do papel, já de grafias estenográficas convencionais às vezes muito antigas, que puderam dar nascimento a alguns dos caracteres simplificados da República Popular da China. O calígrafo que trabalha neste estilo de erva, porém não traça necessariamente os caracteres mais depressa que nos outros estilos: a rapidez é sugestionada e descrita mas não buscada por si. Este estilo, em efeito, não se usa atualmente para apagadores: requer um tal conhecimento da escrita chinesa e sua história e uma tal mestria da técnica que se reservou nomeadamente para a arte. De fato, embora cursiva, o estilo de erva traça mais amiúde com cuidado.Pode-se falar facilmente de arte abstrata e de idealização da escrita, estando esta somente esboçada, estando escritos mais os movimentos que os traços “.
A postura em relação às artes apresentava muitas diferenças entre a China e o Ocidente. O amador erudito, por exemplo, tinha geralmente um status mais elevado do que o profissional, e não havia distinção entre belas-artes e artes aplicadas. Na verdade, a caligrafia na China há muito tempo já era considerada a mais bela das artes.


A dificuldade em traduzir a língua chinesa.

Muito concisa, a língua chinesa é considerada a mais antiga. É muito comum haver frases sem verbos. Assim, para traduzí-la para o português, é necessário compor a frase com pronomes, advérbios, preposições, conjunções, que não estão na língua original.
Enquanto nas línguas ocidentais a gramática é uma estrutura sólida com a qual se podem construir períodos e parágrafos complexos, a gramática chinesa é fluida e flexível. Recententemente, passaram a usar sinais de pontuações. Por não haver maiúsculas, é por vezes difícil observar onde começa cada frase. No estilo clássico, utilizavam-se as rimas de palavras para indicar o fim das frases.
Os caracteres formam frases com grande versatilidade. Cada caracter (ou palavra) é um elemento móvel na estrutura e influencia o significado e a função dos outros e é influenciado por eles. Só depois de percorreu e analisou toda uma frase de um texto chinês antigo se pode decifrar o seu significado. Dependendo do contexto, como exemplo, a palavra ''mestre'' pode significar também ''para servir o mestre'', ''para seguir o mestre'' etc. Uma palavra antes de um verbo pode constituir o tema de uma frase mas pode também ser um determinante do verbo, como, por exemplo, em ''dez andar'', significa ''andar dez passos''. A palavra ''eu'' pode significar eu, me, mim, o meu, a minha. O plural só é indicado em caso de necessidade, quando não se entende pelo sentido de uma frase.
Outros exemplos é a expressão ''Bom Chá'': É um chá que é bom, mas também ''chá bom'' segue-se um termo de comparação (bom, nessa posição, significa maior do que). Já a expressão ''Cão carne'' pode significar duas coisas diferentes conforme o contexto: carne de cão ou carne para o cão. Contudo por ser um animal herbívora a expressão ''vaca carne'' significa carne de vaca.
Na língua escrita de estilo antigo cada palavra, normalmente, era escrita utilizando um único caracter (monossilábico); assim, era um estilo muito mais preciso e literário do que é a língua falada. Por isso os europeus pensaram inicialmente que o chinês era uma língua monossilábica. Mas a língua falada é mais dissilábica e polissilábica.
Como o Tao Te Ching foi escrito usando a escrita de estilo antigo, o texto é extremamente conciso e não é de interpretação fácil mesmo para um chinês. O significado de cada monossílabo, no meio de uma série continua de caracteres sem pontuação, não surge espontaneamente; as frases têm uma estrutura mais difícil de detectar. As palavras que rimam sugerem as frases que estão presentes; mas nem sempre elas estão lá e nem sempre a estrutura fica perfeitamente clara. Sabe-se também que na época de Lao Tzi não havia uma escrita unificada, porque a China não estava ainda politicamente unificada, e que o significado e pronúncia de muitos caracteres se foi alterando com o tempo.
Por isso, não é nada certo que para um chinês seja mais fácil compreender o que diz o Tao Te Ching do que para um ocidental. E, provavelmente, nunca será possível ter a certeza absoluta do que é que Lao Tzi queria dizer em cada frase particular. Mas há uma unidade no texto que ajuda a perceber a ideia global.
Ou seja, a informação presente no texto não é uma estrutura perfeita com base na qual se possa conceber uma interpretação decisiva. Cada porção do texto mescla-se como que orgânica ou quimicamente com as outras e interfere no significado e o seu significado é influenciado por eles. Como a ordem original das várias seções do livro também se desconhece, cada porção é um elemento móvel na estrutura global.


Exemplos:

Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,
Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás.
E cada vez menos é feito até se atingir a perfeita não-ação.
Quando nada é feito, nada fica por fazer.
Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.
E não interferindo.


Selos.

Quando um estrangeiro estiver em uma determinada área da China, poderá se surpreender com o carinho especial dos Chineses no que consiste a sua preferência por selos (não confundir com selos postais). Para os chineses, os selos são uma arte de raízes culturais profundas, que combina a essência da caligrafia e da gravura e inspiram gerações de estudantes, apreciadores e colecionadores.
Usado no lugar de uma assinatura, acredita-se que tenham surgidos aproximadamente há 8.000 anos atrás, depois que nossos ancestrais passaram a fazer utensílios de cerâmica e tinham a propriedade privada. Supões que foram criados para marcarem seus bens com o objetivo de evitar roubos. Quando a primeira dinastia foi estabelecida, o rei começou a utilizar os selos para capacitar e mostrar créditos senhoriais. Só o selo especial do rei era chamado "Xi", o que representou a mais alta autoridade. O primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, teve seu Xi' feito de jade precioso e belo "Heshi Bi".


Folha emitida pela China em 2004.
Scott: 3385.

Os selos, Imperador Qiaolong e Imperador Jiaqing, mostrados na folha acima, pertencem ao acervo do Museu do Palácio de Pequim.

Bloodstone é uma pedra preciosa da China. Ela possui este nome devido a sua beleza (brilhante mosqueado de vermelho como sangue de galinha com seu conteúdo de cinábrio). Por ser um material popular para a elaboração dos selos, ela começou a ser usado no final da dinastia Yuan há mais de 600 anos atrás, e atingiu seu apogeu na dinastia Qing, sendo produzido principalmente em Changhua província de Zhejiang, Balin e Mongólia Interior. Com uma textura, clara lisa e de vários padrões formados pela mosqueados avermelhados, a pedra foi muito utilizada entre os homens de classe mais alta e por famílias imperiais. A maioria dos imperadores, imperatrizes e concubinas tinham seus selos feito de plasma.
Depois, seguiu os governos locais que necessitavam de selos para função semelhante. Simultâneamente, os selos privados foram esculpidos em uma variedade de personagens e padrões auspicioso animal vivo. Hoje, estes são muitos apreciados pelos colecionadores.
O apogeu da história do selo foi durante a dinastia Ming (1368-1644) e Qing (1644-1911) dinastias feudais, quando as artes chinesas floresceram e os artistas passaram a carimbar com seus selos sobre a «Xuan," um tipo especial de papel de alta qualidade usados para pergaminhos pintados de forma a identificar-se e adicionar o interesse. Várias seitas de escultura foram construídos pelo famoso selo de corte escultores.
O título, "Pai do Selo de Gravação" definitivamente pertence Wen Peng, filho de Wen Zhenming, um dos calígrafos mais famosos da China e pintores. O charme da gravura Wen Peng estava na suavidade delicada do corte e elegante, personagens voando. Apesar de um mestre de seu ofício, o que faz dele o "Pai da Seal gravura foi seu engenho na criação de um material mais duradouro mais durável para vedações. Um dia, Wen Peng encontrou um velho que vendia pedras para algumas mulheres. O homem estava tendo dificuldades para vender as pedras; potenciais compradores mantinham as propostas e preços muito baixos. Quando Wen Peng viu as pedras, lhe ocorreu que elas poderiam ser usados como selos. Ele comprou as pedras a um preço elevado, ajudando assim também ao velho vendedor. Quando voltou para casa, Wen Peng cortou as pedras e produziu pela primeira vez o mais delicado dos selos de pedra. Até essa época só havia selos de bronze ou cerâmica.
Outra gravura do selo foi observado no final da Dinastia Ming em que as forma foram ordenadamente elaboradas com força e vigor, e as curvas de cada personagem foram bastante clara e harmoniosa influenciando os gravadores da Dinastia Qing. O gênero do selo foi determinada pela força e velocidade do punho e da mão.
Os selos, são como o carácter distinto de uma pessoa. A gravura do selo otimista faz cursos hábil e dinâmico. Portanto, requer escolha de materiais como o jade, metal, dentes de animais, chifres, cerâmica, bambu e pedras. Um bom material deve ser liso, frio no começo, mas quente e flexível depois de preparado. A pedra Tianhuang, pedra Balin e "pedra de sangue de galinha" (Jixue shi) são alguns dos materiais de primeira linha, entre os mais utilizados para se produzir um selo.


Tipos de selos:

a) Selo Baiwen deixar uma impressão de um fundo vermelho, com uma imagem que se destaca. São também referidos como selos yin.
b) Selo Zhubaiwen o selo Xiangiinyan usa uma combinação de Zhuwen e Baiwen.
c) Selo Zhuwen, caracteres chineses que marca em tinta vermelha.


Música.

A música chinesa exerceu importante papel nas concepções filosóficas e lendárias da velha China e tem sua origem antes mesmo do surgimento de sua civilização. Documentos e artefatos nos fornecem evidências de uma cultura musical bem desenvolvida ainda na Dinastia Zhou (1122-256 a. C).
A Agência de Música Imperial, formada na Dinastia Qin (221-207 a. C), foi muito abrangente durante o regime do Imperador Han Wu Di (140-87 a. C), o qual ordenou supervisionar a música da corte e a música militar e determinou que a música folclórica fosse oficialmente reconhecida por todos. Em dinastias posteriores, a música chinesa foi muito influenciada por músicas de origem estrangeiras, especialmente as da Ásia Central.

Ao lado, série alusiva a música e instrumentos. China 1969.
Na China antiga, a música instrumental, era tocada com instrumentos de solo ou conjuntos pequenos de instrumentos de corda, flautas, diversos pratos, gongos, e tímpanos.
Os tubos de bambu estão entre os instrumentos musicais mais antigos da China, e os instrumentos estão tradicionalmente divididos em categorias baseadas no material utilizado em sua composição: Pele, abora, bambu, madeira, seda, barro, metal e pedra. A música escrita mais antiga é “Solidão da Orquídea”, composição atribuído à Confúcio.
Na China antiga a posição social dos músicos na sociedade era inferior que a dos pintores. O estudo da teoria da música não era suficiente. Contudo, quase todos os imperadores levaram as músicas de origem folclóricas seriamente.


Ópera de Pequim.

A Ópera é considerada com uma das mais antigas formas de arte dramática no mundo. Sua apresentação reúne elementos trágicos e cômicos, mesclados a canto, dança, narração poética e acrobacia. Discorre de uma dramatização de atos históricos e lendas populares. Outra forma de representação, é um diálogo com linguagem muito próxima da fala corrente e mímicas com gestos normais. Com humor; reflete e satiriza a sociedade, como resultado, instruindo e entretendo.

Ao lado, série alusiva ao Chou (palhaços). Funções em Jingju. (Ópera de Pequim). Emitida pela China em 2001. Scott: 3085/3090. Selos figurando: Qin Tang; Lihua Liu; Lishi Gao; Gan Jiang; Xiangwu Yang e Qian Shi.
O melhor exemplo oficial de apresentação é o modelo da Ópera Nacional da China. Produto da incorporação em uma só companhia de um conjunto de tradições da ópera chinesa que atuavam na cidade de Pequim. Também há variedades regionais.
Com origem na músicas folclóricas, na dança e na falar, estima-se que é especialmente distintivo na música e no dialético, combinando a arte, a música e a literatura em uma performance no palco, acompanhada de instrumentos musicais tradicionais como o Erhu, o gongo, e o alaúde, a qual os atores apresentam melodias únicas que pode soar estranho aos ouvidos estrangeiros e diálogos muito bem escritas com alto valor literários.

Ao lado, série alusiva as Funções Jing na Ópera de Pequim emitida pela China em 2008. Selos retratando: Zhang Fei; Cao Cao; Yang Yansi; Yanzhao X; Bao Zheng e Lian Po.
A ópera chinesa sempre foi um espetáculo muito popular tanto entre a população mais pobre como entre os nobres e os imperadores. Na elaboração dos argumentos e da música participaram escritores e aristocratas. O imperador Ming Fujam (712-755, conhecido como Hsuan Tsung) da Dinastia Tang e o imperador Chuang Tsung (923-925) do período final desta mesma dinastia são considerados pais honorários da Ópera de Pequim em decorrência do seu grande apoio a esta arte. Mas o que lhes faz merecedores credores deste título são, acima de tudo, seus profundos conhecimentos das técnicas musicais. O imperador Hsuan Tsung fundou a Academia do Jardim das Pêras, uma companhia de música e dança estabelecida na corte. Com o tempo, denominou a ópera como o ofício do jardim das pereiras e a seus atores como os estudantes do jardim das Pêras.


Série alusiva aos papéis femininos na Ópera de Pequim.
Scott 1864/1871.

Selos figurando: Yujiao dom; Miaochang Chen; Suzhen Bai; Mei Shisan; Xianglian Qin; Guifei Yang; Yinyin Cui e Guiying Mu.


Dança.

A dança chinesa possui as suas origens antes do aparecimento dos primeiros caracteres escritos. Potes de cerâmica têm sido encontrados no sítio de escavação de Sun Chia Chai no município de Tatung, na província chinesa ocidental de Chinghai, que apresentam figuras dançantes coloridas. Um estudo destes artefactos arqueológicos revela que o povo da cultura neolítica Yang-shao, por volta do quarto milênio a. C., já coreografava danças em grupo nas quais os participantes fechavam os braços e batiam os pés enquanto cantavam com acompanhamento instrumental.
Relatos comprovam que a dança chinesa era dividida em dois grupos distintos; civis e militares. Durante os períodos Shang e Chou do primeiro milênio a. C. Na dança civil, os dançarinos seguravam bandeiras de penas em suas mãos simbolizando a distribuição dos resultados da caça ou da pesca do dia. Tal fato, foi incorporado e desenvolveu-se gradativamente na dança usada nos rituais periódicos de sacrifícios pelos imperadores ou em rituais religiosos realizados fora da cidade. No grupo militar, por outro lado, os dançarinos carregavam armas em suas mãos, movendo-se para frente e para trás em um movimento grupal coordenado. Isso mais tarde transformou-se em movimentos usados nos exercícios militares. Tais movimentos coreografados expressavam a veneração dos espíritos do céu e da terra, representavam os aspectos da vida cotidiana, e os sentimentos compartilhados de alegria e prazer. A dança trazia prazer tanto para os artistas como para o público.
Posterior a criação do Bureau de Música na dinastia Han (206 a. C. - 220 d. C.), foi empreendido um grande esforço com o objetivo de colecionar canções e danças folclóricas. Durante o ano 300 d. C., a China setentrional foi subjugada pelos povos Hsiungnu, Sienpi, e Chang do Oeste. Assim, os estilos de danças folclóricas dos vários povos da Ásia Central foram introduzidas na China e mescladas com as danças originais do povo Han. Este padrão, continuou na dinastia T'ang (618-907 d. C.). Em consequência da situação política mais estável durante a dinastia T'ang, a dança na China entrou em um estagio de grande brilho sem precedentes. Foi criado a Academia Imperial e o templo T'ai-ch'ang pela corte imperial da dinastia T'ang, reunindo os melhores talentos da dança de todo o país com objetivo de apresentar a magnífica, imponente e incomparável dança “A Música dos Dez Movimentos”. Dança esta, que tinha como método, incorporar estilos da Coreia, Sinkiang, índia, Ásia Central e de própria China em uma magnífica dança. Sua apresentação mostrava uma complexa técnica envolvendo movimentos corporal e utilizava roupas de palco e gala. Coloridos adereços para iniciar os apurados movimentos da dança. Poesias, canções, enredo dramático e música de fundo, foram também mesclados para produzir uma abrangente produção rica em conteúdo e muito brilho. Esta foi a antecessora da atual ópera chinesa.
Individualmente, cada grupo habitantes ou aborígenes chineses possuem seus próprios estilos de dança folclóricas. Os de origens Miao, (conhecidos como Hmong) habitantes do sudoeste da China, desenvolveram por exemplo, um estilo vivo de canto antífono e dança competitiva. Já os aborígenes de Taiwan, influenciados por sua vida na ilha e pelo ambiente, criaram danças de linhas de mãos dadas como parte do ritual da colheita. As danças folclóricas refletem diretamente os modelos de vida e os costumes de um povo e, além de seu valor artístico como danças, elas são uma parte preciosa da herança cultural da China.
Em Taiwan, o desenvolvimento da dança tem adoçado uma postura dinâmica e com vários aspectos. As pessoas que entram nas escolas de dança, principalmente os mais Jovens, normalmente no início estudam balé e dança moderna. Depois de observarem a sintaxe da tradicional dança chinesa, com mente aberta e espírito de experimentação, partem em busca de novas formas de estilos de expressão corporal. Desde a década de 1970, as duas composições singulares e originais têm proporcionando uma renascença na dança chinesa.
A Companhia de Dança Portão da Nuvem de Lin Hwai-min começou construindo uma fundação da escola de dança moderna na Martha Graham. Depois, progressivamente, passou a absorver os elementos de apresentação da tradicional ópera chinesa. Ao longo de sua existência, a companhia é considerada como sendo um grupo de dança moderna mais ativo e dinâmico em Taiwan. Vista internacionalmente como o mais representativo grupo chinês de dança moderna, a companhia já se apresentou em várias ocasiões no exterior.
A Companhia de Dança Neoclássica de Liu Feng-hsueh também possui na dança moderna o seu ponto de partida. Conduzindo pesquisa sobre a dança tradicional étnica e sacrificial e a dança folclórica aborígene de Taiwan. Um alto nível de pensamento lógico é refletido em suas danças, juntamente com a ênfase sobre o aspecto humano. A academia foi a primeira a adotar o sistema de estudar, importar e utilizar as pontuações de dança
A companhia de dança da Sociedade de Dança Hsu Hui-mei tem como objetivo colecionar e sistematizar danças folclóricas tradicionais. As danças novas que ela criou não só possui aspectos externas de dança clássica, mas adota o desejo do chinês moderno de grandeza passada.
Além dos aspectos das academias, em Taiwan, várias universidades e faculdades possuem atualmente departamentos de dança com um corpo docente capazes de cultivar ordenadamente novos talento de dança profissional. Sociedades de dança privadas trabalham altivamente incentivando as crianças e os jovens a estudar a dança. Todos os anos, o Conselho para Planejamento Cultural e Desenvolvimento do Yuan Executivo da República da China, traça e realiza uma grande exibição de dança, convidando artistas de todos os tipos de estilo para criar e coreografar novas composições; e também organizam apresentações para incentivar o interesse popular em novos desenvolvimentos na dança.



Série alusiva ao revolucionário moderno Ballet.
A menina de cabelos brancos.
Scott 1126-1129.


Selos retratando: A filha de camponeses pobresYang Bailao; Xi Er; Um soldado do Exército Oito Rota; Esperando o sol nasce no leste e Derramando a indignação.



Série emitida em 2010 alusiva ao Ballet chinês.
Destacamento Vermelho de Mulheres.

Selos retratando: Crença e Felicidade.


Amplos programas de dança, dramas de dança e canções, normalmente são organizados no recêm inaugurado Teatro Nacional em Taipei como parte principal da programação do teatro. Como parte de um contínuo intercâmbio nas artes, as melhores companhias de dança e os melhores dançarinos à nível internacional são convidados para irem à Taiwan e se apresentarem. Com os incensáveis esforços e contribuições dos dançarinos de hoje na República da China em Taiwan, a dança almeja um futuro próspero bem variado.




China. Séries alusivas a Danças Folclóricas (1ª série).
Scott: S49, 629/634.


Selo figurando: Dança Folclórica de Han; Dança Folclórica da Mongólia; Dança Folclórica de Chuang; Dança Folclórica do Tibete; Dança Folclórica de Yi e Dança Folclórica de Uygur.



Segunda série. Scott: S 53 696/701.


Selo figurando: Dança Folclórica de pessoas buyi; Dança Folclórica de Kazak; Dança Folclórica de Oroqen; Dança Folclórica de Gaoshan; Dança Folclórica de Miao e Dança Folclórica da Coreia.



Terceira série. Scott: S55, Scott 702/707.


Selo figurando: Dança Folclórica de She; Dança Folclórica de Bai; Dança Folclórica de Yao; Dança Folclórica de Li; Dança Folclórica da Va e Dança Folclórica de Dai.


A dança chinesa do leão.

Dança do leão chinês: 舞獅; pinyin: wushi é um de dança tradicional na cultura chinesa, na qual os participantes imitam os movimentos de um leão e usam usando uma fantasia do animal.


 Ao lado, selo regular alusivo a Dança do leão edição conjunta da China e da Indonésia emitido em 2007.
Muito popular na China, a dança do leão possui uma história que remonta a mais de mil anos. Há vários estilos, mas a mais popular são a nortista e a sulista. Muito acrobática, a dança nortista se originou nas regiões setentrionais da China, onde era usada para o entretenimento da corte imperial. O leão nortista é geralmente de cor vermelha, laranja e amarela (às vezes com pelagem verde para a leoa), de aparência desgrenhada, têm uma cabeça dourada. A sulista é de natureza mais simbólica. Geralmente é realizada como uma cerimônia para exorcizar espíritos maléficos e para invocar sorte e felicidade. O leão sulista exibe uma vasta variedade de cores e tem uma cabeça peculiar com grandes olhos, um espelho na testa e um chifre único no centro da cabeça.
A fantasia pode ser manejado por um único dançarino, que salta e movimenta energicamente a cabeça, as mandíbulas e olhos da fantasia, ou por um par de dançarinos, que constituem as pernas dianteiras e traseiras do animal.
O uso do par de dançarinos é visto em exibições de acrobatas chineses, com os dois dançarinos agindo em conjunto para movimentar o animal entre plataformas de várias alturas. A dança é tradicionalmente acompanhada por gongos, tambores e fogos-de-artifícios, representando uma chuva de boa sorte.
Em diversas culturas asiáticas, o leão é tradicionalmente considerado como uma criatura guardiã e na tradição budista representa a montaria de Manjusri. Além da China, a dança do leão também é realizada no Japão, Vietnã, Coreia, Taiwan e Tailândia. Contudo, cada país possui estilo e propósitos próprios.


Nortista.

Ao norte, os leões geralmente aparecem em pares e normalmente possuem pêlo longo e desgrenhado de cor laranja e amarela, com um arco vermelho ou verde na cabeça para indicar se se trata de um macho ou uma fêmea. Durante uma apresentação, os leões nortistas se parecem com um cão pequinês ou Cão Fu, e seus movimentos são muito realistas. Acrobacias são muito comuns, com proezas como se equilibrar ou se balançar sobre uma bola gigante. Leões nortistas às vezes aparecem como uma família, com dois grandes leões "adultos" e um par de filhotes. Ninghai, em Ningbo, é chamado de "Lar da Dança do Leão" para a variedade nortista.


Sulista.

Guangdong é a moradia da variedade sulista. Acredita-se que os leões chifrudos sulistas sejam Nians.


Tipos de leões:

a) Leão dourado (representa o vigor);
b) Leão vermelho (representa a coragem);
c) Leão verde ( representa a amizade).


Subdivisão do estilo sulista:

a) Fut San (Montanha do Buda);
b) Hok San (Montanha do Grou);
c) Fut-Hok (estilo menor que é quase um híbrido de Fut San e Hock San);
d) Chow Gar (estilo menor praticado pelos participantes do estilo de Kung Fu da família Chow);
e) Qing Shi. Leão Verde-popular entre os Funjianos/hokkianos e Taiwanwsws.


Fut San é o estilo que muitas escolas de Kung Fu adoptam. Ele requer movimentos poderosos e resistência quando em espera. O leão se torna a representação da escola de Kung Fu e somente os estudantes mais avançados podem realizá-lo.
O estilo Hok San, muito conhecido como um estilo contemporâneo, combina uma cabeça de leão sulista com os movimentos do leão nortista, e tenta reproduzir um aspecto e movimentos mais realistas, bem como performances acrobáticas. Sua cauda curta é também favorita entre as trupe que fazem o salto da baliza.
Quando leão que dança chega em um vila ou em uma jurisdição, imagina-se que ele preste reverência ao templo budista local, em seguida aos ancestrais e finalmente atravesse as ruas para trazer felicidade ao povo.
Outros três tipos também famosos, representam personagens históricos na China, registrados no clássico Romance dos Três Reinos.


a) O leão Liu Bei tem uma cara amarela, cauda multicolorida e pelagem branca. Ele é descrito como um sábio, usado pelos mestres das escolas de Kung Fu.
b) O leão Guan Gong tem uma cara e cauda vermelhas, e pelagem negra. Ele é descrito como o mais nobre dos leões, usado mais comumente em cerimônias.
c) O leão Zhang Fei tem cara, cauda e pelagem negras. Ele é descrito como o leão mais agressivo, usado por jovens mestres que desejam provar o próprio valor.
d) O Choy Chang.


Durante a comemoração do Ano novo chinês, dançarinos do leão de escolas de arte marciais possuem o habito de irem as lojas com o objetivo de fazer o "choy chang", literalmente "colhendo verduras"). O comerciante amarra um envelope de cor vermelha com dinheiro num alface e o pendura em frente a porta da frente de seu estabelecimento. O leão aborda então a alface como um gato curioso, "engole" a alface e cospe fora as folhas, mas não o dinheiro. Acredita-se que a dança do leão traga boa sorte e fortuna para o negócio, e os dançarinos recebem o dinheiro como recompensa (além deste aspecto lúdico, o "choy chang" é tido como um pedido de proteção formal; ao aceitar o presente, a escola de Kung Fu cujos alunos realizam a dança, comprometem-se a vir em socorro do comerciante caso seu estabelecimento seja assaltado). Assim, a tradição tornou-se uma transação mútua.
Outros tipos de "verduras" também podem ser utilizadas para desafiar a trupe, por exemplo, potes de abacaxis, bananas, laranjas e pedaços de cana-de-açúcar são normalmente utilizados com o objetivo de criar uma pseudo-barreiras. A dança é também realizada em outras ocasiões importantes incluindo festivais chineses, cerimônias de inauguração de negócios e casamentos tradicionais.
Na atualidade, os negócios não exigem muito dos dançarinos, e este é um dinheiro que se torna fácil para as escolas de artes marciais. Contudo, em épocas anteriores, a alface era erguida a uma altura de 4,5 e 6 metros e somente artistas bem preparados tinham condições de alcançar o dinheiro enquanto dançavam com uma pesada cabeça de leão. Estes eventos tornaram-se um desafio público. Uma grande quantia de dinheiro era oferecida, e a platéia esperava um bom espetáculo. Algumas vezes, leões de várias escolas de artes marciais abordavam a alface ao mesmo tempo, imaginava-se que os leões deveriam lutar para decidir quem seria o vencedor.
Em vez dos estilos caóticos de luta de rua, os leões tinham de lutar com apurados movimentos de leão. O público que assistia julgava a qualidade das escolas de artes marciais de acordo com o que os leões haviam lutado. Dado que a reputação das escolas estava em jogo, as lutas eram geralmente ferozes, mas civilizadas. O leão vencedor usava métodos criativos e habilidades de artes marciais para alcançar a recompensa pendente nas alturas. Alguns leões podiam dançar sobre pernas de pau e alguns podiam formar pirâmides humanas compostas por seus colegas de escola. Os dançarinos e as escolas ganhavam elogios e respeito, em acréscimo à grande recompensa financeira, quando eram bem sucedidos.


Dança fora-da-lei.

Entre as décadas de 1950 e 1960, na cidade de Hong Kong, as pessoas que aliavam às trupes de dança do leão eram consideradas como bandidos e haviam muitas brigas entre as trupes de dançarinos e escolas de Kung Fu. Devido a isto, os pais tinham medo que seus filhos fizessem parte das trupes de dança do leão por causa da associação "criminosa" de seus membros. Durante os festivais e performances, no momento em que as trupes de dança do leão se encontravam, haviam muitas brigas entre os grupos. Alguns truques acrobáticos eram normalmente usados para que o leão "lutasse" e nocauteasse os leões rivais. Os participantes, muitas vezes escondiam adagas em suas roupas e sapatos, as quais eram utilizados para ferir as pernas de outros dançarinos, outros, colocavam um chifre de metal na testa do leão, com o objetivo de golpear a cabeça de outros leões.
O fato alcançou um alto grau de violência que o governo de Hong Kong teve que proibir a dança do leão. Hoje, não só na China, mas com também em outros países, as trupes devem obter uma autorização das autoridades para poder realizar a dança. E mesmo que ainda possa haver um determinado grau de competitividade, as trupes tornaram-se bem menos violentas e agressivas. Hoje, a dança do leão é uma atividade mais voltada para os aspectos esportivos e recreativos do que uma representação de modo de vida.


A dança chinesa do dragão.

Do chinês simplificado: (舞), do Chinês Tradicional: (舞龍. Pinyin: wu long). É uma forma de dança e de espetáculo tradicionais na cultura chinesa. Como a dança do leão, podemos vê-la mais frequentemente em celebrações festivas. Os chineses normalmente utilizam o termo "Descendentes do Dragão” (龍的傳人 ou 龙的传人, lóng de chuán rén) como um sinal de identidade étnica.


Ao Lado, selo regular alusivo a Dança do Dragão edição conjunta da China com a Indonésia emitida em 2007.
Como já relatado, o dragão é um animal lendário e símbolo auspicioso e nobre na China. Também é o animal que segundo a lenda, possui o poder de chamar a chuva. Em períodos de seca, os habitantes pedem chuvas em frente a templos, usando a figura de um dragão. Este hábito, é uns dos mais antigos no pais. Acredita-se que os dragões trazem boa sorte para as pessoas, que é refletida em suas qualidades que incluem o poder, a dignidade, a fertilidade, a sabedoria e o bom augúrio. A aparência de um dragão é muito assustadora e audaciosa. Porém, possui uma disposição benevolente, e se transformou em um emblema representativo para a autoridade imperial.
Sua forma física é uma combinação de vários animais, incluindo os chifres de veado, orelhas de touro, olhos de coelho, garras de tigre e escamas de peixes, tudo no corpo de uma longa serpente. Com todos estes traços, pensava-se que os dragões eram anfíbios com a habilidade de se mover na terra, para voar e a nadar no mar, reger os papéis de reguladores da nuvem, chuva e clima.
A dança é executada por uma hábil equipe cujo trabalho é dar vida ao dragão. O próprio dragão é uma longa serpente com um corpo formado de varas, montados juntos uma série de arcos em cada parte e unindo a parte ornamental da cabeça e da cauda nas extremidades. Tradicionalmente, os dragões eram construídos de madeira com os arcos de bambu em seu interior e cobertos com uma tela decorada. Porém, na atualidade, materiais como o alumínio e o plástico passaram a substituir a madeira e o material pesado.
Sua dança, passou a ser registrada durante a dinastia Han (206-220), até o final da dinastia Song (960-1279) e se tornou popular em todo o país. Tradicionalmente, ela surgia em comemorações por boas colheitas ou pelo clima favorável ao plantio, que mostravam a prosperidade. Algum tempo depois, a dança do dragão passou a aparecer em outras comemorações. Nos dias atuais, a dança aparece em variados festejos como em inauguração de uma empresa ou eventos público.
Normalmente, na dança o dragão possui cerca de três metros, dividido em três partes: cabeça, tronco e calda. Há um outro, utilizado em festejo noturnos. Este é denominado de dragão de lanternas devido possuir velas em seu interior.
Normalmente, antes do início da dança, é feito uma cerimônia para pintar os olhos do dragão. Esta cerimônia possui grande importância pois a alma do dragão depende dos olhos. As pessoas só o considera vivo após esta cerimônia.
Na dança, existe uma importante bola a sua frente com a função de conduzir a dança. A mesmo é chamada de “a bola do dragão”.
O comandante do grupo é a pessoa que conduz a bola. Durante o festejo, o dragão segue a bola mostrando que é ele que está jogando a bola. Por este motivo, as atividades do dragão dependem totalmente da bola.
Em uma dança do dragão pode haver mais de dez tipos diferentes de danças, como exemplo:


a) o dragão sai da caverna;
b) o dragão pega a bola;
c) o dragão sobe o pilar etc.


A pessoa que carrega a bola normalmente leva um apito com o objetivo de assinalar para o grupo a mudança da dança.
Além de ser o comandante do grupo, a pessoa também possui outras importantes responsabilidades:


a) Guiar o dragão para entrar no espetáculo para se apresentar;
b) Para conduzir corretamente a dança, deve conhecer bem o espaço do espetáculo;
c) Tem a função de utilizar a bola para guiar o dragão e cumprimentar o público antes da dança, e agradecer depois da dança;
d) Devido as danças serem guiadas por ele, sua técnica decide a qualidade da dança;
e) Ele guia o dragão para sair bonito do espetáculo. Mas a sua retirada do festejo não é muito simples devido ao fato de tirar com o público, sem poder ficar parado;
f) Durante a dança, a bola deve ficar sempre cerca de um metro em frente do dragão, movimentando e girando o tempo todo sem parar.


Dançar com a cabeça do dragão é o trabalho considerado mais pesado. Por este motivo, a pessoa que a carrega deve ser alta e forte. Durante a dança, o dragão fica seguindo a bola, mantendo uma distância de cerca de um metro; ele se vira e pula, os olhos dele se concentram na bola, parece que vai engoli-la. Para interpretar bem a vitalidade do dragão, esta pessoa tem que correr e saltar muito.
Além de cooperar com a bola, a cabeça também dirige o corpo para fazer movimentos bonitos. Um fato importante é que a cabeça do dragão tem de ficar se movimentando durante a dança, com o objetivo de dar a impressão que ele está vendo tudo ao seu redor e mostrar um estilo poderoso.
A forma de dançar com a cabeça na mão é alterada conforme o peso da cabeça. Dragões menores normalmente conseguem se virar flexivelmente melhor em todas as direções; os médio se movem principalmente para a direita, para a esquerda, para cima e para baixo. Já os maiores, por possuírem a cabeça com peso com mais de 15 quilos, necessita de um esforço maior para exercer os movimentos para frente e para trás. Por este motivo, se faz necessário haver pessoas substitutas para a posição. A substituição são efetuadas durante a pausa ou no momento em que a cabeça é eleva no ar.
As pessoas que dançam com o corpo do dragão, devem sempre manterem uma determinada distância umas das outras, e seguir corretamente a pessoa que está a frente.
No momento em que o dragão é erguido para o alto, as pessoas também devem erguerem o corpo o mais alto que for possível. Se necessário for, podem pular. Contudo, quando o dragão desce, todos deveram manter o cuidado para não deixarem o corpo do dragão encostar no chão.
O treinamento do grupo é muito importante para que possa manter a harmonia nos movimentos pois a alma e a força do dragão são mostradas nos movimentos do corpo e nas alterações de altura. Para que se possa mostrar a vitalidade do dragão, outro dado altamente importante consiste em manter o corpo do dragão sempre remexendo durante a dança.
Por serem mais pesadas que o corpo, a cauda do dragão também deve ser conduzida por pessoas altas e fortes. Além disso, a dança parece viva quando a calda é movimentada com mais facilidade. Se o movimento da calda não for fluentemente móvel, a dança ficara pesada e sem atrativo para quem a estiver assistindo.
Para se dançar com a cauda com flexibilidade, também é necessário possuir boas técnicas e bastante treinamento. Durante a dança, a cauda deve ficar sempre em movimento e não pode encostar no chão. A cauda define o âmbito dos movimentos do dragão.
Em uma dança do dragão, geralmente existe um par de bandeiras, utilizadas para iniciar a dança e abordar o dragão no espetáculo. Também pode-se iniciar o festejo com a dança das bandeiras, ou fazer um círculo com mais bandeiras se movendo ao redor do cenário durante a dança dando a impressão que o dragão está voando entre as nuvens.
Tradicionalmente as bandeiras podem alcançar três metros. Assim, também em relação a elas, as pessoas que as conduzem deve ser fortes. Contudo, hoje, necessariamente já não são tão grandes.
O final da dança deve ser ágil e limpo. Parar com os movimentos antes de sair da apresentação da dança é algo que não pode ocorrer.
Antes do final, a dança deve alcançar um clímax e o ritmo da música deve ser muito rápido, e para repentinamente. A retirada do dragão também deve ser muito rápido, mantendo movimentos fortes. É infundado parar o dragão em cena. Mas, se por algum motivo houver pausa durante a dança, as pessoas têm de ter muito cuidado para o manter em uma bonita forma.
A dança parece fácil e flexível, mas na realidade ela possui um movimento pesado. Se faz necessário mito treinamento e harmonia para que a dança tenha um aspecto vivo e bonito.
Os três pontos mais importantes da dança consiste na bola, na cabeça e na cauda do dragão. A qualidade da dança é definida pela coordenação destes três elementos. O dragão parecerá quebrando sem a coordenação.


Cinema.

Introdução.

Desde a estréia de Dingjun Mountain em 1905, o desenvolvimento de filmes chineses, passou por dezenas de anos de dificuldades e privações, mas muitos clássicos deste período ainda brilham com com o mesmo esplendor.
No século XX, em suas variadas perspectivas, os filmes chineses registraram as vicissitudes e as mudanças da história moderna da China. Gerações de chinês cresceram assistindo estes filmes, os quais influenciaram e afetaram suas vidas.
Propagando de forma única a cultura chinesa ao redor do mundo, os filmes chineses estão se movendo em direção ao pico da arte com seu charme e qualidade artística apurada. E, para o orgulho do povo chinês, o ano de 2005 marcou os 100 anos do cinema chinês, e um novo marco no seu desenvolvimento.


Folha alusiva aos 100 anos do Cinema Chinês
emitida em 25 /08/ 2005.


Seguimentos.

O cinema chinês possui três distintos seguimentos histórico:

a) O cinema de Hong Kong;
b) O cinema de Taiwan;
c) O cinema da China continental.

Após o ano de 1949 e até hoje, o cinema da China continental mantido sob as restrições impostas pelo Partido Comunista da China mantem os filmes com conotações sob censura ou proibidos. Contudo, em sua maioria, são liberados para serem mostrados no exterior, distribuídos comercialmente nos cinemas mundiais ou em festivais de cinema.
Hoje, em sua maioria, os filmes produzidos pela China Continental utilizam o mandarim padrão como linguagem. Alguns são apelidados em cantonês quando são exportados para Hong Kong com objetivo de funcionamentos teatrais.


A primeira idade de ouro. Xangai entre os anos de 1896 e 1945.

Em 11 de Agosto de 1896 em Xangai, ocorreu a primeira filmagem a qual teve como tema a Ópera de Pequim, e em Novembro de 1905 foi filmado A Batalha de Dingjunshan. Na década seguinte, as empresas de produção cinematográficas foram, em grande maioria de origem estrangeiras. Centrado em torno de Xangai, surgiu um próspero centro cinematográfico e a maior cidade do Extremo Oriente.
Na década de 1920 em Xangai, técnicos da industria cinematográfica norte-americana passaram a treinar os chineses, e a sua influencia continuou nas duas décadas seguinte. Neste período algumas das empresas de produções mais importante entraram em cena, entre elas: Mingxing Film Company (“Bright Star" Pictures) e os Irmãos Shaw, Tianyi Film Company. Fundada por Zheng Zhenggiu e Shichuan Zhang, Mingxing inicialmente focava na produção de quadrinhos, incluindo os sobreviventes chineses filmes mais antigos, do amor Operário em 1922. Este fato, logo foi mudado para o cinema com temas de dramas familiares, incluindo entre eles; Órfãos Rescues Avô em 1923. Enquanto isso, Tianyi mudou seu modelo para dramas, folclore e também levou ao mercados estrangeiros, o filme White Snake em 1926, revelando-se um exemplo típico de seu sucesso na comunidades do Sudeste Asiático.


Movimento de esquerda.

Contudo, os primeiros e importantes filmes chineses foram produzidos a partir da década de 1930 com o advento dos “progressistas” ou “movimento de esquerda”. Os filmes progressistas foram observados em sua ênfase na luta de classes e as ameaças externas (agressão japonesa, por exemplo), bem como sobre o seu foco nas pessoas comuns, como uma família de fazendeiros em Primavera Bichos de seda em 1933 e uma prostituta em A Deusa 1934. Em parte devido ao sucesso este modelo de filmes é muitas vezes referido como o "primeiro ouro" período do cinema chinês.
O movimento cinematográfico de esquerda, muitas vezes, girava em torno das influências ocidentais em Shanghai, onde cineastas retratavam as lutas de classe baixa em uma cidade superpovoada.
Três empresas de produções cinematográficas dominaram o mercado no início e meados da década de 1930: a recém-formada Lianhua ("United China"), e as já existente Mingxing e Tianyi. Tanto Mingxing e Lianhua inclinou-se à esquerda, enquanto Tianyi continuou a produzir filmes com menores tarifas mas socialmente consciente.
O período também foi marcado pelo surgimento de grandes estrelas do cinema chinês, entre eles: Zhang Zhiyun, Hu Die, Ruan Lingyu, Zhou Xuan, Zhao Dan e Jin Yan.
Entre os mais importantes filmes do período podemos destacar: Nova Mulher de 1934, Canção do Pescador de 1934, Crossroads de 1937 e Street Angel de 1937.
Ao longo da década de 1930, os nacionalistas e os comunistas, lutavam pelo poder e o controle sobre os grandes estúdios e a sua influência pode ser visivelmente notada nos filmes produzidos durante este período.


A ilha solitária.

A ocupação da China pelos japoneses, em particular a cidade de Xangai, encerrou esta corrida de ouro do cinema chinês. Todas as empresas de produção cinematográficas, exceto Xinhua Film Company ("Nova China"), foram fechadas, e muitos dos cineastas fugiram de Xangai e mudaram-se para a cidade de Hong Kong ou, entre outras, para a nacionalista capital guerra Chongqing. Contudo, a indústria de cinema de Xangai, apesar de drasticamente reduzida, não parou totalmente, conduzindo assim à tão chamada "Ilha Solitária”, período (também conhecido como o" único Island "," Isolated Island ", ou" Órfãos Island "). Com Xangai passando a ser concessões estrangeiras serviu como uma "ilha" de produção no "mar" do território ocupado japonês. Foi durante este período que os artistas e diretores (que permaneceram na cidade) tiveram que caminhar uma linha ténue entre permanecer fiel às suas pressões esquerdistas e nacionalistas ou as crenças japonês.
Direção de Bu Wancang's em Mulan Joins the Army de 1939, contando a história de um jovem chinês camponês lutando contra uma invasão estrangeira, foi particularmente um bom exemplo de Xangai continuar com suas produção cinematográfica em meio a guerra. Contudo, após a guerra declarada com os aliados ocidentais em 07 de dezembro de 1941, o fato culminou em uma grande medida, a ilha solitária foi engolida pelo resto da ocupação japonesa e a indústria cinematográfica de Xangai passou totalmente para o controle japonês. Filmes como Eternidade de 1943 da Ásia Oriental, grande esfera de co-prosperidade-promoções, foram produzidos.
No final da Segunda Guerra, um dos controversos japonês autorizou a empresa mais, Manchukuo Cinema associação, foi dividida e integre ao cinema chinês.


Década de 1940. Segunda idade de ouro.

Após a guerra em 1945, a indústria cinematográfica continuou a desenvolver-se. As produções em Xangai, são retomadas e uma nova safra de estúdios tomou o lugar que Lianhua e Mingxing ocupava na década anterior. Em 1946, Cai Chusheng volta à Xangai para reviver o nome Lianhua como "Lianhua Film Society”. Este, por sua vez se tornou Kunlun Studios o qual viria algum tempo depois se tornar um dos mais importantes estúdios da época, colocando de fora os clássicos estúdios.


FDC não circulado com carimbo de lançamento
com data de 21/09/1990 alusivo ao Cinema Chinês.
Scott: T154.

Myriad das luzes em 1948, A nascente do Rio Flui para o leste em 1947 e Corvos e Pardais em 1949, entre outros filmes, mostravam a desilusão com o regime opressivo de Chiang Kai-shek do Partido Nacionalista. A Spring River Flows Leste, com um período de três horas de duração, dirigido por Cai Chusheng e Junli Zheng, teve um forte sucesso particular. As descrição das lutas dos chineses comuns durante a guerra sino-japonesa, repleta de comentários de cunho social e político golpeou com uma corda o público da época.
Enquanto isso, empresas como a Companhia de Cinema Wenhua ("Cultura Cinema"), afastou-se da tradição de esquerda e passou a explorar a evolução e o desenvolvimento de outros gêneros dramáticos.
O drama romântico “A primavera em uma pequena cidade” produzido em 1948, filme do mesmo diretor de Fei Mu, produzido pouco antes da revolução, é considerado pelos críticos de cinema chinês como um dos mais importantes filmes do cinema chinês, sendo nomeado pelo estúdio de Hong Kong Film Awards em 2004 como o maior filme de língua chinesa já feitos. Ironicamente, foi precisamente a sua qualidade artística e aparente falta de "política de terra" que levaram à sua rotulagem pelo comunistas como direitista ou reacionário, e o filme foi rapidamente esquecido após a vitória comunista na China em 1949. Contudo, após a revolução cultural, uma nova impressão foi feito a partir do negativo original, permitindo Primavera em um pequena cidade encontrar um novo público e admirar e influenciar uma nova geração de cineastas.


Período comunista. De 1950 à 1960.

A partir do golpe comunista em 1949, o governo passou a olhar o cinema como uma importante forma de arte e uma excelente ferramenta em massa para propagandas política. A partir de 1951, os filmes chineses e as produções de Hollywood e Hong Kong foram banidos pelo Partido Comunista da China, e com o objetivo de manter o controle sobre a mídia de massa, passou a produzir filmes ao invés de centralização em torno de camponeses, soldados e trabalhadores, como ponte em 1949 e The White Haired Girl em 1950. Uma das bases de produção em meio a toda esta transição foi o Changchun Film Studio.


FDC não circulado com carimbo de lançamento datado em 18/10/1995
alusivo ao Centenário do cinema Chinês.
selos figurando: Cinema em preto e branco e a cores.
Scott: 2620.

O número de espectadores aumentou acentuadamente, passando de 47 milhões em 1949 para 415 milhões em 1959, chegando ao seu ponto mais alto, 4,17 bilhões entradas no mesmo ano. Nos 17 anos entre a fundação da Republica Popular da China e a Revolução Cultural, cerca de 603 filmes e 8.342 rolos de documentários e cinejornais foram produzidos, patrocinados principalmente pela propaganda comunista do governo. Cineastas chineses foram enviados para a cidade de Moscou para estudar o cinema Soviético. Em 1956 foi aberta a Beijing Film Academy, Os primeiros filmes chineses wide-screen foram produzido em 1960. Filmes de animação passaram a ser produzidos utilizando uma variedade de arte populares, como a execução de sombras, marionetes e pintura tradicionais. Este modelo eram muito utilizados pelas famílias para entreter e educar seus filhos. O mais famoso deles, o clássico Havoc in Heaven, concluído em duas parte, em 1961 e 1964, feito por Wan Laiming dos Irmãos Wan, chegou a ganhar o prêmio de melhor filme no Festival Internacional de Cinema em Londres.
Com o fim da censura ocorrido entre o final do ano de 1956 e início de 1960, os filmes chineses passaram a ser produzidos sem a dependência do gênero soviético. O cineasta mais importante da época foi Xie Jin, cujos dois filmes em particular, O Destacamento Vermelho de Mulheres em 1961 e Duas Irmãs Stage em 1964, são exemplos do modelo cinematográfico desta época.


A Revolução Cultural e os seus desdobramentos. Período de 1960 à 1980.

Durante a Revolução Cultural, a industria cinematográfica foi muito restringida. Quase todos os filmes produzidos anteriormente foram proibidos, e apenas uns poucos foram produzidos. Nos primeiros anos de 1967/1972 a produção passou por um período quase que de total paralisação. Mas em 1972, a produção reviveu sob a jurisdição do Gang of Four até o ano de 1976, quando foram novamente restringidas. As poucas produções durante este período, como Rompendo com a antiga Ideias de 1975, foram regulamentado em termos de enredo e de caracterização.
Nos anos seguintes à Revolução Cultural, a indústria cinematográfica tomou novamente folego. Como meio de entretenimento popular, filmes produzidos internamente passaram a ter grandes audiências, e os bilhetes para estrangeiros nos festivais de cinema passaram a serem vendidos rapidamente. A indústria tentou reanimar as multidões, tornando mais inovadores e "exploratória", filmes como os seus homólogos no Ocidente.
Na década de 1980 a indústria cinematográfica tornou a passar por novos períodos difíceis, diante dos problemas da dupla concorrência de outras formas de entretenimento e preocupação por parte das autoridades de que muitas dos filmes populares como os sobre as artes marciais chinesas eram socialmente inaceitável, portanto impróprios para a população. Assim em janeiro de 1986, a indústria cinematográfica foi transferida do Ministério da Cultura para o recente criado Ministério do Rádio, Cinema e Televisão, com o objetivo de tê-los sob "controle mais rigorosos e de gestão" e "reforçar a fiscalização sobre as produções."
O período trouxe o lançamento de temas dramáticos descrevendo os traumas emocionais deixados pela Revolução Cultural. Filmes como Chuvas da Noite produzido por Wu Yonggang, Yigong Wu de 1980 e Legend of Tianyun Mountain produzido por Xie Jin em 1980, ganharam o primeiro premio Ouro de galo em 1981. O filme mais conhecido é sem dúvida Xie Jin Hibiscus Town de 1986, mesmo que se possa ser visto como fim dos anos 1990 com Tian Zhuangzhuang 's The Kite Blue em 1993.


A quinta geração. Período de 1980 à 1990.

A partir de meados dos anos 1980 ocorreu a ascensão da Quinta Geração de cineastas os quais trouxeram maior popularidade para o cinema chinês no exterior. A maioria dos cineastas, que constituem a quinta geração se formaram na Academia de Cinema de Pequim, em 1982, e incluiu cineastras como Zhang Yimou, Tian Zhuangzhuang, Chen Kaige, Zhang Junzhao entre outros. Esses formandos de grande destaques na industria cinematográfica, constituíram o primeiro grupo de cineastas de pós-graduação desde a Revolução Cultural e logo descartaram os métodos tradicionais de contar histórias e optaram por uma abordagem livre e mais heterodoxo. Após a chamada literatura cicatriz a ficção havia aberto os caminhos para a franca discussão, Zhang Junzhao de um e oito em 1983 e Chen Kaige Amarelo Terra em 1984, em geral foram levados para marcar o início da quinta geração, e a geração mais famosa era composta pelos diretores Kaige Chen e Zhang Yimou, os quais produziram obras célebres como O Rei das Crianças em 1987, Ju Dou em 1989, Adeus Minha Concubina em 1993 e a famoso filme Lanternas Vermelhas de 1991. Estas produções não só foram aclamados pelos chineses nas salas de cinema, mas também obtiveram grande audiência no ocidente. Tian Zhuangzhuang, mesmo pouco conhecido no ocidente, foi muito elogiado por diretores como Martin Scorsese, entre outros.
Durante esta época, o cinema passou a obter atenção internacional, incluindo em 1988 Urso de Ouro para O Sorgo Vermelho, em 1992 o Leão de Ouro para História de Qiu Ju, em 1993 a Palma de Ouro para Adeus Minha Concubina, e também com os três melhores filmes de língua estrangeira indicado pela a Academia Awards. Todos estes filmes foram estrelados pela a atriz Gong Li, que se tornou a mais conhecida estrela da quinta geração, especialmente no ocidente.
Os estilos e os temas da Quinta Geração de diretores eram muito variados. Entre eles, as produções eram compostas por comédia de humor negro como The Black Cannon Incidente produzido por Huang Jianxin's em 1985 e o esotérico Life on a String produzido por Chen Kaige em 1991. Entretanto, eles compartilhavam de uma determinada rejeição comum na tradição realista-socialista por cineastas chineses da era comunista. Outros notáveis diretores da Quinta Geração incluem Wu Ziniu, Hu Mei e Zhou Xiaowen. Algumas das suas obras mais ousadas com conotações políticas foram proibidas pelas autoridades chinesas.
Na ocasião, alguns diretores da Quarta Geração também retornaram ao cenário cinematográfico. Também, após o surgimento da quinta geração, os diretores cujas carreiras foram paralisadas pela Revolução Cultural e que foram treinados profissionalmente antes de 1966, em particular Wu Tianming, passaram a contribuir de forma significativa ajudando e financiando grandes produções da Quinta Geração como Poço Vermelho em 1986 e O Rei Máscaras em 1996 produzidos pelo Xi'an Film Studio.
Em parte, a Quinta Geração terminou após do incidente de Tiananmen em 1989. E mesmo que alguns de seus diretores continuassem a produzir obras notáveis, como Emperor's Shadow em 1996, vários de seus cineastas foram para o exílio. Wu Tianming mudou-se para o Estados Unidos mas já retornou à China, Huang Jianxin foi para a Austrália, e outros passaram a produzir trabalhos para a televisão.


A sexta geração. De 1990 ao presente.

A Sexta Geração marca o retorno ao cinema amador. Com a censura política, estão sendo produzido filme de movimento underground edgy vagamente referida. Os filmes são produzidos de forma rápida e barata, com ar de documentários, tomadas longas, câmeras portáteis, som ambiente, mais parecido com os filmes neo-realistas italianos e o cinema Vérité. Muitas vezes as produções exuberantes. Muitos são filmes de aventuras com projetos de investimento internacional. Entre os mais importantes diretores da Sexta Geração que surgiram são Wang Xiaoshuai o qual dirigiu The Days e Beijing de bicicleta, Zhang Yuan que dirigiu Beijing Bastards e West Palace, Jia Zhangke que dirigiu Xiao Wu e Unknown Pleasures, plataforma e O mundo e Lou Ye diretor Suzhou, Palácio de Verão.
Ao contrário da quinta geração, a sexta é mais individualista e anti-românticos. Vêem a vida e dão mais enfase à vida urbana contemporânea, especialmente os mais afetados pela desorientação. Muitos filmes da Sexta Geração dão um maior destaque os atributos negativos da entrada da China no mercado capitalista moderno. Li Yang's Blind Shatf, como exemplo, faz um relato frio de dois assassinos na notoriamente perigosa indústria mineira e não regulamentada do norte da China e Jia Zhangke enfatiza o vazio provocado pela a globalização, tendo como cenário, um parque de diversões temático à nível internacional.
Atualmente há um crescente número de cineastas independentes da geração pós-Sexta os quais estão produzindo filmes com orçamentos extremamente baixo e utilizando equipamentos digitais. Estes filmes, como os da Sexta Geração de cineastas, são em sua maioria produzidos fora do sistema de filme chinês e exibidos principalmente em festivais de cinema do circuito internacional. Ying Liang e Jian Yi são dois cineastas de grande destaques neste novo cenário de criação cinematográfica.


Novo movimento.

Duas décadas de reforma e comercialização trouxeram grandes mudanças sociais na China continental, as quais refletiram não só nos filme de ficção, mas em um movimento crescente de documentários. Wu Wenguang's bumming em Pequim: The Dreamers passado em 1990, são vistos como um dos primeiros trabalho deste novo gênero na China. Outros aclamado documentário internacional é o Wang Bing o qual relata a desindustrialização e Out of Phoenix Bridge de 1997 que relata a história de quatro jovens mulheres, que se deslocam das áreas rurais, como milhões de outros homens e mulheres, com o objetivo de chegaram a Pequim para ganhar a vida.


O novo e internacional cinema chinês.

Os filmes chineses têm tido grande sucesso de bilheteria, tanto na China como no exterior. Filmes como Adeus Minha Concubina, 2046, Hero, Suzhou River, The Road e House of Flying Daggers foram grandiosamente aclamados pela crítica internacional. O Hengdian World Studios pode ser visto como o "Hollywood chinês", com uma área total de até 330 metros e 13 bases de rodagem, incluindo um cenário fiel da Cidade Proibida.
Em 2000, a produção multi-nacionais alcançou grande sucesso nas bilheterias ocidentais, apesar de ser rejeitado por algumas salas chinesas para favorecer aos gostos ocidentais. No entanto, desde uma introdução ao cinema chinês (principalmente o gênero Wuxia) para muitos, aumentou a popularidade de muitos filmes chineses que podem ter sido de outra forma relativamente desconhecido para os ocidentais.
Em 2002, o Herói foi produzido como uma segunda tentativa de se fazer um filme chinês, com o apelo internacional de Crouching Tiger, Hidden Dragon. O elenco caracterizou muitos dos atores mais famosos da China, que também eram conhecidos no Ocidente, incluindo Jet Li, Zhang Ziyi, Maggie Cheung e Tony Leung Chiu-Wai, dirigido por Zhang Yimou. O filme foi um sucesso em quase toda a Ásia e chegou ao topo das bilheterias dos EUA durante duas semanas. Só as duas semanas nos EUA foram suficiente para cobrir quase que totalmente os custos de produção.
O sucesso alcançando de Crouching Tiger, Hidden Dragon e Herói borrão, o qual pode ser chamado de o limite entre o Continente Chinês e de um cinema mais internacional baseada em língua chinesa. Crouching Tiger, por exemplo, foi dirigido por Ang Lee, diretor taiwanês, mas incluiu atores e atrizes da China Continental, Hong Kong e Taiwan e co-produzido por uma matriz de chineses, americanos, Hong Kong, as companhias de cinema de Taiwan. Esta fusão de pessoas, recursos e competências de três regiões (China, Hong Kong e Taiwan), parecia implicar o cinema orçado em língua chinesa e este se mover em direção a uma arena internacional baseada na competição com os melhores filmes de Hollywood.
Outros exemplos de filmes neste molde inclui Clã das Adagas Voadoras produzido em 2004, A Promessa em 2005, O Banquete e Sem Medo em 2006. A co-produção do cinema de língua chinesa ainda são relativamente focalizados na fusão de Hong Kong, China Continental e Taiwan, em especial nas duas últimas regiões onde muitos filmes ainda são incapazes de encontrar distribuidores no exterior.


O cinema de animação. Breve histórico.

A história do cinema de animação chinês têm início em 1918 quando fragmentos de um filme norte-americano, Out of the Inkwell chegou em Xangai. A parti deste fato, clips de animação foram produzidos e usados pela primeira vez em propagandas de produtos nacionais. Contudo, a indústria da animação só realmente têm inicio com a vinda dos irmãos Wan em 1926. Desde o primeiro filme com som Camel's Dance, primeiro filme de considerado extensão Pricess Iron Fan, a China seguiu relativamente no mesmo ritmo e moldes do resto do mundo. Embora a idade de ouro da China de animação chegaria a uma parada completa, quando o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tsé-Tung, introduziu no país a Revolução Cultural. Na ocasião, vários produtores e cineastras foram forçados ao exílio, quer seja pelas duras condições econômicas, quer seja pelos maltrato da Guarda Vermelha que ameaçava seus trabalhos. Os únicos sobreviventes se inclinaram mais para a propaganda.
Na década de 1980, o Japão emergiu como uma grande potência nas produções de animação do Extremo Oriente, fato que levou a industria chinesa a ser engolida e a quase que total falência ao que concede a sua reputação e a sua produtividade. Contudo, duas grandes mudanças ocorreriam na década seguinte, iniciando assim, algumas das maiores mudanças desde o período de exploração comunista. A primeira foi uma mudança política, com a implementação de uma economia socialista de mercado pressionando o tradicional sistema econômico planificado. A segunda foi as mudanças tecnológicas com a chegada da Internet. Fatos que deram origem a novas oportunidades de emergirem nas produções de animação em flash e o conteúdo se tornar mais aberto. Hoje , o país emerge drasticamente na produções de animação sob a influência de Hong Kong e Taiwan.


Terminologia.

Hoje, a animação chinesa pode ser melhor descrita em duas categorias: A primeira são as animações convencionais, produzidas por corporações de entidades financiadoras. Esta levando a queda progressiva das linhas tradicionais de desenhos animados em 2D elevando ao mais alto grau os moderno 3D CG filmes distribuídos por cinemas, DVD, ou transmitido na TV. Modelo que pode ser resumido como uma indústria que vem reviver junto com a tecnologia de computação gráfica avançada e de trabalho de baixo custo. A segunda são os Webtoons, produzidos por corporações ou algumas vezes individualmente. Esses conteúdos, são normalmente flash de animações que variam de amadores de alta qualidade, hospedado publicamente em vários sites. Enquanto a comunidade global tem sempre acometida pelo sucesso da indústria de bilheteria de vendas. Este formato não pode ser negada quando medido em hits, entre uma população de 1,3 bilhões na China continental só sozinha. O mais importante é que oferece maior liberdade de expressão sobre uma potencial.


Características.

Em 1920, os pioneiros Irmãos Wan, acreditavam que as animações deveriam enfatizar um estilo de desenvolvimento que fosse exclusivamente chinesa. Esta rígida filosofia, ficam com a indústria por décadas, e as animações foram essencialmente uma extensão de outras facetas da arte e cultura chinesa. Os desenhos possuíam quase que integralmente o folclore antigo. Bons exemplos de animação com caracteres chineses tradicionais é Rei Macaco, e o filme de caráter de transição da literatura clássica Jornada para o Oeste de 1964 com a animação de Hovoc in Heaven. Embora o conceito de animação chineses começaram a soltar-se nos últimos anos, sem travar em nenhum estilo em particular. Uma das primeiras mudanças revolucionárias ocorreram em 1995 com a adaptada animação Cyber Arma Z. O estilo composto por personagens que são praticamente indistinguíveis de qualquer anime típico, no entanto, é classificado como de animação chineses. Pode-se afirmar com convicção que as produções não são necessariamente limitadas a um técnica qualquer, a tinta de água, marionetas, CG computador são todos demonstrados na arte.
Novas ondas de animações iniciadas nos anos 1990, especialmente animações em flash, surgem com objetivos de romperem com a tradição. Em 2001 a revista Time classificou o caráter webtoon de Taiwan Kuei-com como um dos top 100 nas novas figuras asiáticas. A aparência de um Kuei-com com cabeça grande, magra, provavelmente muito mais perto de Kodormo material como Doraemon. Assim portanto, mudanças como estas, significam uma transição acolhedora, uma vez que, como os personagens do folclore sempre tiveram dificuldade em ganhar apelo internacional.
A GoGo revista Top chinesa de animação semanal, recentemente colocou a china em primeiro lugar. Ao realizarem uma pesquisa, comprovaram que apenas 1 de 20 personagens favoritos das crianças realmente foi criado internamente na China.


O mercado de animação convencional.

Do ponto de vista demográfico, o mercado consumidor chinês identificou que 11% das audiências de filmes de animação, estão sob a idade de 13 anos com 59% entre 14 a 17 e 30% mais de 18 anos de idade. Potencialmente 500 milhões de pessoas poderiam ser identificadas como consumidoras de desenhos animados. A China possui cerca de 370 milhões de crianças, portanto, um dos maiores público para os filmes de animação no mundo.
Do ponto de vista financeiro, pesquisa de mercado realizada em Pequim, Xangai e Guangzhou descobriu que cerca de 163 milhões de dólares são gastos em produções de animação a cada ano na China, e que mas mais de 80% dos fluxos de receita em linha reta vêm de fora do país. Novos estudos mostram que 60% da população chines ainda preferem as animações japonesas, 29% preferem os americanos, e apenas 11 por cento são a favor dos produzidos somente por animadores chineses.
Em 1999 Sanghai Film Animation Studio gastou cerca de 2,6 milhões dólares para produzir Lotus Lantern. O filme obteve um lucro de bilheteria de mais de 2,5 milhões dólares, mas não conseguiu capitalizar em todos os produtos relacionados. A mesma empresa produziu também uma série de desenhos animados Up Music em 2001, contudo, de 66% de seus lucros vieram de venda de mercadorias relacionadas. A história envolvente já foi gravada em 3D. A terceira temporada foi lançada em 23 de Junho 2010 e a quarta já está sendo produzida.
Um dos mais populares filme em Rong Kong é Old Master Q. Os personagens foram transformados em desenhos em 1981, seguido por várias adaptações, entre elas um DVD com versão widescreen em 2003. Embora as publicações permaneceu lendário por décadas, as animações sempre foram consideradas mais de uma homenagem aos fãs. Este é um outro sinal de que as novas gerações estão mais conectados aos personagens deste estilo cinematográfico. Animações mais recentes, como Minha vida como McDull também foi introduzida com o propósito de expandir a tendência moderna.
Em 2005, o primeiro filme de animação em 3D CG a partir de Shenzhen, através da Faixa de Moebius foi lançado na China. O filme de 80 minutos, é o primeiro em 3D totalmente processada no pais com a finalidade de estrear no Festival de Cannes. Fato este, considerado como sendo o primeiro passo crítico para a industria cinematográfica chinesa.
Em novembro de 2006 um fórum de cinema de animação foi realizada para anunciar os dez mais populares desenhos animados nacionais. Os filmes apresentados pela Century Sonny são: Hanba Histórias tartaruga, Gato preto detetive, SkyEye, Montanha Lao taoísta, conquista Nezha, O Rei Dragão, Andanças de Sanmao, Ga Zhang do Soldado garoto, O rato Blue-Faced e o gato Big e 3000 Porquês do Gato Azul. A Século Sonny também lançou um 3D CG com série de TV com 104 episódios totalmente remasterizadas.


O mercado de animação flash.

Em 15 de setembro de 1999 FlashEmpire tornou-se o primeiro flash chinês a ser posto na Internet. Contudo, mesmo que tenha iniciado com conteúdo amador, foi a primeira vez que uma produção criada por usuário foi colocado na rede mundial. Dados apontam que até o início do ano de 2000, a média de visitas alcançou cerca de 10.000 visitas por dia, e cerca de 5.000 trabalhos individuais publicados. Hoje, o site possui cerca de um milhão de membros.
Em 2001, Xiao Xiao, uma série de animações em flash sobre Kung fu se tornou um fenômeno da Internet, totalizando mais de 50 milhões de acessos, a maioria dos quais na China continental. A série também se tornou muito popular no exterior.
Em 24 de abril, 2006 Flashlands.com foi criado contendo uma variedade de filmes de animação flash de alta qualidade. O site foi criado com o objetivo de ser uns dos primeiros cross-cultural, local que permite o idioma inglês, portanto de fácil acesso à produções nacionais. Contudo, seu sucesso, ainda continua indeterminado.
Em outubro de 2006, foi criado o 3G.NET.CN, ao custo de cerca de 380,000 dólares com o objetivo de se produzir uma versão de Stephen Chow - Uma Odisséia chinesa em formato de flash.


Crítica.

Embora as estatísticas mostrem que ainda há poucos materiais nacionais disponíveis, a administração continua a proibir materiais que não sejam de origem nacionais. Em 15 de fevereiro de 2006 um aviso foi emitido proibindo filmes que incorporasse atores ao vivo. Conforme relatado pela a agencia de noticias Xinhua, a comissão não quis personagens 2D e CGI com atores humanos. Isso colocou em risco a ordem de transmissão de animação caseira e induziu o seu desenvolvimento. As proibições, é lógico, não tiveram sentido para o público em geral.


Horóscopo Chinês.


Origens:


Ainda é misteriosas as origens exatas dos doze animais da astrologia chinesa: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Galo, Cão e Porco.
A astrologia é considerada como uma das artes mais antigas da China, registros apontam que ela surgiu há mais de 5 mil anos e, ainda hoje, é praticada por todos e possui grande importância na vida dos chineses.
Muito diferente da astrologia ocidental, a qual se baseia na órbita da Terra em torno do Sol, o horóscopo chinês é determinado pelos ciclos lunares de 60 anos, sendo cada ano regido por um animal.





Selos regulares alusivos ao ano novo chinês.

Scott: 1586 - série 46; 1647 - série 58; 1764 - série 70; 1832 - série 80;
1900 - série 90; 1966 - série 102; 2019 - série 107; 2074 - série 112;
2131 - série 124; 2193 - série 133; 2238 - série 146 e
2315 - série 159.

1980 ano do macaco; 1981 ano do galo; 1982 ano do cão; 1983 ano do porco; 1984 ano do rato; 1985 ano do boi; 1986 ano do tigre; 1987 ano do coelho; 1988 ano do dragão; 1989 ano da serpente; 1990 ano do cavalo e 1991 ano carneiro.
Na china antiga, os chineses pensavam que sua história estava relacionada com os céus. Chamavam sua terra de o Reino do Meio, que representava o Reino do meio celeste, onde as estrelas nunca se punham. O imperador, ou o Filho dos Céus como era chamado, era um mediador entre o Céu e a Terra. Conhecia, graças ao seu astrólogo imperial, os dias da mudança das estações e podia prever e interpretar todos os sinais celestes. Acreditava-se que, caso o imperador cometesse algum erro em suas previsões, ele perderia todos os poderes que lhe eram conferidos pela natureza. Portanto, era muito importante que seus conselheiros observassem e calculassem com a máxima precisão todos os movimentos do céu. Os deslizes eram punidos com a decapitação.
Tão marcante foi a influência da astrologia na China antiga, que mesmo os palácios eram construídos de forma a se adequarem à simbologia astrológica. Havia um palácio para cada estação do ano foram a representação terrena dos palácios ou setores do reino celeste. As portas do palácio de verão estavam voltadas para o Sul as da primavera, para o Leste; as do outono, para o Oeste e as do inverno, para o Norte.Durante a dinastia Shang, por exemplo, o imperador era obrigado não só a residir nesses palácios de acordo com a estação do ano, como também a voltar-se para o Sul durante as audiências. O sul representava o centro do seu reino, a Estrela Polar.


Bloco comemorativo alusivo ao ano do tigre.


Astrólogos e astrônomos.

Não somente o Zodíaco, mas também outras grandiosas contribuições foram deixadas pelos astrólogos e astrônomos Chinês. Por acreditarem que os cometas eram emanações dos planetas eles foram os primeiros a observarem o cometa Halley em 240 ª C.. Dividiram o ano em exatamente 365 ¼ dias em 444 ª C., tal como fez Júlio César quando introduziu o nosso atual calendário.
As enchentes e as secas eram previstas astronomicamente desde 300 a. C. e o papel desses sábios era dos mais decisivos na administração econômica e judiciária de todo o país.
As manchas solares foram minuciosamente registradas desde 28 a. C., pois pensavam-se que o sucesso na agricultura estava estava intimamente associada a esse fenômeno solar.
Aos planetas foram dados elementos e direções; Júpiter = (madeira, leste); Marte = (fogo, sul sul); Saturno = (terra, centro); Vênus = (metal, oeste) e Mércurio = (água, norte).
Em vez de se basearem na elíptica, como faziam os astrólogos ocidentais, os chineses observavam as estrelas circumpolares, que eram visíveis durante à noite durante o ano todo. Concentravam-se também nas 28 constelação circumpolares, denominadas hsui. Cada uma delas pertencia a um dos palácios celestes e tinha o nome de algum animal. Assim, a constelação do Morcego, por exemplo, estaria nos domínios do Palácio do Norte.


FDC não circulado com selo e carimbo alusivos ao
ano do cão emitido pela China em 2006.

Mesmo que a sua verdadeira origem ainda seja desconhecida, alguns desses animais não só deram seu nome aos doze meses, mas também aos ciclos horários e aos ciclos de 12 meses, e continuam ainda muito importantes para a astrologia chinesa com um significado muito mais amplo do que simplesmente representar a tendência geral do ano ou as possibilidades de felicidade ou infortúnio que nos aguardam. Os doze animais representado nos doze signos da astrologia chinesa são considerados como um reflexo do próprio Universo.


Bloco comemorativo alusivo ao ano do boi.


Lenda chinesa dos doze animais.

Segundo uma antiga lenda chinesa, Buda convidou todos os animais da criação para uma festa de Ano Novo, prometendo uma surpresa a cada um dos animais. Contudo, somente doze compareceram e ganharam um ano de acordo com a ordem de chegada que são:

a) O Rato ou Camundongo;
b) O Boi ou Búfalo (Vaca, na Tailândia);
c) O Tigre (Pantera, na Mongólia);
d) O Coelho (Gato, na Tailândia);
e) O Dragão (Crocodilo, na Pérsia);
f) A Cobra ou Serpente (Pequeno dragão, na Tailândia);
g) O Cavalo;
h) A Cabra, Bode ou Carneiro;
i) O Galo ou Galinha;
j) O Macaco;
k) O Cão;
l) O Porco ou Javali.
m) O Cavalo de Fogo rege a cada 60 anos.

De acordo com um antigo texto de origem budista, quando os animais terminam suas meritórias tarefas, fazem um juramento solene perante os budas de que um deles estará sempre, por um dia e por uma noite, pelo mundo, pregando e convertendo, enquanto os outros onze ficam praticando o bem em silêncio. O Rato inicia sua jornada no primeiro dia da sétima Lua; procura persuadir os nativos do seu signo a praticarem boas ações e a corrigirem os defeitos de seus temperamentos. Os demais fazem o mesmo, sucessivamente, e o Rato reinicia seu trabalho no 13º dia. Assim, graças ao trabalho constante dos animais, os budas garantem uma certa ordem no universo.


Signos no Zodíaco Chinês de acordo com a data de nascimento.

Para que se possa calcular com maior precisão o signo chinês de uma pessoa, se faz necessários os seguintes dados para a análise dos mesmos:

a) Data de nascimento-dia/mês/ano [é com estas informações que descobrimos o nosso signo lunar, assim como a polaridade (Yin/Yang) do mesmo],
b) Horário de nascimento-hora/minutos (é com isto que descobrimos qual é o nosso signo ascendente).


Rato. Em chinês: Shú

10/02/1948 a 28/01/1949
28/01/1960 a 14/02/1961
15/02/1972 a 02/02/1973
02/02/1984 a 19/02/1985
19/02/1996 a 06/02/1997
07/02/2008 a 25/01/2009


Boi. Em Chinês: Niú

29/01/1949 a 16/02/1950
15/02/1961 a 04/02/1962
03/02/1973 a 22/01/1974
20/02/1985 a 08/02/1986
07/02/1997 a 27/01/1998
26/01/2009 a 13/02/2010


Tigre. Em Chinês: Hú

17/02/1950 a 05/02/1951
05/02/1962 a 24/01/1963
23/01/1974 a 10/02/1975
09/02/1986 a 28/01/1987
28/01/1998 a 15/02/1999
14/02/2010 a 02/02/2011


Coelho. Em Chinês: Tú

06/02/1951 a 26/01/1952
25/01/1963 a 12/02/1964
11/02/1975 a 30/01/1976
29/01/1987 a 16/02/1988
16/02/1999 a 04/02/2000
03/02/2011 a 22/01/2012


Dragão. Em Chinês: Long

08/02/1940 a 26/01/1941
27/01/1952 a 13/02/1953
13/02/1964 a 01/02/1965
31/01/1976 a 17/02/1977
17/02/1988 a 05/02/1989
05/02/2000 a 24/01/2001
23/01/2012 a 09/02/2013


Serpente. Em Chinês: Shé

27/01/1941 a 14/02/1942
14/02/1953 a 02/02/1954
02/02/1965 a 20/01/1966
18/02/1977 a 06/02/1978
06/02/1989 a 26/01/1990
25/01/2001 a 11/02/2002
10/02/2013 a 30/01/2014


Cavalo. Em Chinês: Ma

15/02/1942 a 04/02/1943
03/02/1954 a 23/01/1955
21/01/1966 a 08/02/1967
07/02/1978 a 27/01/1979
27/01/1990 a 14/02/1991
12/02/2002 a 31/01/2003
31/01/2014 a 18/02/2015


Cabra. Em Chinês: Yáng

05/02/1943 a 24/01/1944
24/01/1955 a 11/02/1956
09/02/1967 a 29/01/1968
28/01/1979 a 15/02/1980
15/02/1991 a 03/02/1992
01/02/2003 a 21/01/2004
19/02/2015 a 07/02/2016


Macaco. Em Chinês: Hóu

25/01/1944 a 12/02/1945
12/02/1956 a 30/01/1957
30/01/1968 a 16/02/1969
16/02/1980 a 04/02/1981
04/02/1992 a 22/01/1993
22/01/2004 a 08/02/2005
08/02/2016 a 27/01/2017


Galo. Em Chinês: Ji

13/02/1945 a 01/02/1946
31/01/1957 a 17/02/1958
17/02/1969 a 05/02/1970
05/02/1981 a 24/01/1982
23/01/1993 a 09/02/1994
09/02/2005 a 28/01/2006
28/01/2017 a 18/02/2018


Cão. Em Chinês: Gou

02/02/1946 a 21/01/1947
18/02/1958 a 07/02/1959
06/02/1970 a 26/01/1971
25/01/1982 a 12/02/1983
10/02/1994 a 30/01/1995
29/01/2006 a 17/02/2007
19/02/2018 a 04/02/2019


Porco. Em Nome Chinês: Zhu

22/01/1947 a 09/02/1948
08/02/1959 a 27/01/1960
27/01/1971 a 14/02/1972
13/02/1983 a 01/02/1984
31/01/1995 a 18/02/1996
18/02/2007 a 06/02/2008
05/02/2019 a 24/01/2020


Artes marciais.

As artes marciais chinesas são chamada Kung Fu, Wushu e Quan Fa.


Estilos internos: Nei chia:

a) Ba Gua Zhang (Pa Kua Chango;
b) Tai Ji Quan (Tai Chi Chuan);
c) Xing Yi Quan (Hsing I Chuan).


Estilos externos: Shaolin Quan e combinados:

a) Ba Ji Quan (Pa Chi Chuan, boxe dos oito supremos);
b)  Boxe Go-ti;
c) Chin Na;
d) Choy Li Fut;
e) Di Tang Quan;
f) Hung Gar Kuen;
g) Kung fu.



Série alusiva ao Kung Fu e Tae Kwon Do.
Emissão conjunta com a Coreia do Sul lançada em 2002.
Scott 3248.

Selos retratando Kung Fu e Tae Kwon Do.


História.

A discussão sobre a verdadeira origem das artes marciais chinesas não é mais uma incógnita; a despeito dos inúmeros fatos e personagens lendários relacionados com a história e as artes marciais chinesas, baseado em registro arqueológicos e históricos, é possível traçar uma linha sensata e coerente sobre a sua origem.
A civilização chinesa e seus aspectos culturais contam com cerca de 5.000 anos de existência, mesmo que alguns elementos sejam de caráter mitológico. Apesar dos registro arqueológicos sobre a China datarem dos períodos mesolítico e neolítico (artefatos de cerâmica e pequenas pedras em forma de faca e pontas-de-lança), mas a primeira estrutura social organizada sob forma de dinastia é a Xia (2100 a 1751 a. C.), datada entre os séculos 21 e 16 a. C., fundada pelo imperador Yu (2205 a 2197 a. C.).
Apesar de rudimentares, os conceito da arte marcial chinesa já eram presente na utilização de armamento contra animais selvagens ou em confrontos entre tribos rivais; bastões de grande comprimento, lanças e machados feitos com madeira e pedra afiada. No final da dinastia Xia surgem os primeiros conceitos de combate corporal, chamado de Jiji (técnicas de ataque).
Na dinastia Shang (1751 a 1111 a. C.), os chineses passam a dominar a fundição do cobre, e posteriormente do bronze, aumentando assim, o seu poderio bélico. Lanças, machados e pequenas facas eram as armas mais preferidas.
Apesar do descobrimento da fundição, o maior desenvolvimento bélico se deu na dinastia Zhou. A queda da dinastia Shang e a ascensão da dinastia Zhou (1111 a 1122 a. C.) se deu por várias batalhas sangrentas. Os imperadores de ambas dinastias exigiam armas cada vez mais resistentes, sofisticadas e de grande poder de destruição, fato que permitiu um grande desenvolvimento da tecnologia militar.
Foi neste período, que uma grande contidade de armas diferentes foram criadas, como as primeiras armas que faziam uso de projécteis (balistas e catapultas) com fogo. Mas a arma mais popular das artes marciais chinesas, talvez tenha sido a espada reta.
A vitória dos Zhou deu origem a um longo período de paz e prosperidade ao povo chinês e toda tecnologia de fundição com fins bélicos foi direcionada para o desenvolvimento e fabricação de instrumentos agrícolas e de uso diário. Há relatos de que neste período histórico surgiram os primeiros eventos de demonstração e competição de técnicas e poderio militar / bélico.
Com queda da dinastia Zhou, através de pequenas rebeliões internas e guerras civis, surgiram dois novos períodos históricos: Chun Qiu (Período da Primavera e Outono) e Zhan Guo Shi (Período dos Estados Guerreiros). Períodos de grande evoluções bélicas, em que as armas passaram a ser fabricadas em ferro, material mais durável, a cavalaria a ter o apoio de carruagens e as balistas e catapultas a contar com projécteis maiores e com maior poder de destruição.


O desenvolvimento das artes marciais na China.

A partir do período dos "Estados Guerreiros", a necessidade de aperfeiçoar e desenvolver técnicas marciais variadas tornou-se elemento importante para o sucesso de qualquer nação.
Na dinastia Qin (221 a 206 a. C.), muito conhecida pelo famoso imperador Qinshi Huangdi e sua tumba com os soldados de terracota, próxima a cidade de X'ian, aqui já mencionado. Os tempos eram de paz. Na realidade houve pouco desenvolvimento em ao que consiste aos aparato bélicos, mas o reinado de Qinshi Huangdi teve grande efeito ao deixar duas importantes contribuições: por ter sido colecionador de espadas, permitiu a pesquisa na fabricação de espadas com formatos e materiais diferentes, e incentivou a prática do combate corporal, conhecido como Jiaodi.
A partir deste ponto, os imperadores passaram a observar a importância que tinha o desenvolvimento e a pesquisa com fins bélicos. Ocorreram muitos torneios de combate com armas e mãos-livres, tanto como simples divertimento para a corte ou como prova de seleção para os oficiais das forças armadas. Devido a necessidade de utilizarem estas técnicas em seus exércitos e forças militares, vários nobres e generais iniciaram um exercício de codificação, escrevendo tratados sobre as suas técnicas marciais de mãos-livres e de armas.


O mosteiro de Shaolin e suas influências.


Ao lado, série alusiva ao Aniversário de 1500 do templo de Shaolin emitida pela China em 1995. Scott: 2589/2592. Selos figurando: Porta do Templo Shaolin; Pagodes no templo de Shaolin; Os budistas estão aprendendo Wushu e Treze budistas gravados Qing Príncipe.
Erguido em 495 d. C. no interior de uma floresta no sopé da montanha Song, o mosteiro de Shao Lin está geograficamente localizado entre as cidades de Zhengzhou e Luoyang (antiga capital do Império Chinês até o século 10), na província de Henan.
A mando do Imperador Xiao Wen (reinado de 471 a 500 d. C.) da dinastia Wei, forte insetivador do budismo na China, o mosteiro de Shao Lin fora construído com o objetivo de ser o maior centro de pesquisa, tradução e difusão do Budismo da época, e o primeiro abade do mosteiro foi o monge indiano Bahdra (Batuo).
Em 525 d. C. o monge Damo (Bodhidharma) chegou até o mosteiro e lá ficou por vários anos. Muitos estudiosos do assunto, afirmam que Damo foi o responsável pela criação e desenvolvimento das artes marciais dentro do mosteiro de Shao Lin, todavia não há nenhuma evidência escrita que comprove sua existência.
Damo foi o vigésimo oitavo patriarca do budismo Mahayana e trouxe para o mosteiro os seus ensinamento, mais tarde tornando-se o primeiro patriarca do budismo Chan (Zen). Junto com os seus ensinamentos Damo deixou alguns exercícios para melhorar a saúde dos monges, como o Yi Jin Jing (Tratado da Renovação dos Tecidos e Tendões) e o Xi Sui Jing (Tratado da Medula).
Então quem seria o responsável pela criação ou desenvolvimento das artes marciais no templo de Shao Lin? Fatos históricos afirmam que vários militares e nobres perseguidos refugiavam-se em locais distantes, e o mosteiro de Shao Lin foi um deles. Com as constantes visitas de estrangeiros, sejam foragidos, convidados e alguns até mesmo em busca da iluminação oferecida pelo budismo, os monges puderam aprender, estudar, compilar e aprimorar quaisquer estilos de arte marcial com que tivessem contato. A partir deste momento iniciou a formação da arte marcial do mosteiro de Shao Lin.
Dividido em salas, ou câmaras, os estilos não eram ensinados a todos os monges, mas a pequenos grupos e em cada sala havia um monge responsável. O mosteiro de Shao Lin chegou a possuir 18 salas principais, e cada uma com um estilo distinto. Uma destas salas era reservada ao estilo "As dez rotinas de Shaolin", a base do Shaolin Norte.
O ensino das artes marciais de Shao Lin era reservado exclusivamente para os monges, mas em 1650 após sofrer um ataque o qual colocou em risco os monges e suas técnicas, eles resolveram aceitar discípulos-leigos só para o aprendizado marcial.
Destruído quase que totalmente em 1736 e em um novo ataque em 1928, de todo o templo original, restaram somente duas edificações e parte do cemitério. O mosteiro de Shao Lin foi na realidade, mais uma vítima da sua participação em guerras internas da China, deixando apenas um punhado de monges sobreviventes. Alguns dos estilos que foram ensinados para leigos ou levados para fora do templo por monges que fugiram aos ataques, existem até hoje na China.
Houveram outros mosteiros que estiveram relacionados de alguma forma com as artes marciais, mas muitos pesquisadores afirmam que o mosteiro de Shao Lin nunca teve filiais ou manteve relações diretas ou indiretas com outros mosteiros, mesmo com o de Fujian.


A virada do século XIX.

Durante o ano de 1860 Beijing se tornou um grande centro de intercâmbio entre os adeptos de artes marciais e diversas escolas consagradas foram estabelecidas; a capital abrigava o governo e por isso havia uma grande demanda e necessidade de praticantes e lutadores experientes para servir os exércitos. Assim, os praticantes de estilos internos como Taiji, Bagua e Xingyi, constantemente trocavam informações, fato que deu origem a expressão "estilos de Wudang", também conhecidos como os estilos internos. Alguns expoentes foram Cheng Tingua e Yinfu, ambos peritos em Bagua. Yinfu foi guarda pessoal da imperatriz.
Durante a metade do século XIX, no governo comandado pela imperatriz Cixi e seus ministros, os europeus passaram a manter relações comerciais com a China, e os países ocidentais foram tendo conhecimento ao que consistia as artes marciais chinesas. Na época, diante das fortes pressões dos países estrangeiros e por problemas com o seu sistema burocrático falido, a china havia caído em profundo desequilíbrio interno.
Neste período, os líderes de nacionalidade russa, alemã, austríaca entre outras dividiram toda a China em vários territórios comerciais regidos por adidos e diplomatas, tomando conta aos poucos de todo o país. A própria imperatriz motivou algumas sociedades secretas ligadas à prática de artes marciais a fazerem um levante contra os estrangeiros, chamado de "A rebelião dos boxers".
Os "boxers" então, com a autorização da imperatriz, passaram a eliminar de toda a China os estrangeiros, os matando, e também, os que fosse a favor da ocupação estrangeira. Contudo os estrangeiros detinham um poder bélico muito superior aos chineses, as armas de fogo. Com rifles e canhões os "boxers" foram dizimados sem que o governo nada fizesse. Muitos mestres de de arte marciais foram mortos por conta desta rebelião.
No início do século XX, com o objetivo de levantar a moral do povo chinês, o governo passou a incentivar e promover a prática de artes marciais a todos através da criação de centros de treinamento (clubes atlético). O primeiro centro, e talvez mais famoso entre todos que foram criados, foi o Jingwu Tiyu Hui (Centro Atlético Espírito-marcial), fundado no ano de 1909 por Huo Yuanjia na cidade de Shanghai.


A nova república e o seu apoio às arte marciais.

Um período ainda conturbado, com a transferência do governo de Pu Yi para Yuan Shikai e depois para Sun Yatsen, com o surgimento da Nova República em 1911, liderada por Mao Tsé-tung, o governo aumentou o incentivo à prática das artes marciais com o objetivo de apagar o conceito de que os chineses eram "os homens fracos da Ásia". Na ocasião, foram surgindo novos centros de treinamento, cada qual reunindo mestres famosos e estabelecendo grades curriculares para o ensino de diversos estilos.
O segundo centro mais famoso já criado foi o de Nanjing Guoshu Zhong Di (Academia Central de Artes marciais de Nanjing). O governo nomeou mestres como Li Jinlin (general, espadachim e mestre de estilos como Baji e Taiji) para supervisionar diversas filiais criadas em todo o país.
Neste período, há vários relatos de apresentações e lutas amistosas entre os chineses e lutadores europeus.


Mudanças radicais depois da crianção da república popular da China.

Depois da fundação da República Popular da China em 1911, o governo continuou a promover a prática e o desenvolvimento das artes marciais mas de uma forma diferente. Contudo devido as políticas, muitos mestres emigraram para Taiwan, Hong Kong e outros países, levando consigo sua bagagem marcial.
No ano de 1949 o governo da República Popular da China tombou o mosteiro de Shao Lin como patrimônio cultural chinês e iniciou um longo processo de recuperação e reconstrução das edificações. Como já foi comentado em texto acima, praticamente todo o mosteiro foi destruído ao longo dos anos.
As artes marciais chinesas foram lentamente tendo espaço nos países ocidentais através de uma infinidade de filmes de ação oriundos de Hong Kong, onde todos os atores lutavam principalmente kung fu. Os mestres e professores que fugiram da Revolução Cultural para países como Brasil, Canadá e Estados Unidos passaram a ensinar os seus estilos para os ocidentais, ajudando a tornar o kung fu entre outras modalidades, conhecido no mundo.
Mediante a este fato, o governo chinês tomou uma medida drástica para recuperar a sua herança marcial; codificou a arte marcial chinesa através da criação de um sistema homogêneo de técnicas padronizadas que pudesse ser ensinado a qualquer pessoa, sempre da mesma forma, em qualquer lugar do mundo e a chamou de Wushu moderno. Assim, pode reconstruir praticamente todo o mosteiro de Shao Lin, recrutou novos monges e os ensinou as novas rotinas de Wushu, estimulando a criação de muitas escolas e academias ao redor do mosteiro. Foram construídos um hotel e centro de treino próximos para estrangeiros interessados em aprender diretamente com os monges. Entretanto, hoje, Infelizmente o mosteiro se tornou em um centro de peregrinação turística, já que muitas das suas formas originais como Os Dez Caminhos de Shaolin não são mais ensinados no templo; todos que conseguiram escapar da Revolução Cultural imigraram para outros países. A arte marcial praticada no mosteiro nos dias de hoje é uma reunião de estilos remanescentes. Hoje, simplesmente os monges dividem o seu tempo entre os afazeres diários, treino, reza e meditação, e por fim, guias turísticos.


Panorama atual.

Na atualidade, as artes marciais chinesas tomaram proporções gigantescas, sendo praticadas quase que em todos os continentes, seja com fins marciais, desportivos ou terapêuticos.

 



China. Série alusiva a Wushu.
Scott: 1222/1227.

Sprears vs Sticks e selos figurando: Jogar Broadsword; esgrima; boxe chinês; jogo Spear e Stick jogo acrobático.

No tocante aos aspecto desportivo, as arte marciais encontram-se extremamente organizadas a níveis internacionais, contando com várias federações que organizam eventos nacionais e internacionais, como Pan americanos, jogos mundiais, e futuramente Jogos Olímpicos, quando em 2002 o Wushu foi aceito como modalidade olímpica pelo COI. O Brasil encontra-se entre os dez primeiros países com atletas de formações e combates em eventos mundiais.
Ao que se refere aos aspecto terapêutico, as artes marciais chinesas vêm recebendo uma grande apoio da comunidade médica como forma de terapia de apoio e meio de melhoria da qualidade de vida e redução do sedentarismo para indivíduos de todas as idades. A variedade de estilos permite uma ampla escolha por parte dos praticantes sem que estes, comprometam a saúde.


Literatura.

Existem duas tradições na literatura da china: a literária e a popular ou coloquial. A última remonta a mais de mil anos antes da era cristã e continua até nossos dias. No início, consistia em poesia mais tarde em teatro e romance, e depois foi incorporando obras históricas, relatos populares e contos. Os intelectuais da classe oficial que ditavam os gostos literários, não a creditavam digna de estudos por a considerarem inferior, sendo que, até o século XX, este tipo de literatura não obteve o reconhecimento da classe intelectual. Seu estilo brilhante e refinado marca os princípios da tradição literária ortodoxa, que começou há 2.000 anos.


Época Clássica.

A época clássica é correspondente a da literatura grega e romana. As etapas de de sua formação compreende ao século VI ao IV a.C. nos períodos da dinastia Chou (1027-256 a.C.). Desta época são as obras de Confúcio, Mâncio, Laozi (Lao-tsé), Zhuangzi e outros grandes filósofos chineses. Culminou com a recopilação dos chamados cinco clássicos, ou clássicos confucianos, além de outros tratados filosóficos.
A obra poética mais importante do período clássico foi o Shijing (Livro das odes ou Clássico da poesia), antologia de poemas compostos em sua maioria entre séculos X e VII a.C. Acredita-se que foi o próprio Confúcio quem selecionou e editou os 305 poemas que formam a obra. Trata-se de poemas simples e realistas da vida camponesa e cortesã. O estilo aristocrático ou cortesão alcança sua máxima expressão como poemas de Chu, estado feudal ao sul da China central que foi a terra de Qu Yuan, primeiro grande poeta chinês.


Selo figurando Qu Yuan de uma série com quatro valores
alusiva a Homens Famosos da Cultura Mundias
emitida pela China em 30/12/1953.
Scott: 202.

Durante a dinastia Han (206 a.C.-220 d. C.) as tendências realista e romântica: deram lugar à escolas poéticas. Os versos de Chu foram o começo de um novo gênero literário, o fu, o poema em prosa. Mais tarde, a poesia se enriqueceu com canções populares reunidas por Yüeh-fu, no século II a. C.
Os primeiros trabalhos em prosa formam, junto com o Shijing, os cinco clássicos. São o I Ching (Anais do Chin), livro de adivinhações; o Shujing (Livro dos documentos), um conjunto de antigos documentos de Estado; o Liji (Memória sobre os ritos), coleção de códigos governamentais e rituais, e o Chunqiu (Anais da primavera), a história do estado de Lu desde 722 até 481 a. C. Do século VI até o III a. C. foram escritas as primeiras grandes obras da filosofia chinesa, como os Analectas de Confucio, aforismos recompilados por seus discípulos; os eloqüentes debates de Mencio, discípulo de Confúcio; o Doodejing (Clássico da forma e sua virtude), atribuído a Lao Tse, fundador do taoísmo, e os ensaios de Zhuangzi, o outro grande filósofo taoísta. Também são importantes os ensaios de Mozi, Xunzi e Han Fei Zi. Sima Qian escreveu o Shiji (Memórias históricas), história da China até a dinastia Han. Os discípulos de Confúcio criaram, as bases da tradição literária da prosa chinesa, adotando uma linguagem literária própria, diferente da linguagem falada.


Época Medieval.

Do século III ao século VII d. C., a China estava dividida em estados rivais, contudo, com a propagação do budismo oriundo da Índia e o surgimento de uma técnica de impressão xilográfica durante a dinastia Tang (618-907) e a criação da imprensa de tipo móveis por Bi Sheng (990-1051) durante o período da dinastia Song (960-1279) facilitou a propagação sem limites do conhecimento escrito por todo o território chinês.
Durante os períodos de agitação política, poetas e escritores encontraram refúgio e consolo no campo. Alguns eram eremitas e criaram uma escola de poesia a que chamaram Campo e jardim. Outros escreveram os melhores poemas populares chineses, como os de amor atribuídos a poetisa Tzu-yeh. O melhor poeta destes séculos turbulentos foi Tao Qian, também conhecido por Tao Yuanming, que cantava as alegrias da natureza e da vida solitária.
A melhor poesia chinesa foi escrita durante a dinastia Tang (617-907), da qual se conservam mais de 49.000 poemas escritos por 2.200 poetas. Os três poetas mais famosos foram Wang Wei, filósofo e pintor; Li Po, líder taoísta da escola romântica, e seu amigo e rival Tu Fu, meticuloso em seus esforços para conseguir um realismo preciosista, cuja obra influenciou o poeta Po Chu-i, que utilizava a poesia como um meio para a crítica e a sátira.
Durante a dinastia Song (960-1279), Su Tung-po foi o melhor poeta chinês. Seu estilo poético, fixava o número de versos e seu comprimento segundo o tom e o ritmo. A poetisa chinesa Li Qingzhao alcançou grande popularidade por seus versos sobre sua vida. Han Yu, mestre da prosa Tang, exigia a volta da escrita direta e simples do estilo clássico.
A tradição literária prolongou-se na dinastia Song com Ouyang Xiu, mais conhecido por suas maravilhosas descrições de paisagem. Os engenhosos ensaios de Su Xun são os melhores do estilo clássico.
O teatro propriamente dito não se desenvolveu até o final do período medieval. Na época Tang, os atores já ocupavam um lugar importante entre os artistas populares e se agrupavam em companhias profissionais, que atuavam em teatros construídos para receber milhares de pessoas.


Cinco textos clássicos:

a) O clássico da poesia, A obra é composta por 305 poemas divididos em 160 canções populares, 74 canções para festividades cortesanos, 31 canções para cerimonias cortesanos mais solenes e 40 hinos e elogíacos, cantadas nas cerimonias de sacrifícios aos deuses e espíritos ancestral da casa real. Esta obra considera-se tradicionalmente uma copilação realizada pelo próprio Confucio,
b) O clássico da história. São cópias de documentos e discursos provavelmente escritos por mandatários e servidores públicos das dinastias Xia, Shang e Zhou Ocidental. Contém exemplos de prosa chinesa temporã;
c) O clássico das mudanças, também chamado Livro das mudanças ou Livro das mutações. É um manual de adivinhações baseado no significado de oito trigramas, atribuído ao imperador mítico Fu Xi. Estes trigramas estão compostos de três linhas paralelas retas. A cada uma delas pode ser contínua ou descontínua. Na época de Confucio também se usavam combinações de duas trigramas, dando lugar aos conhecidos 64 hexagramas;
d) O clássico dos ritos. Os textos descrevem ritos antigos;
e) Os anais das primaveras e dos outonos. Registro histórico do estado de Lu, local onde nasceu Confúcio, ao que se lhe atribuiu a obra. O título dá nome a uma etapa da história da China, Primavera e Outono e é anterior a unificação da dinastia Quin;
f) O clássico da música, Refere-se às vezes ao sexto clássico, contudo está perdido desde a dinastia Têm.


Quatro livros confucianos:

a) O grande ensino. Faz parte de O clássico dos ritos;
b) As analectas. Textos de ditos confucionistas copiadas por seus discípulos;
c) A doutrina do justo meio. Também faz parte de O clássicos dos ritos;
d) Mâncio. Mâncio é a romanização dos filósofos confucionistas considerado o mais importante após Confúcio.


Clássicos taoístas:

O Taoísmo é uma corrente filosófica quase contemporânea do confucianismo. Com freqüência os eruditos taoístas e confucianos competiam para obter o favor dos mandatários e governar seguindo os ensinos de suas respectivas escolas filosóficas.

a) (道德经, Dao De Jing). Por ser muito difícil a tradução dos termos chineses 道 (Dao) e 德 (De), a obra é mais conhecida no ocidente pelo nome de Daodejing ou, inclusive, pelo de uma romanização mais antiga Tao Te Ching. É atribuído a Lao Zi. Contudo duvida-se que Lao Zi tenha existido;
b) O clássico da perfeita verdade. Atribuído a Envolva Zi;
c) Zhuang Zi. O clássico da via e a virtude, Atribuído ao filosofo do mesmo nome.

Há outras muitas obras antigas consideradas clássicas. No título de algumas delas aparece o sinograma 经 (Jīng), mas não se podem descobrir às categorias anteriores. E também algumas utilizadas para facilitar o aprendizado de crianças.

a) O clássico dos três caracteres. Manual confuciano, destinado as crianças, escrito em versos de três sinogramas. Servia para familiarizar as crianças com a doutrina confuciana e ensinar-lhes alguns sinogramas importantes;
b) O clássico dos mil caracteres. Nos texto aparecem mil caracteres sem que se repita nenhum. Servia para aprender os sinogramas mais usuais;
c) Os cem apelidos. Composto por 100 sinogramas correspondentes aos apelidos chineses mais comuns.

A arte da guerra, (Sunzi bingfa), já mencionado acima, é um dos livros chineses mais traduzidos e comentados no ocidente.


Dinastia Têm.

A obra de maior destaque da dinastia Têm é As memórias históricas de Sima Qian. Seu interesse consiste na grande influência que tem tido na historiografia chinesa posterior já que foi tomado como modelo para elaborar textos históricos com grande valor literário. A maioria dos textos em sua composição são dedicados a temas políticos ou davam conselhos aos governantes.


Dinastia Tang.

As obras elaboradas durante a dinastia Tang são consideradas como as mais brilhantes, da cultura chinesa, tanto que vários chineses afirmam que as obras Chinesas está em decadência desde o final da dinastia Tang. As boas condições socioeconômicas da época permitiram um desenvolvimento literário sem precedentes. A literatura desta época, especialmente a poesia, exerceu uma grande influência e gozou de grande prestígio no Japão.


Poesia.

Se mantiveram especialmente os versos pentassílabos e heptassílabos, que no caso da língua chinesa correspondem a versos de cinco e sete sinogramas respectivamente, já que a cada sinograma representa uma sílaba. As formas poéticas mais cultivadas foram especialmente os Lüshi, (poemas de oito versos), e os Jueju, (poemas de quatro versos). Fez-se uma recopilação de todos os poemas da dinastia Tang. Entre os poetas mais destacados encontram-se Li Bai, Du Fu e Bai Juyi.
Li Bai foi considerado um gênio, já em vida. Frequentava os locais mais distintos da época, incluído o palácio imperial. Sua forma de viver, pouco conforme com as normas da época, impediu-lhe seguir a carreira funcionaria característica dos eruditos chineses. Li Bai percorreu o país inspirando nas gentes e as terras que ia conhecendo. E até hoje, desfruta na China de uma grande reputação.


Prosa.

Uma importante corrente literária da época Tang era o Movimento pela língua antiga. Os partidários de dito movimento propagaram o retorno ao estilo literário da época dinastia Têm e anterior a ela, que era mais claro e preciso, menos artificioso que o que imperava naquele momento. Muitos literatos adeptos foram destacados ensaiistas. Entre eles destacam Têm Yu e Liu Zongyuan. Têm Yu foi considerado o melhor escritor chinês de todos os tempos pelo renomeado orientalista Arthur Waley.
Têm Yu, Liu Zongyuan, Ouyang Xiu, Seu Xun, Seu Shi, Seu Zhe, Wang Anshi e Zeng Gong, são juntos, considerados os oito mestres da prosa chinesa.


Dinastia Ming. Quatro novelas clássicas.

a) Romance dos Três Reinos (1330): De Lu Guanzhong;
b) À orla da água (1573): De Shi Nai'an e Luo Guanzhong;
c) Viagem ao Oeste (1590): Obra atribuída a Wu Cheng'em;
D) Sonho das mansões vermelhas, também denominada como Sonho no Pavilhão Vermelho (1792): De Cao Xueqin e Gao Eem.




Série alusiva ao Romance dos três Reinos. Primeira série.
Scott: 2176/2180.

Selos retratando: Tornou-se Sworn Brothers no campo de pêssego; Três heróis lutavam contra Lu Bu; Pavilhão Fengyi e Falou sobre Heroes Durante Restaurantes.
Bloco:Viajou um li Mil Single-handed.



Série alusiva ao Romance dos Três Reinos.
Segunda série. Emitida pela China em 10/12/1990.
Scott: 2310/2313.

Selos retratando: Wuchao ataque noturno; Faça três convites na Casa com telhado de colmo; O Resgate do Master Alone e Transformou a área Changbanqiao de cabeça para baixo.




Acima, Quinta e última série emitida em 26/08/1998 alusiva a
Obras-prima da literatura chinesa clássica.
O Românce dos Três Reinos.
Scott: 2889/2893.

Escrito no século XIV, O Romance dos Três Reinos, é uma novela clássica chinesa histórica sobre o período turbulento, muitas vezes referido como o dos Três Reinos (220-280 d. C). É a epopéia mais popular na literatura chinesa. Entre os chineses, o romance é normalmente referido pelo seu nome mais popular, San Yan Guo Yi.
O Romance retrata tumultos políticos, revoltas camponesas, duques, lutando por território, durante a formação dos Três Reinos e a unificação da Dinastia Jin Ocidental no fim da Dinastia Han Oriental. A quinta e última série de selos mostram a adaptação das histórias do Capítulo 85 do capítulo 120: Liu Bei encontrado um guardião para o seu herdeiro na Baidi Cidade, Zhuge Liang levou o exército de volta para a capital, o estratagema da cidade vazia, o outono triste Wuzhangyuan e o Jin unificou os três reinos, a maioria dessas histórias são tragédias do Reino Shu. Liu Bei lançou uma guerra contra o Reino Wu, mas perdeu 700 mil de seu exército, levando assim o Reino à desgraça. Frustrado pela derrota, Liu Bei confiou o reino a seu filho, herdeiro do trono, o qual exerceu toda a sua força. Com o propósito de reprimir a insurreição no sul, ele capturou Meng Huo sete vezes, estabilizando a base de todo o Reino. Zhuge Liang levou o exército Shu para fora da Montanha Qishan seis vezes, lançando ataques contra o exército de Wei e tentou tirar as áreas centrais simples, mas cometeu um grande erro ao usar uma pessoa errada, o voluntarioso e convencido Ma Su, fato que levou a perda de Jieting, lugar estratégico para o exército de Shu. Devido a isso, Zhuge Liang foi forçado a praticar o "estratagema da Cidade vazia" para enganar Wei geral Sima Yi. Depois de várias tentativas inúteis, Zhuge Liang ficou doente. Enfraquecido, fez acordo para os assuntos políticos e militares antes de sua própria morte. O Wei, Shu e Wu reinos caíram um após o outro 263-280 d. C. e, eventualmente, Jin Imperador Sima Yan unificou os três reinos.


Série emitida pela China em alusiva a clássica
novela A viagem para o oeste.
Scott: 1547/1554.

Selos retratando: Water Hole Shade; Monkey King lutas Ne Zha; Jardim de pêssego; Os oito diagramas Fogão; Rei Macaco vs Miss Skeletonia; O ventilador de folha de palmeira; Buraco da Seda e A viagem para o oeste.

Este romance muito popular é baseada na história de um monge budista chamado Xuanzang que viaja para a Índia para trazer monges budistas para a China. Mas a história simples é ornamentado com muitas histórias populares e peças de teatro, como a rebelião do macaco Sun Wukong, sendo subjugados por Buda e forçado a ajudar Xuanzang durante sua viagem. O compagnions outros Xuanzang são o porco-humano Zhu Bajie e o monge (SHA) Wujing, cada um com seu próprio caráter. Todos eles foram punidos por seus crimes de maior ou menor teor, e só atuando juntos, conseguiram fazer o seu caminho para a Índia.


Dinastia Quing.

Pu Songling, um escritor da dinastia Qing, criou uma série de vivas, personagens incríveis em seu trabalho, Histórias Estranhas de um Estúdio Chinês. O trabalho consiste em uma coleção de histórias curtas a qual narra a história de Pianpian, a fada que possui o poder de transformar uma folha verde em uma galinha de peixe e fazer casaco de inverno com nuvens brancas. A narrativa é um poema terápico em Bai Qiulian, o espírito peixe pode dar aos leitores intermináveis devaneios. Os contos fantásticos de fantasmas e espíritos de raposa são belos e fascinantes, demonstrando o seu estilo artístico único e charmoso. Conhecido tanto na China como no estrangeiro, Histórias estranhas de um estúdio chinês já foi lido por mais de 300 anos, possuindo grande influência na tarde histórias curtas em chinês clássico.


Série alusiva a Histórias Estranhas de um
Studio Chinês (segundo grupo).
Emitida em 2002.
Scott: 3191/3194.

Selos retratando: Fangping Xi; Pianpian; Qilang Tian e Qiulian Bai.

A coleção é composta por cerca de 500 contos sobrenaturais. Muitas das histórias são sobre amor e casamento, como o de "Xiang", "Huanniang" e "Ah Xiu". As histórias de amor estão entre os melhores na coleção, elogiando o verdadeiro amor dos jovens ao mesmo tempo criticando a ética feudal. Com um estilo elegante narra em uma descrição detalhada, a histórias de espíritos, flores e raposa refletindo a realidade da vida feudal, e também, a indignação e as esperanças do autor. Toda a obra representa o pico da população chinesa antiga.


Terceiro grupo das Histórias Estranhas de um Estúdio Chinês.
Folhas contendo a série emitida em 16/05/2003.
Scott 3276-81.


Resumo do início no século XIII até aos dias atuais.

A literatura chinesa tem influenciado de forma significativa a literatura de países próximos, como o Japão e a Coreia. Algumas de suas obras literárias são muito populares e reeditam-se constantemente em todo mundo, como por exemplo o Sunzi ou A arte da guerra. Como o título indica, a obra não só é um manual milita, mas também uma obra de grande valor literário.
Durante séculos a literatura chinesa tem sido não só uma reflexão sobre a sociedade e a vida, como também exercendo um forte papel político. Muitos literatos eram altos servidores públicos ou filósofos que estudavam e propunham novas formas de governo para a China.
No século XIV, a narrativa popular chinesa foi cada vez mais importante. Dois dos primeiros romances desta época, Sanguozhi Yanyi (Histórias romanceadas dos reinos) e Shuihuzhuan (À beira d'água), podem ser considerados a épica em prosa do povo chinês. Cao Xueqin escreveu o romance realista Hongloumeng (Sonho do quarto vermelha).
No século XVII, apareceram numerosas coleções de breves histórias. A mais popular é Jinguqiguan (Contos maravilhosos do passado e do presente), composto de 40 histórias.
No século XX, influenciados pela literatura ocidental, os escritores chineses, guiados por Hu Shi, começaram uma revolução literária conhecida como o renascimento chinês. Intencionavam utilizar a linguagem coloquial com fins literários. Com ensaios e histórias mordazes atacavam a sociedade tradicional, e escritores como Lu Xun (pseudônimo de Zhou Shuren) ajudaram ao avanço da revolução socialista.
Durante os anos da Revolução Cultural (1966-1978) os artistas e escritores se adaptaram as necessidades do povo e a influência burguesa ocidental foi atacada duramente. Desde então tem se permitido uma maior liberdade de expressão, tolerando-se o renovado interesse pelas idéias e as formas ocidentais.


Filosofia.

A filosofia chinesa possui uma das mais notáveis história milenar. O famoso "Livro das Mutações", ou I Ching, fixou as noções básicas da filosofia no país.


História do pensamento chinês.

A origem da filosofia chinesa remonta a antigas eras, com tratados sobre ética e política. Já na obra Às Margens do Rio de Shi Nai'an existe várias menções ao que seria verdade, ao que seria correto ou incorreto. A filosofia chinesa se desenvolveu a partir dos estudos dos sábios confucianos.
Os conceitos de união com a natureza, os opostos (Yin/Yang) do taoísmo são elementos primordiais na filosofia chinesa, caracterizada pela ênfase à benevolência, justiça, retidão e respeito à autoridade. A última parte levou os ideólogos do partido comunista chinês a detestarem por décadas a filosofia chinesa, apoiando o marxismo e as idéias de Mao Tsé Tung, sobretudo o expresso no Livro Vermelho.
Recentemente estudos aprofundados dos analectos de Confúcio e de Mencius levaram à reabilitação da filosofia chinesa tradicional junto às autoridades. Os ensinamentos de Confúcio formaram a cultura chinesa. A essência de seus ensinamentos está em duas categorias principais de virtudes: externamente, regra de conduta própria, e internamente, amor benevolente.
Para divulgar à cultura chinesa, retratos destes dois famosos chineses, foram selecionados da coleção do Museu do Palácio para ilustrar uma emissão de dois valores, 28/09/1965. Impressa por China Engraving & amp; Printing Works, R.O.C.


Acima, selo com valor facial de 1,00 mostra a efígie de Confúcio. Os caracteres chineses nas duas linhas verticais significam, respectivamente: “Confúcio (551-479 a.C.)” e a sua famosa fala “Não faça aos outros o que você não deseja para si mesmo”. 2)O selo com valor facial de 3,60 mostra a efígie de Mêncius, considerado segundo maior professor da China. Mêncius contribuiu muito ao defender e expandir os ensinamentos de Confúcio. Os caracteres chineses nas duas linhas verticais significam, respectivamente: “Mencius (372-289 a.C.)” e a sua famosa fala “Pessoas são de suprema importância à Nação”.
Em 20/09/1972, foi emitida uma série contendo oito selos regulares, alusivos aos Heróis da Cultura Chinesa. Os desenhos foram baseados em pinturas que, originalmente, foram mantidas na Cidade Proibida e agora pertencem à coleção do Museu do Palácio Nacional, Taipei, Taiwan, República da China. Abaixo, figura um deles com valor facial 8,00 é alusivo a Confúcio.

Há várias décadas se questiona se haveria uma ''filosofia'' como um sistema codificado de ensinamentos, fora do que se compreende como filosofia no Ocidente, isto é, os sistemas oriundos da antiga escolástica grega, com estudos sobre epistemologia, ética, moral, e que seria o sustentamento do pensamento ocidental, passando por Aristóteles, platão, Sócrates, São Tomás de Aquino, Espinoza, Kant e Husserl entre outros não menos importantes.


Os que apontam a inexistência de uma filosofia de princípios não gregas afirmam que todos os sistemas de pensamento de origem oriental e africana, seriam meras especulações sobre conceitos teológicos, e não constituem uma filosofia dita com propriedade. Contudo, tal afirmação é um argumento incorreto, pois as filosofias do Oriente e África também estiveram fora da esfera exclusivamente teológica, abordando temas de ética, estética, entre outros, assim como a filosofia Ocidental tem diversos aspectos de incorporação com as questões teológicas características do friotionalisimo sainkj.


Textos clássicos chineses.

Textos Clássicos Chineses ou Textos Canônicos Chineses referem-se aos textos chineses escritos antes da Dinastia Qin, principalmente os Quatros livros e Cinco clássicos especialmente, escritos por Confúcio. Todos os textos oriundos da dinastia Qin, foram escritos em Chinês clássico e são chamados de jing.
Em condições inferiores, exclusivamente os textos em Chinês clássico pode se referir a textos, sejam eles escritos em Chinês tradicional ou em Chinês clássico, escritos antes de 1912, período da queda da última dinastia imperial chinesa, a dinastia Qing. Esses podem conter escritos históricos e filosóficos oriundos das escolas de pensamento não-confucionista, bem como, também podem se referir a agricultura, rizicultura, medicina, matemática, astronomia, adivinhação, crítica artística, e todo tipo de miscelânea textual e escritos literários assim como jing.
Durante a dinastia Ming e a Qing, o Quarto Livro e Cinco Clássicos, escolhidos na dinastia Song pelo Neo-confunionista Zhu Xi, tornaram estudo obrigatório para os confucionistas eruditos que pretendia se tornar oficiais do governo. Qualquer discussão política era carregada de referências para este plano de fundo, e ninguém poderia ser um intelectual, ou até mesmo um militar sem conhecer os caracteres Chineses com uma memorização através da repetição do Clássico de Três Caracteres e Cem Sobrenome Familiares, então passariam à memorização de outros clássicos, possibilitando a ascensão na hierarquia social.
Os que apontam a inexistência de uma filosofia de princípios não gregas afirmam que todos os sistemas de pensamento de origem oriental e africana, seriam meras especulações sobre conceitos teológicos, e não constituem uma filosofia dita com propriedade. Contudo, tal afirmação é um argumento enganoso e incorreto, pois as filosofias do Oriente e África também estiveram fora da esfera exclusivamente teológica, abordando temas de ética, estética, entre outros, assim como a filosofia Ocidental tem diversos aspectos de incorporação com as questões teológicas características do friotionalisimo sainkj.


Cangjie.

Cangjie (Wade-Giles: Ts'ang-chieh), foi uma figura importante na antiga China (2650 a. C.), intitulando-se o historiador oficial do Imperador Amarelo e o inventor dos Caracteres chineses. Diz a lenda que ele possuía quatro olhos e oito pupilas e, quando criou os caracteres, as divindades e espíritos entraram em pranto e o céu verteu milhete. Ele é considerado mais uma figura lendária que histórica ou, pelo menos, não é considerado como o único criador dos caracteres chineses. O método Cangjie, ou seja, o método de entrada dos caracteres chineses, recebeu seu nome. Sua existência não é improvável, já que há, atualmente, indícios de métodos de escrita na China há mais de 8.000 anos. Uma rocha marciana, visitada pela sonda de exploração Spirit, também recebeu seu nome pela equipe do projeto Rover da NASA. O Legado do Tao Te Ching.
Ao deixar a China, o guarda da fronteira lhe pede que deixe um registro de sua sabedoria: o Tao Te Ching.
Segundo a tradição Chinesa, Lao Zi foi por muitos anos bibliotecário real, exercendo o cargo de superintendente judicial dos arquivos imperiais em Loyang, capital do estado de Ch'u. Desgostoso com as intrigas e disputas da vida na corte, decidiu abandonar esta vida, seguindo para as Terras do Oeste, em direção à Índia.
Ao chegar a fronteira, o guardião de fronteiras Yin-hsi reconheceu sua sabedoria, o reverenciou conforme a tradição chinesa pedindo para tornar-se seu discípulo e pediu a ele que antes de sair da China deixasse um registro de seus ensinamentos por escrito. Portanto, antes de partir Lao Zi escreveu os 81 pequenos poemas que receberam o título de Tao Te Ching.


Brecht e Lao Zi.

Bertold Brecht escreveu um belo conto acerca do importante papel deste guardião de fronteiras na transmissão deste legado para a humanidade, e o inseriu na terceira parte do volume Poemas de Svendborg, publicado em Copenhague. O texto concluído, com tradução de Marcus V. Mazzari pode ser lido em "páginas externas".


Definição do texto.

Mas não celebremos apenas o sábio
Cujo nome resplandece no livro!
Pois primeiro é preciso arrancar do sábio a sua sabedoria.
Por isso agradecimento também se deve ao aduaneiro:
Ele a extraiu daquele.
Sua influência.

O seu contacto com os livros e a sua sabedoria pessoal o conduziu a criar uma doutrina de fundo panteísta segundo a qual o Tao, ou caminho, é o princípio material e espiritual, criador e ordenador do mundo. No terreno prático apregoado com louvor a vida diferenciativa e a eliminação de qualquer desejo.
Tradicionalmente Lao Tsé é tido como o criador do Taoímo, movimento com vertentes filosóficas e religiosas bem definidas, designadas por nomes diferentes em chinês: Tao Chia é a expressão a qual se refere ao taoísmo filosófico; Tao Chiao aos taoísmo religioso. Mesclados ao Confucionismo e ao Budismo, formam os fundamentos da tradição espiritual da China.
Seu seguidor Zhuangzi é outro famoso filósofo taoísta chinês cuja filosofia foi muito influente no desenvolvimento do Budismo Chan e do Budismo Zen.
Na religião Taoísta Lao Tsé o considerado como uma divindade, reverenciado em diversos templos e cerimônias.

Ao lado, bloco emitido pela China em 2004 alusivo ao conto de fadas: Oito Imortais. Travessia do Mar. Scott: 3374.
As histórias dos Oito Imortais taoístas foram registrados durante a dinastia Tang, mas os números não estavam plenamente desenvolvidas até a Dinastia Ming. De acordo com as histórias, eles possuíam grandes habilidades e poder sobrenatural. A história apareceu pela primeira vez em "Biografia dos Oito Imortais Yuantai por Wu”, da dinastia Ming. Segundo os relatos, os Oito Imortais tinham que atravessar a fúria do Mar do Leste para uma assembleia. Sobre a proposta de Lu Dongbin, cada um usaram suas próprias habilidades e poder para fazê-lo. Han Zhongli com seus fãs em folha de palmeira, Li Tieguai sua cabaça contendo elixir da vida, Lu Dongbin sua espada, Zhang Guolao seu jumento papel em que ele senta para trás, Lan Caihe sua cesta de flores, Han Xiangzi sua flauta de jade, Royal Tio Cao seu tablet, jade e mulher imortal a flor de lótus. Todos eles com êxito chegar ao outro lado do mar. A Travessia do Mar, até hoje tem sido uma história familiar na China.


Confucionismo.

O Confucionismo (儒學, Rúxué). Sistema filosófico chinês criado por Kung-Fu-Tzu, Confúcio (8 de Setembro de 551 a. C.-479 a. C.), filósofo e teórico político chinês. A origem do nome vem do chinês K´ung futzu: "venerável mestre K´ung".
Entre suas metas estão a moral, a política, a pedagogia e a religião. Muito conhecido pelos chineses como Junchaio (ensinamentos dos sábios), está fundamentado nos ensinamentos de seu mestre, e encontrou uma continuidade histórica única.


História.

Entre os seguidores do século I a. C, o Confucionismo obteve em Meng zi (Mêncius, ou Mâncio) e Xun Zi um grande desenvolvimento e expansão na sociedade. Estes dois autores procuraram entender os fundamentos do Confucionismo mediante a uma perspectiva naturalista, recorrente nas forças que atuavam na sociedade de sua época.
Meng cria no valor da educação como forma de tornar reto a natureza humana, que teria sido corrompida em função das desavenças e das necessidades impostas pela vida. O ser humano possuiria a qualidade de exercer um espírito de ajuda mútua de modo a evitar os conflitos interpessoais inerentes à sua própria existência.


Xun Zi.

Xun Zi, acreditava numa natureza perversa do homem, derivado dos mesmos instintos de preservação dos animais. Provavelmente cogitando nas regras apresentadas à sociedade, e pela necessidade de ordenação, tal como no fundamento das lendas de fundação chinesas e na influência jurista, Xun Zi via no intimo humano uma inteligência capaz de articular meios pelo qual poderia evitar sua condição natural de forma arbitrária, mas que para isso haveria de ter criado uma escala de valores delimitantes da ação humana.
Mêncio alcançou popularidade em sua abordagem otimista em relação a vida, Contudo as classes altas da sociedade viram em Xun Zi uma explicação razoável para suas dúvidas. Assim ao menos deixam visível algumas biografias de Sima Qian (II a. C.).


Série regular emitida pela China em 2000 alusiva a grandes pensadores da China. Scott: 3059/3064. Os selos retratam: Confúcio, Mêncio; Lao Zi; Zhuang Zi; Mo Zi e Xun Zi.


Envelope pré-selado alusivo ao aniversário de nascimento
de Confúcio emitido pela China em 2005.


O império chinês.

O Confucionismo se tornaria a doutrina oficial do império chinês durante a dinastia Han (séculos III a.C.-III d. C.), encontrando seguidores ao longo deste período que se destacaram em vários campos diferentes. Donz Zhong shu, por exemplo, procurou dar mais vigor e reinterpretar o Confucionismo através das teorias cosmológicas dos cinco elementos (Akasha, Água, Terra, Fogo e Ar); Wang Chong utilizou-se de um ceticismo lógico para criticar as crenças infundadas e os mitos religiosos
Mesmo tendo perdido determinado vigor após a dinastia Han, o Confucionismo cresceria novamente no movimento que ficou conhecido como Neo-confucionismo, no século X d. C., por meio dos irmãos Cheng e Zhuxi, o grande comentador confucionista.


Da antiguidade aos dias atuais.

Apesar de tudo, na antiguidade o Confucionismo atingiu um pleno sucesso e tornando-se uma filosofia moral de profundo impacto na estrutura social e cotidiana da sociedade.
O valor dado ao estudo, disciplina, ordem, consciência política e ao trabalho, foram divisas que o Confucionismo introduziu na vida da população chinesa da antiguidade até a atualidade. Observa-se que ao contrário do que muitas pessoas apontam, o Confucionismo na realidade não se trata de uma religião. Não possui um credo pré estabelecido, mas apenas determinações rituais de caráter social, que permitem ao adepto do Confucionismo ter a total liberdade de crer em qualquer outro modelo de sistema metafísico ou religioso que não seja contrario as regras de respeito mútuo e etiqueta pessoal.
Até hoje, o Confucionismo é praticado em vários países. Além da sua origem asiática, diversos países incorporam alguns conceitos de seu sistema em suas práticas ou condutas. No Brasil, o Confucionismo é visto nos grupos de pessoas que pesquisam as religiões não cristãs.


Ditos do Confucionismo.

“Mesmo nas situações mais pobres uma pessoa que vive corretamente será feliz. Coisa má adquerida nunca trará felicidade“.


Mitologia.

Segundo a lenda, antes de haver qualquer manifestação de existência de vida no universo, havia uma massa de cor negra com o formato de um ovo, e no interior da qual, dormia um embrião de nome Pan Gu, figura ao lado. Ao acordar, aborrecido com a escuridão, subitamente com um golpe, fragmentou o céu e a terra. De acordo com o texto Hei'am Zhuan (O épico da escuridão), Pan Gu foi o primeiro ser vivo, criador de tudo que há no universo. Esta história é muito conhecida pelos chineses, e faz parte da única coleção de poesia épica conservada por uma comunidade Han (206 a. C.-220 d. C.).
Parte de uma centenas de mitos existentes no país desde aproximadamente 1100 a.C. Transmitida oralmente de geração a geração, o texto explica às novas gerações a origem do universo e o surgimento da civilização chinesa.
Ao longo das várias dinastias, este texto foi transmitido com o objetivo de explicar as causas e as consequências das ações humanas, como uma forma de darem sentido e significado à vida, as seres humanos e aos fenômenos que as envolvem.
Como gênero textual, os mitos chineses se dividem em cosmogonia (se refere a origem do universo da humanidade), e Teogonia (tema relacionado aos deuses ou ao comportamento dos seres humanos). Narrado na terceira pessoa, com tempo não definido e personagens anônimas.
Desde a época mais antiga, os mitos possuem a função de servirem de enredo para as encenações entre elas, o conhecido e tradicional teatro das sombras, o qual utiliza bonecos manipulados contra a luz. Contudo, a passagem do gênero literário para o cênico, se faz necessário algumas mudanças. O discurso antes indireto, passa para direto, os personagens adquirem fala e não há necessidade de descrever o cenário e os outros elementos cênicos devido estarem presentes.

Abaixo, série de 4 valores (ilustrados pelo professor Ching-ping Yeh) narra a História da Criação do Universo e a Origem do Mundo, segundo a mitologia chinesa, emitida em 06/02/1993 (Scott: 2881/2884), esta série foi impressa por Courvoiser S.A. (na Suíça), cujos selos mostram:

1) $ 3,50 - Pan Gu criou o Universo. 2) $ 5,00 - Pan Gu transmitiu a sua alma para todas as criaturas. 3) $ 9,00 Nu Wa criou o homem. 4) $ 19,00 - Nu Wa criou os céus com uma pedra de metal.




Outro mito refere a Lao Zi ou Lao Tsé. Em chinês:老子, transl. Lǎozi, também escrito e pronunciado Laozi, Lao Tzu, Lao Tsé, Lao Tzi, Lao Tseu ou Lao Tze Wade-Giles, foi um famoso filósofo e alquimista chinês. Sua imagem mais conhecida o representa sobre um búfalo, o processo de domesticação deste animal é associado ao caminho da iluminação nas tradições zen budista. A ele é atribuída a autoria de uma das obras fundamentais do taoísmo: o Tao Te Ching (道德經). A influência deste livro é tão grande que tornou-se na atualidade um dos livros mais traduzidos no mundo.
As referências mais conhecidas informam que viveu aproximadamente no século VII a.C., entretanto muitos historiadores situam sua vida no século IV a.C., durante a época das Cem Escolas de Pensamentos e o Período dos Reinos Combatentes. Já, outros, duvidam da sua existência como indivíduo e consideram sua obra um agregado de contribuições de antigos mestres taoístas.
No limiar das lendas, alguns o considera como um personagem mítico. Uma destas lendas conta que sua gestação durou cerca de 81 anos (equivalente a quantidade de capítulos da obra), e quando por fim nasceu, Lao Zi já possuía os cabelos brancos, rugas no rosto e orelhas muito maiores que as dos seres humanos. Nascido debaixo de uma ameixeira em uma aldeia do país de Chu, teve como primeiro nome Li-Er (orelhas de ameixeira), mais tarde substituído por Lao Zi (velho sábio). Muitos consideram que esta Lenda pode ser interpretada como uma metáfora sobre a antiguidade do taoísmo, fundamentado em conceitos filosóficos tradicionais anteriores à própria redação do Tao Te Ching.



FDCs não circulados alusivos a Flor de Ameixa
com carimbos datado em 05/04/1985.
Selos Scott: 1974/1980.


Após viajar por países do oriente, retornou para a China e foi funcionário do Estado de Chu. Alguns anos depois, ao notar o declínio da casa real, Lao Tsé se dirigiu ao país de Qin, no oeste, em um carro conduzido por um boi azul. Quando chegou próximo do Hien-ku, o guardião de uma fonte chamada Yin-Hi e outro Luan-Yin reconheceu o ilustre, suplicando-lhe que ficasse um ano em sua casa, antes de partir para seu destino e que escrevesse um livro expondo sua doutrina. O mestre se deixou então convencer, escreveu o Dao de jig (Tao Te King), que quer dizer o "Livro da Vida e da Virtude" e depois partiu para o oeste entrando na região de povos Bárbaros, onde foi perdido seu rastro.
A aplicação de métodos linguísticos à mais antiga versão do "Dao De Jing" conhecida, sugere que a sua autoria terá sido conjunta. A designação Lao Zi era, na época da hipotética redação do "Livro da Vida e da Virtude", um título honorífico, dado a um mestre habilitado. Trata-se, provavelmente, de um resumo posterior; o taoísmo é um sistema filosófico ("daojia") e religioso ("daojiao") com imemoriais raízes temporais e culturais. O "Dao De Jing" estabelece uma experiência de resumo; não é despropositado, de todo, assumir que a própria figura de Lao Zim é, também ela, uma tentativa de resumo retroativo. Uma investigação mais detalhada à figura de Zhang Daoling poderá clarificar as coisas.


A história de Lao Zi segundo o cânon religioso taoísta.

O bebê Lao Zi e sua mãe.

Em sua introdução de sua tradução da obra de Lao Zi Tao Te Ching: O Livro do Caminho e da Virtude, Wu Jyh Cherng relata sua história conforme os registos do o cânon religioso taoísta, Lao Tsé teria nascido na província de Na Hue, na cidade de Guo Yang, no 25º dia da segunda lua do ano Ken-Tzen da era Wu-Tin (no período entre os anos de 1324 a. C -1408 a. C.).
De acordo com a mesma fonte, seu pai teria sido um brilhante alquimista durante a dinastia San e teria vivido mais de cem anos. Sua mãe e mestra o teria concebido ao engolir uma pérola de luz, e sua gestação, como já foi relato acima, teria demorado oitenta e um anos. “Lao Tsé nasceu do lado esquerdo das costelas da sagrada mãe, no jardim da família sob uma árvore de nome Li (ameixeira), com cabelos brancos e orelhas grandes. Devido a isto, ele recebeu o nome de Lao Tsé (filho velho) e Li Er (orelha grande da ameixeira).” A junção dos termos chineses para a expressão velho e criança em seu nome justificam o seu título de Senhor do Fim e do Princípio.
Algum tempo depois, Lao Tsé convidado pelo rei Wen para ser o responsável pela biblioteca real sumiu o cargo de historiador real até o 19º dia da quinta lua do 25º ano da era do rei Zhao, época em que iniciou a grande viagem com destino ao ocidente, com o objetivo de chegar aos reinos da atual Índia, Afeganistão e Itália. Durante a viagem, Lao Tsé permaneceu por algum período na fronteira de Yü Men e aceitou o oficial-chefe da fronteira como seu discípulo. A este, Lao Tsé ditou algumas composições literárias, entre elas o Tao Te Ching. A história do autor do Te Ching até este ponto é bem conhecia, contudo, deste ponto em diante, pouco se tem conhecimentos.


Sua representação como divindade Taoísta segundo o texto de Wu Jyh Cherng.

“Muitos anos depois, teve sua ascensão no deserto de Gobi, durante a qual emanou raios de luz em cinco cores, transformando-se em corpo de luz dourada e desaparecendo no céu.”

“Após sua ascensão, retornou novamente à terra encarnado como filho único do senhor Li Po Yang da província Shu.” Seu discípulo Yi Shi, o oficial da fronteira, o reencontrou na aldeia da família Li. Diante dele a criança de três anos de idade revelou sua verdadeira imagem. Seu corpo cresceu, transformando-se em luz dourada branca. “Lao Tsé pronunciou mais um ensinamento: o Tratado Maravilhoso do Princípio Solar do Tesouro do Espírito (Ling Bao Yuan Yang Miao Ching). Após concluir seu ensinamento, os duzentos membros da família Li seguidos por Lao Tsé e Yi Shi. Isso aconteceu no dia 28 de Abril de 1118 A. C.”

“Depois do segundo nascimento e ascensão, Lao Tse ainda retornou inúmeras vezes para transmitir os ensinamentos e para ordenar as novas tradições. Por isso, é chamado pelos taoístas como Sublime Patriarca do Caminho.”


Doutrina taoísta.

O Taoísmo aponta a existência de três forças: uma positiva, outra negativa e uma terceira, conciliadora. As duas primeiras se opõem e se complementam simultâneamente.


Símbolo do yin\yang.

a) Yin. Força negativa, feminina, úmida.
b) Yang. Força positiva, masculina, seca.
c) Tao. Força convergente, em que yin e yang são mesclado numa existência dual e complementar.

A igualdade entre as duas primeiras forças estranha a igualdade de suas manifestações consideradas em abstrato. Por isso o taoísta não considera superioridade da vida sobre a morte, não outorga supremacia à construção sobre a destruição, nem ao prazer sobre o sofrimento, nem ao positivo sobre o negativo, nem à afirmação sobre a negação. O Tao é simplesmente algo que não pode ser alcançado por nenhuma forma de pensamento humano. Por isso não existe nome, dado que os nomes derivam de experiências; finalmente e por necessidade de ser descrito ou expressado, o denominou Tao, que significa "caminho" ou "atalho" (reto ou virtuoso) que conduz à meta.
Quando Lao Tse (ou Lao Zi) fala do Tao procura afastá-lo de tudo aquilo que possa dar uma ideia de algo concreto. Prefere enquadrá-lo em um plano distinto a tudo o que pertence ao mundo. "Existia antes do Céu e da Terra", diz, e efetivamente não é possível dizer de onde provém. É mãe da criação e fonte de todos os seres.
O Tao tampouco é temporário ou limitado; ao tentar observá-lo, não o vê, não o ouve nem o sente. É a fonte cósmica primária da que provém a criação. É o princípio de todos, a raiz do Céu e da Terra, a mãe de todas as coisas. Mas, se tentar defini-lo, olhá-lo ou ouvi-lo, não seria possível: o Tao retorna ao Não-Ser, vai onde é inacessível, inalcançável e eterno. Todas as coisas sob o Céu gozam do que é, o que é surge do que não é e retorna ao Não-Ser, com o que nunca deixa de estar ligado.
O Tao do Não-Ser é a força que move tudo o que há no mundo dos fenômenos, a função, o efeito de tudo o que é: apoia-se no Não-Ser.
O mundo dos seres pode ser renomado com o nome de Não-Ser e o mundo dos fenômenos com o nome de Ser. As diferenças recaem nos nomes, pois o nome de um é Ser e o do outro, Não-Ser, mas embora os nomes são distintos, trata-se de um único fato: o mistério desde cujas profundidades surgem todos os prodígios. Ao encontrar o caminho que conduz da confusão do mundo para o eterno, estamos no caminho do Tao.
A princípios do século IV a.C., os filósofos chineses escreviam sobre o yin e o yang em termos relacionados com a natureza.
Observando da perspectiva do Tao, vê-se como todas as coisas se elevam, voltam-se grandes e logo retornam a sua raiz. Viver e morrer são simplesmente entrar e sair. As forças da mente não têm poder sobre quem segue o Tao. O caminho do Não-Ser leva a quietude e a observação e conduz do múltiplo ao único.
Para poder percorrer esse caminho é necessário a preparação interna. Mediante a prática espiritual, a perseverança, o recolhimento e o silêncio que chega a um estado de relaxamento que deve ser tão sereno que possibilita a contemplação do Ser interior, a alma, e assim se consegue ver o invisível, escutar o inaudível, sentir o inalcançável. Quando avança este caminho, Lao Tse vê e conhece o mecanismo da magia da observação, mas não lhe interessa tirar proveito destes conhecimentos. Para ele, como para o taoísmo, o mais elevado é chegar a penetrar a Unidade onde não existem os opostos. Quando neste caminho se obtém a união com o cósmico, chega-se à possibilidade de contemplar o Ser. Assim, sem sair da casa, pode-se conhecer o mundo, sem olhar pela janela se pode apreciar o Tao do céu. Quem possui essa qualidade não necessita viajar. Alcança suas metas. Não veja nada, tem-no tudo claro. Não trabalha e, entretanto, consegue contemplar tudo.


Religião.

Desde o início de sua história, a China possui uma variedade de denominações religiosas. Os variados templos existente no país, marcam de forma significativa a sua paisagem.
Seu estudo se torna complicado devido a várias causas. A maioria dos sistemas de convicção chineses possuem conceitos de um mundo sagrado e às vezes um mundo espiritual. Contudo, nenhum deles invocam um conceito de Deus. A própria classificação de um sistema de convicção chinês como religião ou como filosofia é em si problemático. Portanto, o Confucionismo e o Taoísmo são por alguns considerado como religião e para outros como filosofia.
Alguns sistemas de convicções chinesas permitem um sincretismo cujo elemento comum é em adotar várias escolhas. É possível ouvir uma pessoa afirmar que é um adepto do budismo mas viver segundo os conceitos taoístas e participar de cerimônias de adoração aos antepassados. Um adepto do budismo não teria o menor constrangimento em ver Jesus Cristo como um profeta e incorporar conceitos do cristianismo a suas práticas, por exemplo. O contrário nem sempre, ou melhor, quase nunca, é o caso. Assim, as mais variadas religiões populares chinesas foram originadas deste sincretismo.
Os principais sistemas de convicções religiosa chinesa consiste em adorar os antepassados, religião popular, Confucionismo, Xamanismo, e Taoísmo. A maioria dos chineses tem uma concepção de Céu e yin e yang. Os chineses também acreditam em astrologia, Feng e geomancia.
Algumas religiões influentes em outras nações também foram introduzidas na China. Como o Budismo, Islamismo e o Cristianismo. Na atualidade, a Republica Popular da China admite determinadas liberdades religiosas e a existência de grupos religiosos ativos. Mas estes grupos ainda são fortemente supervisionados pelo Estado chinês, mais concretamente pelas Associações Patrióticas, como a Associação Patriótica Católica Chinesa. A China considera ilegal ser membro de uma igrejas ou de um determinado grupo religioso se estes não forem controlados por estas Associações Patrióticas.


Acima, série emitida pela a China em 2002 alusia a esculturas em pedra de Dazu. Scott: 3209/3212. Cada selo com o mesmo valor facial mostra: Avalokitesvara do Sol e da Lua na Serra do Norte (Dinastia Sang); Samantabhadra na Serra do Norte (Dinastia Song); Três Sábios Avatamasaka na Serra Cimeira Santo (Dinastia Song) e Estátuas na Gruta dos Três Imperadores do Gate Stone Mountain.

Abaixo, Avalokitesvara de Mil Mãos na Serra Cimeira Santo.


As mais de 50.000 talhas de pedra no precipícios de Dazu County, Província de Sichuan estão distribuídos em 40 pontos principais no Norte e Cúpula Santo Montanhas e outros lugares. A maioria deles são esculturas budistas, outras taoístas e confucionistas.
As primeiras esculturas datam de 650 d.C. na dinastia Tang. A maioria foram feitas na Dinastia Song e algumas nas dinastias Ming e Qing. O grande grupo de esculturas inclui uma rica variedade de temas e imagens. Além de esculturas de grandes e pequenas de Buda, há esculturas dos palácios, pássaros, animais, paisagens, etc Com acabamento perfeito, grande variedade e características nacionais e populares, as esculturas são representantes distintas  da arte budista chinesa. 


Máximo postal alusivo a série acima com selo referente a Estatuas na Gruta dos Três Imperadores do Gate Stone Mountain (ibid). Carimbo ordinário.

Ao lado, selo alusivo a esculturas em pedra mostrando a deusa Mazu emitido pela China em 1992. Scott: 2414.
Mazu, deusa do mar, originalmente chamado Lin Mo, nasceu em 960 d. C. Há várias histórias sobre sua existência, entre elas, a contada por pescadores de embarcações mercantes. Dizem eles que Mazu ainda está voando sobre o mar, e que a sua presença abençoa e protege os navios dos perigos do mar. Segundo as estatísticas, há 1.561 templos da Mazu em todo o mundo e mais de 150 milhões de pessoas que acreditam nela, vivendo em mais de 20 países e regiões. Mazu tem se tornado um tema abrangente que envolve várias ciências como a religião, história, sociologia, folclore, ideologia e arte.




Sexta série alusiva aos murais de Dunhuang
emitida em 1996. Scott: 2704/2408.

Os selo mostram: Ilustração do monte Wutai; Rei da Khotan; Salvador Avolokitesvara e Adorando Bodhisattvas.

Os murais de Dunhuang, representantes das artes chinesas nos séculos 4 e 13, fornecem materiais preciosos para pesquisa da história da arte budista. Localizadas no extremo oeste do Corredor Hexi em Gansu ocidental, da China, as grutas de Dunhuang, são conhecidas como um "tesouro da arte budista", e como um dos grupos mais antigos e maiores do país, uma chave de unidade de relíquias culturais sob proteção do Estado.
Geralmente referidas como Mogao, as grutas de Dunhuang em um sentido mais amplo inclui a Dunhuang Mogao Grottoes, Xi Qianfodong Grottoes, Yulin Grottoes em Ansi, Qianfodong Grottoes em Shuikouxia.
As Grutas Mogao foram inauguradas no ano dois da Jian Yuan da primeira Dinastia Qin (AD 366), mas as mais antigas foram escavadas durante os reinos de dezesseis Bei Ling (421-439 d. C.), continuando nas dinastias, Wei do Norte (386-534), Wei Ocidental (535-556), Zhou do Norte (557-581), Sui, Tang, Cinco Dinastias e Dez Reinos (907-960), Song, Xia Ocidental (1038-1227) e Yuan.
O número de grutas existentes totalizaram 492, e os murais no interior das grutas cobrem uma área com aproximadamente 45.000 metros quadrados, possuindo 2.400 esculturas em argila retratados principalmente em quatro categoria.
Os murais no período de Wei do Norte, foram desenhadas em linhas arrojadas e vigoroso, que parecia natural e fluente.No entanto, a maioria das linhas já descascadas, e as cores desbotadas, o estilo mural na Dinastia Sui tornou-se suave e viva, com cores ricas e ainda assim suave, A arte mural de Dunhuang atingiu seu clímax durante a Dinastia Tang, quando as linhas se tornou mais espessa e suave, cores mais ricas e sofisticadas. Geralmente, os magníficos murais retratam temas variados. Os do período das Cinco Dinastias e Dez Reinos e da dinastias Song precoce, seguido Tang, são de estilos de arte natural folk, os da Dinastia Yuan, foram pintados com cores escuras e sombrias, e raramente vermelho O estilo do mural molhado em tinta pequena e lavar fez os murais olhar misterioso.


Budismo.

O budismo sob o olhar da religião tem como objetivo nos por em sintonia com a nossa verdadeira natureza, sob o olhar de psicologia, nos proporcionar maior conhecimento e compreensão da mente (psykhe-logos), já como filosofia, enfatizar o amor pelo saber superior (philo-sophia). Em seu sentido mais amplo onde não há crenças, engloba um conjunto de tradições e práticas baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, conhecido mundialmente como Buda( páli/sânscrito, "O Iluminado").
Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos IV e VI a. C., e é reconhecido até hoje por seus adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas ideias para ajudar os homens a alcançarem o fim do sofrimento, alcançando o Nirvana (páli "Nibbana") e escapando do que é olhado como um ciclo de sofrimento do renascimento. Todavia, alguns mestres budistas, ensinam que o Nirvana é uma percepção, e não, um estado, pois nem todas as escolas do budismo crêem em vivendo e aprendendo. Assim, o budismo pode ser divido em dois grandes ramos: Teravada (Escola dos Anciãos ) e Mahaiana (O Grande Veículo). Teravada é o mais antigo ramo do budismo e é muito difundido nas regiões do Siri Lanka e sudeste da Ásia, já o Mahaiana, é muito difundido na Ásia Oriental e inclui, dentro de si, as tradições e escolas Terra Pura, Zen, Budismo de Nitiren, Budismo Tibetano, Tendai e Shingon. Em determinadas classificações, a Vajrauana surge como uma subcategoria de Mahaiana, contudo é reconhecida como um terceiro ramo.
Mesmo que o budismo seja uma prática muito popular na Ásia, os dois ramos são encontrados em todo o mundo. Estatísticas recentes apontam que haja no mundo 230 à 500 milhões de adeptos, o tornando assim a quinta maior religião.
As escolas budistas, de forma significativa, variam a natureza exata no que consiste o caminho da libertação, a importância e canonicidade de vários ensinamentos e, especialmente, suas práticas. Contudo, as bases das tradições e práticas são as Três Jóias

a) O Buda;
b) O Darma (ensinamentos);
c) O Sangha (comunidade).

Obter refugio e proteção nestas três jóias, em geral, é o que distingue um budista de um não-budista. Outras práticas podem incluir a renúncia convencional de vida secular para se tornar um meditado ou um monástico da comunidade e cultivar a plena consciência e sabedoria, estudando as escrituras, com exercícios físicos, devoção e cerimônias, e até mesmo a invocação de Bodisatva.


A vida de Buda.

Narrativa convencional afirma que Buda nasceu em Lumbini, hoje, considerada como patrimônio mundial pela UNESCO, por volta do ano 536 a. C., e cresceu em Kapilavastu, localidades onde hoje está a região do Nepal. Segundo seguimento desta mesma narrativa, logo após o nascimento de Siddhartha, um astrólogo visitou o pai do jovem príncipe, Suddhodana, e profetizou que Siddhartha seria um grande rei e que renunciaria ao mundo material para se tornar um homem santo, se ele, por ventura, visse a vida fora das paredes do palácio.
Contudo, determinado a ver o filho se tornar um grande rei, Suddhodana impediu que Siddhartha saísse do palácio. Mas, aos 29 anos, apesar dos esforços de seu pai, Siddhartha se aventurou por além do palácio diversas vezes. Em uma série de encontros (em locais conhecidos pela cultura budista como "quatro pontos". Ao tomar conhecimento do sofrimento das pessoas comuns, e entre outros fatos, encontrar um homem velho, um outro doente e um ascético, ambos aparentemente contente e em paz com o mundo em que viviam. Essas experiências o levaram progressivamente a abandonar a vida real e ir em busca de uma vida espiritual.
Siddhartha Gautama fez sua primeira tentativa, experimentando práticas ascéticas e quase morreu de fome ao longo do processo. Contudo, após aceitar leite e arroz de uma menina da vila, mudou sua abordagem, concluindo que as práticas extremas, como o jejum prolongado, respiração sem pressa e a exposição à dor lhe trouxeram poucos benefícios, espiritualmente falando. Assim. deduziu que tais práticas são prejudiciais aos seus praticantes. Abandonando o ascetismo, Siddhartha passou a concentrar-se na meditação anapanasati, através da qual descobriu o que hoje os budistas chamam de caminho do meio: caminho que não passa pela luxúria e pelos prazeres sensuais, mas que também não passa pelas práticas de mortificação do corpo.
Segundo uma lenda, aos 35 anos de idade, Siddhartha Gautama sentou sob uma árvore, hoje conhecida como árvore de Bodhi, localizada no Bodh Gaya, na Índia, e prometeu que só sairia dali depois de conseguir a iluminação desejada.
A lenda prossegue aformando que Siddhartha Gautama conheceu a dúvida sobre o sucesso de seus objetivos ao ser confrontado pelo demônio Mara, representado algumas vezes pela cobra naja, que simboliza o mundo das aparências. Ainda segundo a lenda, Mara teria oferecido o nirvana à Siddhartha Gautama, contudo ele percebeu que isso o levaria a se distanciar do mundo e o impediria de transmitir seus ensinamentos adiante. Assim, por volta dos 40 anos de idade, Siddhartha Gautama se tornou no Buda, o iluminado, atraindo um grupo de seguidores, instituindo uma ordem monástica. Passando seus dias ensinando o darma, Siddhartha viajou por toda a parte nordeste do subcontinente indiano, sempre afirmando que não era um deus e que a sua capacidade de se tornar um buda pertencia ao ser humano. Neanderthal faleceu aos 80 anos de idade, em 483 a. C., em Kusinagar, Índia.
Não há uma uniformidade entre os pesquisadores em relação a história e os fatos da vida de Buda. A maioria afirmam que Siddhartha viveu, ensinou e fundou uma ordem monástica, contudo não aceitam de forma consistente os detalhes de sua biografia. Em “O Buda” de Michael Carrithers, “O esboço de uma vida tem que ser verdadeiro: o nascimento, a maturidade, a renúncia, a busca, o despertar e a libertação, o ensino e a morte”.
Karen Armstrong em sua biografia afirma: "É obviamente difícil, portanto, escrever uma biografia de Buda, atendendo aos critérios modernos, porque temos muito pouca informação que pode ser considerado ''histórica''... mas podemos estar razoavelmente confiantes, pois Siddhatta Gautama realmente existiu e os seus discípulos preservam a sua memória, sua vida e seus ensinamentos”.


Conceitos budistas.

Carma: Lei de causa e efeito. (do sânscritoकर्म, tradicional karmam, e em páli, kamma, "ação"). No budismo é a força de samsara manisfestada sobre uma pessoa. Boas ações (páli: kusala), ou ações ruins (páli: akisala) dão origem a "sementes” na mente, que virão a aflorar nesta vida ou em um renascimento subsequente (reencarnação, não confundí-la com a teoria da reencarnação ocidental). Com o objetivo de cultivar as ações positivas, o “sila” é um importante conceito do budismo, normalmente, abordado como "virtude", "boa conduta", "moral" e "preceito".
No budismo, o carma se refere exclusivamente a essas ações (do corpo, fala e mente) que nascem do desejo da mente (páli:cetana) e que geram consequências ou resultados (vipaka). Cada vez que uma pessoa age, há alguma qualidade de intenção em sua mente e essa intenção muitas vezes não é demonstrada pelo seu exterior, mas está em seu interior e este determinará os efeitos dela decorrentes.
O budismo Teravada, aponta que não há salvação divina ou perdão de um carma, uma vez que estes processos são impessoais e fazem parte do Universo. Contudo, outras escolas, como a Maaiana, possuem opiniões diferente. Como exemplo, os textos dos sutras (Sutra de Lótus, Sutra de Angulimala e Sutra do Nirvana), afirmam que ao recitar ou somente ouvir os textos, o individuo terá condições de expurgar seus carmas negativos. Outras escolas, como a Vajrayana, adota o incentivo a prática continua dos mantras como forma de expurgo de um carma negativo.


Renascimento.

É o processo pelo qual os seres humanos passam por uma sucessão de vidas como uma das muitas formas possíveis de senciência. Contudo, o budismo, indiano, não aceita os conceitos de "auto estima” permanente ou "mente imutável", eterna, como no cristianismo e no hinduísmo, pois, no budismo, existe a doutrina do anatta, em relação a não existência de um “eu”, imutável e permanente.
Na doutrina budista, o renascimento em existências subsequentes deve primeiramente ser compreendido como um dinâmico prolongamento, um constante processo de mudança “original dependente” (sânscrito: pratītya-samutpāda), determinado pelas leis de causa e efeito (carma), em vez da noção de um ser encarnado com a finalidade de aspirar com as sucessivas reencarnação uma existência espiritual.


Cosmologia.

A cosmologia budista considera que o Universo é composto por vários sistemas mundiais, sendo que cada um desses possui um ciclo de nascimento, desenvolvimento e declínio que dura bilhões de anos. Num sistema mundial existem seis reinos, que por sua vez incluem vários níveis, num total de trinta e um.
Cada renascimento ocorre dentro de um dos seis reinos, e o conceito pode variar de acordo com as escolas budistas.

a) Seres dos infernos: são os que habitam em um dos muitos infernos. A concepção do inferno budista é diferente da concepção cristã, na medida em que o inferno não é um lugar de permanência eterna nem o renascimento nesse local é o resultado de um castigo divino. Para os budistas, os seres que habitam no inferno libertam-se dele assim que o mau karma que os conduziu ali se esgota. Por outro lado, o budismo considera que exista não apenas infernos quentes, mas também infernos frios.
b) Preta ou mundo dos espíritos ávidos ou fantasmas: Reino em que habitam os seres que padecem de necessidades sem alívio, sofrimento, remorsos, fome, sede, nudez, miséria, doenças entre outros;
c) Animais: Espaço de divisão com os seres humanos, mas considerado como outra vida;
d) Deva: Semelhante ao paraíso da doutrina cristã, ele é composto por vários níveis ou residências. Nos níveis mais próximos do reino humano, vivem seres que, devido à prática de boas ações, levam uma ação harmoniosa. Os níveis situados entre o vigésimo terceiro e o vigésimo sétimo são denominados como "Residências Puras", sendo habitadas por seres que se encontram perto de atingir a iluminação plena e não mais voltarão a renascer como humanos;
e) Asura ou Semideuses: Não aceitos nas escolas Teravada e Maaiana, são variavelmente interpretados como “divindades humildes”, demônios, titãs. Os seus habitantes ali nasceram devido ao resultado de ações positivas realizadas com um sentimento de inveja e competição e vivem em permanente guerra com os deuses.
f) Seres humanos: Reino em que se pode alcançar o renascimento e o nirvana.


Nirvana.

a) É a meta do budismo;
b) É o apagar do fogo das paixões e a extinção do ego;
c) É não necessitar mais reencarnar;
d) É o que todo budista procura por toda sua vida, a paz completa e absoluta;
e) É o que faz do homem comum um buda;
f) É a iluminação;
g) É a extrema paz.

O renascimento em alguns dos céus mais altos, como o Śuddhãvãsa (morada puras), só pode ser alcançados pelos budistas mais qualificados, conhecidos como os não-regressistas (sânscrito: anaãgãmis). Já o renascimento no reino sem forma ( sânscrito: arupa-dhatu) só são alcançados pelos que podem meditar sobre o arupajhanas, maior objeto de meditação.
Segundo o budismo praticado no leste asiático e o tibetano, existe um estado intermediário (o bardo) entre uma vida e a próxima. O Teravada ortodoxa não o aceita, mas há passagens no Samyutta Nikaya do Cânone Páli, que parecem apoiarem à ideia que um estado intermediário foi também ensinado por Buda.


O ciclo de samsara.

Samsara é o ciclo das existências nas quais reinam o sofrimento e a frustração produzidos pela ignorância e pelos conflitos emocionais que dela são oriundos. No samsara estão os três mundos superiores (deva, semideuses e seres humanos) e os três inferiores (seres dos infernos, preta e animais), julgados não por um valor, mas pela intensidade de sofrimento.
Em sua maioria os adeptos do budismo aceitam o samsara. Este, por sua vez, é dirigidos pelas leis do carma: a boa conduta produzirá bom carma, já a má, consequentemente produzirá carma maléfico. Assim como os hindus, os budistas interpretam o samsara não-esclarecido como um estado de sofrimento. Só nos libertaremos do samsara se alcançarmos o estado total de aceitação, visto que os nossos sofrimentos são oriundos dos desejos de coisas passageiras com o intuito de alcançarmos o nirvana ou a salvação.


Escolas.

Ao longo de sua existência, o budismo dividiu-se em diversas escolas, das quais algumas extinguiram-se. Na atualidade, a principal divisão existente é entre a escola Theravada e a Mahayana.
Na atualidade as escolas numericamente mais expressivas são:

a) Nitiren: Escolas budistas com organizações locais, cuja tradição se iniciou no século XII, no Japão, com o monge Nitiren;
b) Theravada: Estabelecida no sudeste asiático;
c) As escolas tântricas do Budismo tibetano (Nyingma, Kagyu, Gelung e Sakya): Fazem parte da Mahayana;
d) Zen Japonesa e Chan chinesa: Escolas com grande ênfase na meditação. Alguns estudiosos consideram estas escolas como uma linhagem Mahayana. Outros, no entanto, dizem que, pela ênfase ser diferente e pelo Zen/Chan ser "descendente" também do taoísmo, devem ser consideradas uma escola à parte;
e) as escolas japonesas devocionais da Terra Pura (Jodo Shu) e Verdadeira Terra Pura (Jodo Shinshu): Todas Mahayana.


Vista parcial do Templo do Cavalo Branco em
Louyang, com destaque para imagens budistas.


Causas e soluções do sofrimento.

De acordo com o Cânone Páli, As Quatro Nobres Verdades foram os primeiros ensinamentos deixados por Siddhartha Gautama depois de ter atingido o nirvana. Este, por vezes, é considerado como a essência de seus ensinamentos e se apresentada na forma de um diagnóstico médico:

a) A vida no modelo que a conhecemos e vivemos consequentemente nos levará ao sofrimento ou ao mal-estar ( Sukha), de uma forma ou de outra;
b) Nossos sofrimentos são causados pro nossos desejos. Isto é muitas vezes, expressado como um engano fixado a um determinado sentimento de existência, a individualidade, ou para coisas ou fenômenos que consideramos causadores da felicidade e infelicidade. Nossos desejos, sem dúvidas, possui um aspecto negativo;
c) Nossos sofrimentos terminaram quando por ventura terminarem nossos desejos. Isto se dará por meio da eliminação de nossas ilusões. Portanto, quando alcançarmos um estado de iluminação do iluminado (bodhi);
d)Este estado de iluminação só será alcançado por meio dos caminhos ensinados por Buda.

Tal método é descrito por vários acadêmicos ocidentais e ensinados como uma introdução ao budismo por alguns professores contemporâneos do Maaiana, como exemplo o Dalai Lama.
De acordo com outras interpretações de mestres budistas e eruditos, e reconhecidos por vários estudiosos ocidentais não adeptos do budismo, as verdades não representam meras declarações ou indicações, todavia, estas podem ser agrupadas em dois grupos distintos:

a) O sofrimento e as causas do sofrimento;
B) O fim do sofrimento e os caminhos para se alcançar a libertação.

Na Enciclopédia Macmillan de Budismo, podemos ver simplificada As Quatro Nobres Verdades:

a) "A Verdade Nobre Que Está Sofrendo";
b) "A Verdade Nobre Que É O Surgimento do Sofrimento";
c) "A Verdade Nobre Que É O Fim do Sofrimento";
d) "A Verdade Nobre Que Produz o Fim do Caminho de Sofrimento".

O entendimento conservador do Travada em relação As quatro Nobres Verdades é que estas são um ensino avançado para os que já estão prontos. Já no ponto de vista dos Maaiana é que eles são ensinamentos prejudiciais para as pessoas que ainda não estão prontos para ensinar. No Extremo Oriente, os ensinamentos ainda são puco conhecidos.



Macau - China. Bloco alusivo a Cavernas do buda.


O Nobre Caminho Ótuplo.

O Nobre Caminho Ótuplo Ou A Quarta Nobre Verdade do Buda, é o cominho para o fim do sofrimento (dukkha). Possui oito seções, cada uma iniciando com a palavra samyak (que em sânscrito significa “corretamente” e “devidamente”), e são apresentadas em três grupos distintos:

Prajna: Sabedoria que purifica a mente e permite que esta atinja a visão espiritual da natureza de todas as coisas.


Ela engloba:

a) drsti (ditthi): Ver a realidade como ela é, não somente como ela aparece ser;
b) samkalpa (sankappa): A intenção de renúncia, de liberdade e inofensividade.


Sila: Ética ou moral, a abstenção dos atos nocivos.


Ela engloba:

a) vãc (vãca): Comentando de forma verdadeira e não ofensiva;
b) karman (kammanta): agir de uma maneira não-prejudicial;
c) ājīvana (ājīva): O meio de vida deve seguir todos os preceitos citados anteriormente.

Samadhi: Disciplina mental necessária para desenvolver o domínio sobre a própria mente. Isso se dá através de práticas, incluindo, a meditação.


Ela engloba:

a) vyāyāma vyāyāma (vāyāma): Fazer um esforço para melhorar;
b) smṛti (sati): A consciência de ver as coisas como elas estão com a consciência clara, consciente da realidade presente dentro de si mesmo, sem qualquer desejo ou aversão;
c) samādhi (samādhi): meditação correta ou concentração.


Sua prática é compreendida de duas formas:

a) Desenvolvimento simultâneo dos oito itens paralelamente;
b) Série progressiva pela qual o praticante se move, ao conquistar um estágio.

Entretanto, os quatro nikãyas principais e o Caminho Ótuplo, geralmente, não são ensinado para os leigos e são pouco conhecidos no Extremo Oriente.


Caminho do Meio.

O Caminho do Meio é um importante princípio orientador da prática budista o qual diz ter sido descoberto pelo Buda, antes de sua iluminação.


Definições:

a) Prática de não-extremismo: um caminho de moderação e distância entre a auto indulgência e a morte;
b) Uma explicação do nirvana (perfeita iluminação), um estado no qual fica claro que todas as dualidades aparentes no mundo são ilusórias;
c) Outros termos para o sunyata, a última natureza de todos os fenômenos (na escola Maaiana).


Forma de apresentação das coisas.

Vários pesquisadores sobre o budismo vem elaborando uma infinidade de teorias filosóficas e conceitos sobre a visão do mundo sobre a filosofia budista, abhidharma e a realidade no budismo. Contudo, algumas escolas budista desencorajam os estudos doutrinários, outras, os consideram essenciais para algumas pessoas em determinada fases do budismo.
Nos primeiros ensinamentos budistas,de determinada forma, compartilhado por todas as escolas existentes, o conceito de libertação (nirvana) está intimamente ligado com a correta compreensão de como a mente lida com o estresse. Ao termos conhecimento sobre o apego, um sentimento de desapego é gerado e se é liberado do sofrimento (dukkha) e do ciclo de renascimento (samsara). Para esse efeito, o Buda recomendou ver as coisas através das três marcas da existência.


Impermanência, sofrimento e a não existência do eu.

Anicca: Uma das três marcas da existência. A palavra refere ao conceito budista de que todas as coisas são compostas ou são fenômenos condicionados, sendo estes, inconstantes, instáveis e impermanentes.
Tudo que temos a oportunidade de experimentar por meio dos sentidos é composto de peças e sua existência depende das condições externas. Tudo está em constante movimento e, assim, incessantemente as condições e coisas em si estão mudando. As coisas estão vindo sempre a ser e deixar de ser. Como nada dura, não há nenhuma natureza inerente ou fixada em qualquer objeto ou experiência.
De acordo com a doutrina da impermanência, o ser humano, ao que consiste a vida ou a existência, incorpora esse fluxo no processo de envelhecimento, no que diz respeito ao ciclo de renascimento e em qualquer existência de perda. A doutrina budista também aponta que, pelo fato de tudo ser passageiro, é inútil se fixar nelas, o apego a elas, nos leva ao sofrimento (Sukha).

Dukkha ou sofrimento (pāli दुक्ख; sanskritदुः ख duḥkha é um dos principais conceito do budismo.

A expressão pode ser traduzida em variadas formas, entre elas, sofrimento, dor, insatisfação, tristeza, angústia, ansiedade, desconforto, estresse, infelicidade e frustração. Mesmo assim, algumas vezes dukkha é traduzido com sofrimento, e semelhante a inquietação ao que consiste em seu significado filosófico. Devido a condição de ser uma expressão perturbadora, e englobar em uma única palavra vários significados, determinadas literaturas preferem não traduzir o verbete, como é o caso da literatura inglesa.
Anatta, ou anatmam: Expressão que refere-se à noção da não existência do eu. Depois de uma profunda investigação, nota-se que nada é realmente eu ou simplesmente meu. Tais conceitos, são na realidade, frutos de nossa mente. O nikayas, no anatta, não é compreendido como uma afirmação metafisica, mas como uma forma de aproximação para se obter sofrimento. Buda, rejeitou estes conceitos, apontando que eles nos põe em sintonia o tempo todo com o sofrimento.


Originação dependente.

A doutrina do pratītyasamutpāda é uma parte importante da metafísica budista. Ela aponta que os fenômenos surgem juntos em uma teia interdependente de causa e efeito. O verbete é alternadamente traduzido como "orientação dependente", "origem adequada”, "co-dependente decorrentes" ou "emergência".
O conceito mais conhecido e aplicado do pratītyasamutpāda é o regime dos Doze Nidãnas (do páli: nidãna, que significa provocar, fonte e origem), que explicam a continuidade do ciclo de sofrimento e renascimento em detalhes. Os Doze Nidãnas descreve uma relação entre as características subsequentes, cada uma dando origem ao nível seguinte:

a) Aviyã: ignorância exclusivamente espiritual;
b) Saṃskāras: formações;
c) Vijñāna: consciência;
d) Nāmarūpa: nome e forma, refere-se à mente e ao corpo.
e) Ṣaḍāyatana: suas bases do sentidos (olhos, nariz, ouvidos, língua, corpo e mente);
f) Sparśa: contato (traduzido, também, como "impressão" ou "estimulo" por um objeto);
g) Vedanā: sensação, traduzida como algo "desagradável", "agradável" ou neutro;
h) Tṛṣṇā: sede, mas, no budismo, refere-se ao desejo;
i) Upādāna: apego ou apreensão;
j) Bhava: ser (existência) ou se tornar (no Teravada possui dois significados: o carma, que produz uma nova existência, e a existência em si);
k) Bhava: ser (existência) ou se tornar (no Teravada possui dois significados: o carma, que produz uma nova existência, e a existência em si);
l) Jarāmaraṇa: velhice e morte. Também traduzida como tristeza, lamentação, dor e miséria.


Vazio.

O budismo Maaiana foi criado tendo como princípio as teorias de Nagarjuna, provavelmente o estudioso mais influente dentro das tradições da escola budista. A principal contribuição do filosofo budista foi a exposição sistemática do conceito de sunyata, ou "vazio", comprovada amplamente nos sutras, como Prajnaparamita, muito importante na época.
A ideia de “vazio” agrupa as outras essenciais doutrinas budistas, particularmente a anatta e a pratītyasamutpāda (orientação dependente), com o intuito de contestar a metafísica da Sarvastivada e Sautrãntika (não extinta da escola Maaiana. Segundo Nagarjuna, não somente os seres sencientes que estão vazios de atman, mas todos os fenômenos (dharmas), são, sem qualquer svabhava (exatamente “própria natureza” ou “auto natureza”) e, assim, sem nenhuma essência principal, pois eles são vazios de ser livres de qualquer sujeição, por isso, as teorias heterodoxas de Svabhava, manifestada na ocasião, foram desmentidas tendo como base as outras doutrinas budistas.
As ideias de Nagarjuna são conhecidas como Madhyamaka. Alguns dos escritos atribuídos a Nagarjuna fazem menções claras aos textos de Maaiana, mas sua filosofia foi elaborada dentro dos "parênteses" estabelecidos pela ágama. Ele pode ter chegado à sua posição a partir de um desejo de alcançar uma exegese coerente da doutrina budista, tal como o Canon. Aos olhos de Naharjuna, o Buda não foi somente um precursor, mas o próprio fundador do sistema Madhyamaka.
Os ensinamentos sarvastivada, que foram criticados por Nagarjuna, foram reescritos por estudiosos como Vasubandhu e Asanga, e algum tempo depois, foram adaptados para a prática do Yoga (sânscrito: Yogacara). Enquanto a escola Madhyamaka declarou que afirmar a existência ou a inexistência de qualquer coisa, em última análise, era inadequado, contudo, alguns expoentes da Yogacara afirmaram que a mente, e só a mente, é real (doutrina conhecida como consciência). Entretanto, nem todos dentro do Yogacara consideram essa afirmação; Vasubandhu e Asanga, em particular, são um exemplo. Além do vazio, a escola Maaiana, muitas vezes, dá ênfase nas noções de discernimento espiritual pleno (prajnaparamita) e na natureza búdica tathagatagarbha, que significa "embrião budista"). Conforme o sutras de tathagatagarbha, o Buda revelou a realidade da imortal natureza budista, que se diz ser inerente a todos os seres vivos e permite que todos eles, eventualmente, atinjam a iluminação completa, ou seja, tornando-se Buda.

Abaixo, série contendo quatro valores e FDC não circulaco com bloco e carimbo emitidos pela China em 1993. Ambos alusivos as grutas de Longmen.



As grutas e nichos de Longmen possuem a maior e mais impressionante de arte chinesa da dinastia do Norte, Wei e Tang (316-907 ). Estas obras, totalmente dedicadas à religião budista, representam o ponto alto da escultura chinesa em pedra.


O budismo na China.

Relatos tradicionais apontam que o budismo foi introduzido na China pelo o imperador Ming de Han em 250-220 d. C., (segundo imperador da dinastia Han do leste). O relato prossegue apontando que este imperador depois de ter um sonho no qual viu um ser voador dourado, interpretado por seus conselheiros como uma visão do Buda. Ordenou a Cai Yin e mais 17 emissários que fossem enviados à outros países a oeste da China (Índia e Asia Central) para obter informações sobre a doutrina de Buda. Por fim, as escrituras budistas teriam sido trazidas à China, sobre o lombo de cavalos brancos, por Dharmarakṣa e Kaśyapa Mātaṅga, dois grandes monges indianos. Então o imperador ordenou a construção do primeiro templo budista da China, o monastério Baima (Chinês: Cavalo Branco), na atual cidade de Luoyang, província de Henan. Os monges levaram para a China 42 sutras do budismo hindu contendo 600.000 palavras em sânscrito.Contudo, independentemente da tradição, o budismo só se espalhou na China nos séculos V e VI com o apoio da dinastia Wei e Tang. Período em que as escolas budistas oriundas da índia foram sendo estabelecidas na China ao mesmo tempo em que foram sendo criadas as escolas próprias chinesas.


Elaborado por: Lúcio Carvalho.


Bibliografia.

BARBEIRO, Heródoto. Buda: o mito e a realidade. São Paulo - Madras, 2005.
Diário de Notícias - Lisboa - Portugal - 12/11/2010.
Revista Nova Escola - Março de 2008.
Sites de comerciantes filatélico.
Wikipédia, a enciclopédia livre.
www.algosobre.com.br/.../deng-xiaoping.html
artechina.blogspot.com/2008/.../formas-cermica.html


6 comentários:

  1. Sr: José Lúcio.

    Visitei seu blog, e gostei muito.
    Retornarei sempre para aprender um pouco mais.

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  2. Olá Lúcio Carvalho.

    Tenho 17 anos, filatelista iniciante e descobri seu blog através do informativo da Filatélica 77.

    Parabêns pela qualidade de seus artigos.

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  3. Oi Vânia.

    Obrigado por sua mensagem.
    Retorne sempre.

    Um abraço filatélico.

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  4. Olá Lúcio Carvalho.

    Tenho 23 anos e sou filatelista iniciante. Descobri seu blog navegando pela Net.
    Gostei muito dos artigos nele publicado, este em especial.
    Vou visitá-lo sempre que for possível.

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Um abraço.

Lúcio Carvalho.