quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pinguins, aves marinha muito charmosas.


Principais características.


Ao lado, selo de uma série contendo seis valores emitida em 1956 pelo Território Antártico Frances. Yvert: 2. Novo s/ goma.
Também chamados de pássaros-bobos, os pinguins são aves Spheniscidae, não voadoras, característica do hemisfério Sul, em especial na Antártica e ilhas dos mares austrais, chegado à Terra do Fogo, Ilhas Malvinas e Africa do Sul, entre outros. Contudo, apesar da maior diversidade de pinguins se encontrar na Antártida e regiões polares, há também espécies que vivem nos trópicos como por exemplo nas Ilhas Galápagos.
A maioria dos pingüins tem o peito branco e o dorso e a cabeça negros. Devido ao fato de suas patas estarem colocadas muito para trás, as aves assumem uma posição ereta quando estão em terra. Em cada pata há quatro dedos, três dos quais unidos por uma membrana. A plumagem é densa, lisa e gordurosa, sabem também escapar depressa de seus principais inimigos, como os tubarões, baleias e, sobretudo, as focas-leopardo. Em media, pesam de 15 a 35 kg e podem viver entre 30 e 35 anos.
Há 18 espécies conhecidas, sendo que quatro delas se deslocam até as regiões subtropicais e as outras permanecem nas áreas mais geladas no hemisfério sul, especialmente nas faixas das regiões polares e subpolares.
O Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) é uma espécie é muito vista no litoral do Rio de Janeiro, indo até Cabo Frio. É a espécie mais comum de nossos zoológicos e nas praias do litoral sul.
O Pinguim-africano (Spheniscus demersus) é o representante da espécie mais comum de pingüins, adaptados aos climas mais temperados, parte da África como a Angola.
O Pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antípodes) habitam as ilhas ao sul da Nova Zelândia. Embora conhecido como "grão-pingüim", tem dimensões médias (75 cm).
O Pinguim-de-barbichas. (Pygoscelis antárctica). O nome é em função de uma faixa preta que possuem no queixo. Quando em perigo ele foge sempre para a terra, mesmo que este venha daí, e busca os pontos mais altos do terreno. Quando pressente que seus dias estão chegando ao fim, ele atinge o máximo de lugares altos como colinas, onde ficarão aguardando até morrerem. Seu habitat preferido fica na Geórgia do Sul, na Antártida.

Ao lado, Ross Dependente-Pingüim Imperador. Selo emitido em 1995. Yvert: 37 NN.
Tanto o Pinguim-Imperador (Aptenodytes forsteri) como o Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus) incubam o ovo com os pés, obertos por uma dobra de pele entre as pernas, e as crias permanecem sob estas dobras protetoras por um breve tempo, apenas o suficiente para que consigam regular sua temperatura corporal. Ambos caracterizam-se por apresentar grandes manchas alaranjadas ou amarelas nos lados do pescoço.
O Pinguim-imperador é considerado como sendo o maior entre todas as espécies, podendo alcançar uma altura superior a 1,2 metros. Se acasalam entre os meses de Julho e Setembro, sob forte tormenta de neve, ventos gelados e temperatura de mais de 50 graus abaixo de zero. A fêmea do pingui-imperador depois de por o ovo, o deixa sob a proteção do macho, vai para o mar e só retorna na primavera.,
O pingüim-rei (Aptenodytes patagonica), chega a medir entre 90 cm e 1 m, reproduzem-se no verão polar (de Outubro a Março).


Envelope Olho-de-Boi não circulado, emitido pela E.C.T. Selos triplo alusivos a série Ano Polar Internacional. Dois carimbos comemorativo e de 1º dia da Estação Antártica Comandante Ferraz com data de 13/03/2007. Um dos selos figurando o Pinguim-Imperador.


Reprodução e acasalamento.


Ao lado, Ilhas Malvinas. Argentina. Selo de uma série contendo quatro valores emitida em 1994. Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua). Yvert: 1850.
Em certa época do ano, os pingüins dirigem-se à terra (plataforma de rocha ou gelo), para depositarem os ovos. A fêmea deposita um ovo, raramente dois. A forma do ninho varia, segundo a espécie, alguns cavam uma pequena fossa, outros constroem os ninhos com pedras e há os que colocam o ovo sobre as pregas da pele sobre os pés. Entre os casais de pingüins, a fidelidade é uma característica marcante, o divórcio acontece somente em 25% dos casos, em geral, a causa da separação normalmente é em consequência da má reprodução.
Ao mesmo tempo que proclamam a sua espécie, as aves necessitam de dar a conhecer o seu sexo. O pinguim macho possui um jeito particularmente e encantador de descobrir o que lhe interessa saber sobre os seus uniformizados e elegantes companheiros. Apanhando um seixo com o bico, ele dirige-se a um outro que esteja parado sozinho e deposita-o solenemente no solo defronte. Se receber uma bicada raivosa e observar um movimento agressivo, saberá que cometeu um erro: trata-se de um outro macho! Se o presente for recebido com total indiferença, ele compreenderá que encontrou uma fêmea ainda não preparada para o acasalamento ou já comprometida com um outro macho. Nisso, ele apanha o presente rejeitado e continua a sua busca. Contudo, se a estranha aceita a oferta efetuando uma profunda reverência, ele encontrou a sua companheira. Faz outra reverência em resposta, e juntos, esticam o pescoço celebrando a união com um coro nupcial.


Alimentação.

Todos são ativos e rápidos para alcançar suas presas, o bico é robusto e comprido, adaptado a apanhar e reter crustáceos, moluscos, peixinhos, sépias e outros animais marinhos de pequeno porte, os quais constituem sua alimentação preferida.
A alimentação dos pinguins dos gêneros Aptenodytes, Megadyptes, Eudyptula e Spheniscus consiste principalmente em peixes. O gênero Pygoscelis fundamentalmente de plâncton. A dieta do gênero Eudyptes é pouco conhecida, mas acredita-se que também se alimentam de plâncton. Em todos os casos a dieta é complementada com cefalópodes além de plâncton.


Adaptação.

Registros fósseis demostram que os primeiros pinguins apareceram no Eoceno, e hoje, estão muito bem adaptados à vida marinha. As asas vestigiais, recobertas por nadadeiras com plumagem densa, lisa e gordurosa o que torna o corpo impermeável, são inúteis para vôo, contudo, na água são muito ágeis. Na terra, os pinguins usam a cauda e asas para manter o equilíbrio na postura ereta.
Todas as espécies possuem uma coloração por contraste com o objetivo de camuflagem, vistos pelo ventre, a cor branca confunde-se com a superfície refletiva da água, vistos pelo dorso, a plumagem escura os tornam menos visíveis na água.


Chile. Antártica chilena. Bloco alusivos aos
pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae).
Yvert. 46.

Mesmo dormindo, estes simpáticos animais realizam todas as funções vitais. Sempre reunidos em grupos numerosos, quando no mar, fazem muito barulho. Flutuam facilmente graças a grande quantidade de gordura e nadam com rapidez, usando apenas as nadadeiras, servindo as patas como leme. São muito especializados para o mergulho; suas asas rígidas assemelham-se às de outros vertebrados nadadores. São capazes de deslocar-se a uma velocidade de 40 km/h. Costumam passar a maior parte do tempo na água, nadando com a ajuda das asas. Algumas espécies, principalmente a da Patagônia.
As aves possuem uma camada isolante que ajudam a conservar o calor corporal na água gelada antártica. Entre todas as espécies, o Pinguim Imperador possui a maior massa corporal, o que reduz ainda mais a área relativa e a perda de calor. As espécies também são capazes de controlar o fluxo de sangue para as extremidades, reduzindo a quantidade de sangue que esfria mas evitando as extremidades de congelar. Frequentemente eles agrupam-se para conservar o calor e fazem rotação de posições para que cada pinguim disponha de um tempo no centro do bolsão de calor.
Eles podem ingerir água salgada porque as glândulas supra orbitais filtram o excesso de sal da corrente sanguínea. O sal é excretado em um fluido concentrado pelas passagens nasais.


Mansinhos.

Mansos, só agridem o homem quando ele se aproxima demais do lugar onde foram postos os ovos e onde são criados os filhotes. Todos são muito divertidos, simpáticos e curiosos. Se capturados ainda jovens, são facilmente domesticados, podendo até afeiçoar-se a quem os trata.


Geórgia do Sul e Ilhas Sandwich do Sul.
Série emitida em 1993.
Yvert 231/234.


Gestação e filhotes.

O período de incubação dura em média de 5 a 6 semanas. Exceto o Pinguim Imperador, os pais se revezam na busca do alimento, para que o ovo nunca fique abandonado. Nas primeiras semanas de vida, o pingüim comerá alimentos que os pais já digeriram e ficará sobre a guarda permanente de um ou outro, protegido dos demais pingüins e aves como a gaivota. Quando adquire o tamanho do pai, a penugem é substituída por penas, sinal que é tempo de aprender a nadar, e é tempo de abandonar o local e voltar ao mar, onde permanecerão (por vários meses) até recomeçar o ciclo.
Há espécies de pinguins cujos pares reprodutores acasalam para toda a vida enquanto que outros fazem-no apenas durante uma época de reprodução.


Classificação.

. Reino: Animal;
. Sub-reino: Metazoa (metazoários);
. Filo: Chordata (cordados);
. Subfilo: Vertebrata (vertebrados);
. Classe: Aves;
. Ordem: Sphenisciformes (esfenisciformes).

Gêneros.

Aptenodytes:

. Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri);
. Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus);
. Pinguim-de-ridgen ( Aptenodytes rideni (fóssil).


Pygoscelis:

. Pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae);
. Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua);
. Pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antárctica).


Eudyptes:

. Pinguim-saltador-da-rocha (Eudyptes chrysocome);
. Pinguim-macaroni (Eudyptes robustus);
. Pinguim-das-snares (Eudyptes robustus);
. Pinguim-de-fiordland (Eudyptes pachyhynchus);
. Pinguim-real (Eudyptes schlegeli);
. Eudyptes sclateri.


Spheniscus:

. Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus);
. Pinguim-das-galápagos ( Spheniscus mendiculus);
. Pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti);
. Pinguim-africano (Spheniscus demersus).


Eudyptula:

. Pinguim-azul (Eudyptula minor);
. Pinguim-azul-do-norte (Eudyptula albosignata);
. Pinguim-de-barbatanas-brancas (Eudyptula albosignata albosignata?).


Megadyptes:

. Pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antípodes);
. Pinguim-waitaha (Megadyptes waitaha).


Gêneros extintos:

. Anthropodyptes;
. Archaeospheniscus;
. Chubutodyptes;
. Pachydyptes;
. Palaeeudyptes;
. Palaeospheniscus;
. Paraptenodytes;
. Pseudaptenodytes.


Espécies:

. Pinguim-imperador;
. Pinguim-saltador-da-rocha
. Pinguim-de-Magalhães;
. Pinguim-azul.

Elaborado por: Lúcio Carvalho.