sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Face crítica à civilização grega.

Não há como negar que a realização grega foi sem dúvidas uma das mais notáveis da história clássica. Sem possuírem grandes extensões territoriais, solo fértil entre outros recursos, os gregos conseguiram desenvolver um civilização com aspectos variados que a de qualquer outra oriental. Contando somente com uma limitada herança cultural, eles conseguiram alcançar um número culminante de intelectuais e artistas que desde então vêm sendo espelho para as inspirações humana na busca de perfeição, beleza e sabedoria.
Nos parece simples concluir que os gregos organizaram suas vidas de forma razoável e altamente racional que a de qualquer outras que se sucederam na história das civilizações. A inexistência de conflitos violentos, exceto no período mais antigo de sua história; a realidade de não haver crimes violentos; a satisfação obtida através do entretenimento modesto e uma riqueza simples, além destes aspectos, a sadia atitude moral de sua civilização, foram sem dúvidas, o modelo de vida feliz e satisfatória que os ajudaram a manterem totalmente libertos da instabilidade nervosa, políticas, sociais e conflitosas as quais fizeram e continuam a fazer estragos na sociedade moderna.
Contudo, devemos ter cautela, em nos color-mos como defensores em relação a determinadas concepções sem qualquer base crítica que muita vezes são colocadas verdadeiras acerca das civilizações grega. Não devemos concluir que todos os gregos fossem cultos, sensato e livres quando aos de Atenas ou os das cidades jônias do outro lado do Egeu. A civilização espartana, árcades, tessálios e provavelmente a maioria dos beócios, sempre foram incultos, e se assim podemos dizer, atrasados, em toda a sua história. Além destes aspectos, a própria civilização ateniense não era totalmente isenta de qualquer defeito. Ela permitia determinada exploração dos mais fracos, principalmente dos escravos ignorantes. Baseado-se no principio de exclusivismo racial que considerava estrangeiros os cidadães que não possuíssem pais ateniense, negavam os direitos políticos e sociais à maioria dos cidadães enquadrados neste aspecto.


Selo emitido pela Grécia em 1956, mostrando a efígie de Aristóteles, filósofo considerado o pai da Zoologia (384-322 a.C.).


Textos históricos afirmam que os estadistas gregos, não foram sábios suficiente para evitarem as artimanhas do imperialismo e da guerra de agressão. Que suas atitudes imperialistas, nem sempre eram justas e tolerantes. Como a exemplo; Sócrates foi condenado à morte e Anaxágoras e Protágoras foram exilados devido suas opiniões, contrárias aos imperialistas.
Nenhum historiador ou estudioso da clássica cultura grega, poderá afirmar que ela possuísse a magnitude que normalmente se supõe. Não há como aceitar a opinião de Shelley ao afirmar: “Todos somos gregos: nossas leis, nossa literatura, nossa religião, nossa arte têm raízes na Grécia”.


Mini-folhinha não catalogada contendo três valores emitida pela Coreia do Norte em 1983: 500th Birthday of Raphael; os selos mostram pinturas de Rafael, um deles com a obra “A Escola de Atenas” .


Na realidade, nossas leis, não possuem raízes na Grécia, e sim, nas civilizações helenistas e romana. A maioria de nossas poesias, são oriundas da inspiração grega, contudo, tal não é o grosso das tradições literárias em prosas. Nossa religião com certeza não é de origem grega, o cristianismo é oriundo do Oriente, e mais recentemente outras correntes de origem africana e orientais como o budismo e o islamismo estão se mesclando. Nossa arte, obtiveram conteúdo tanto de Roma como da Grécia. Na realidade, a civilização moderna é o fruto da convergência de um grande número de influencias oriundas de variadas fontes expiradoras. Os germanos e os romanos, parcialmente suprimiram a influência grega. A  filosofia grega, talvez seja o único segmento da civilização grega que se incorporou intacto à cultura moderna.


Elaborado por: Lúcio Carvalho.


Bibliografia.

Edward Mcnall Burns. História da civilização ocidental. Editora Globo. Porto Alegre. Brasil. 1973.
Wikipédia, a enciclopédia livre.






2 comentários:

  1. Narcisa Brito Soares. São Paulo. SP.8 de fevereiro de 2011 às 00:56

    Lúcio.

    Parabêns pela qualidade de seu blog.
    Tornarei a visitá-lo sempre que me for possível.

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Um abraço.

Lúcio Carvalho.