terça-feira, 11 de maio de 2010

O Pantanal Mato-Grossense visto através da filatelia.

    
Brasil. Aerograma internacional não circulado alusivo
ao Pantanal Mato-Grossense emitido pela E.T.C em 05/06/1984.


Introdução.

     Ao contrário do que o nome sugere, o território que compreende o bioma do Pantanal Mato-Grossense não é um pântano, mas corresponde a uma ampla savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil quilômetros quadrado de extensão, altitude média de cem metros, englobando o sudeste do Mato Grosso, oeste do Mato Grosso do Sul, e parte do norte do Paraguai e leste da Bolívia. Nestes países, o pantanal faz parte da planície do Chaco boliviano.
     A UNESCO (Organizações das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) reconheceu, no ano de 2000, a área do pantanal como Reserva da Biosfera e o Parque Nacional do Pantanal como Patrimônio da Humanidade.
     O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, apresenta áreas que freqëntemente estão sujeitas ao alto índice pluviométrico (quantidade de chuvas), dos rios que o atravessam, como o rio Paraguai e seus afluentes, as quais, fertilizam o solo com camadas de lama humífera (húmus), compostos de restos de animais e vegetais mesclados à areia.
     Isso ocorre devido a região apresentar baixa declividade, e consequentemente, a drenagem dos rios é lenta, causando inundações no período das chuvas.
      Esse sistema de cheias deu origem a ambientes variados; há áreas que permanecem sempre alagadas, outras que alagam apenas nos período de chuvas e outras que nunca se alagam.
     As inundações anuais e a baixa fertilidade dos solos são as causas principais do Pantanal ainda permanecer praticamente intacto. Tais características naturais impediram em parte a ocupação humana, o avanço da fronteira agrícola e o uso intenso dos solos. Entretanto, mesmo estando bem conservado, ainda sofre constantes ameaças. Entre elas, a maior parte está relacionada ao desmatamento do Cerrado.
     Incêndios, a ocupação humana e a atividade pecuária representam graves ameaças ao pantanal devido a conversão de florestas em pastagens.


Parques Nacionais - Prevenção a Incêndios Florestais.
Categoria: Comemorativos.
Tamanduá Labareda, Flor, Folha, Tronco de Árvore Calcinado.
Série aromática.
RHM: 2203/2206.



      Estudo da Conservação Internacional sobre o desmatamento na Bacia do Alto Paraguai, realizado em 2006, alerta para o risco de desaparecimento da vegetação original do Pantanal nos próximos 45 anos.
     Devido a sua conservação, a rica biodiversidade e as características particulares, o Pantanal é considerado uma das 37 últimas Grandes Regiões Naturais da Terra (wilderness), as quais apresentam alta diversidade biológica, grandes extensões e baixa densidade populacional humana.


2004. Brasil. Quadra. Guará. Eudocimus ruber.
Categoria: Comemorativos.
CBC: Cubatão - SP. 20/02/2004.
RHM: 2563.

 
Divisões:

      Pantanal Sul ou Pantanal Maior (em Mato Grosso do Sul), por possuir a maior área,
      Pantanal Norte ou Pantan 124.457.145.22 al Amazônico (em Mato Grosso), na Amazônia Legal.
     O nome complexo vem do fato de a região se dividir em duas regiões e possuir mais de um Pantanal dentro de si (sete no total).


1984. Brasil. Série Pantanal Mato-Grossense.
Categoria: Comemorativos.
Cervo do Pantanal;
Onça Pintada;
 Jacaré;
Guará;
 Tuiuú;
 Capivaras;
  Outras aves.
RHM: 1395/1397.
Mint.

 
Origem:

     Sua origem resultou da separação oceânica ocorrida há milhões de anos atrás. A existência no local de animais de origem marinha comprovam este fato e formam o que podemos denominar de mar interior.

 
Princípios gerais:

     Por possuir uma das maiores extensões seca do planeta, está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai e uma área de 1.0 km², com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. O pantanal é uma planície pluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza o qual é influenciada por quatro grandes biomas; a Amazônia, o Cerrado, o Chaco e a Mata Atlântica.
     Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região. Na verdade, é uma imensa planície, dividida em dez sub-regiões distintas no Brasil, chamadas de pantanais:

Cáceres, no noroeste;
Poconé, no norte;
Barão de Melgaço, no nordeste;
Paraguai, no oeste;
Paiaguás ou Taquari, no centro
Nhecolândia, também no centro;
Aboboral, no centro-sul;
Aquidauana, no leste;
Miranda, no sudeste;
Nabileque, no sul.

Rios:

      Paraguai e seus afluentes: Percorrendo o Pantanal, forma extensas áreas inundadas as quais servem de habitat para muitos peixes e as margens para outros animais.
     Vários animais ameaçados de extinção em outras áreas do território brasileiro, ainda possuem populações vigentes na região.
     Por motivo da baixa declividade da planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que cai nas cabeceiras do rio Paraguai, chega a levar quatro meses ou mais para atravessar toda a extenção pantaneira.
     Os principais rios do Pantanal nascem nos planaltos e nas chapadas do domínio vizinho e sofre profundos problemas ambientais relacionados à produção agrícola.
     Pertencentes à Bacia do Rio Paraguai, os principais são os rios Aquidauana, Apa, Cuiabá, Miranda, Piquiri, São Lourenço e Taquari.
     Nos campos extensos cobertos principalmente por gramíneas e vegetação de cerrado, a água existente na superfície chega a escassear, restringindo-se aos rios perenes, com leito definido, a grandes lagoas próximas a esses rios, chamadas de baías, e a algumas lagoas menores e banhados em áreas mais baixas da planície. Em geral, para garantir o fornecimento às moradias e bebedouros de animais domésticos, em muitos locais, torna-se necessário recorrer a águas subterrâneas, do lençol freático ou aquíferos, utilizando se bombas manuais ou tocadas por moinhos de vento.

 
Ecossistemas:

     Evidencia por cerrados e cerradões sem periódicos alagamento, campos inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra, rios, vazantes e corixos.


Clima:

     Constituído por um clima quente e úmido no verão e relativamente mais frio no inverno. Durante o ano todo continua a apresentar grande umidade do ar devido à evapotranspiração associada à água acumulada no solo no horizonte das raízes no período de cheia. A maior parte dos solos do Pantanal é arenosa e suporta pastagens nativas utilizadas pelos herbívoros nativos e pelo gado bovino, introduzido pelos colonizadores da região. Uma parcela pequena da pastagem original foi substituída por forrageiras exóticas, como a Braquiária (4.5% em 2006). O balanço de energia superficial (troca de energia entre a superfície e a atmosfera) é muito influenciada pela presença de lâminas de água que cobrem parcialmente o terreno a cada verão, e as características particulares dos balanços hídrico e de energia acabam por influir no desenvolvimento da Camada Limite Atmosférica regional.


Flora:

     Com predominância típica de plantas de brejo, a flora possui em sua constituição espécies como: buriti, manduvi e carandá. Neste ecossistema também podemos observar a caracterização entremeada da vegetação de cerrado, campos e florestas.


1971. Brasil. Orquide (Laelia Purpurata).
Categoria: Comemorativo.
CPD: Ribeirão Preto - SP datado em 16/11/1971.
RHM: 713.


 
1977. Brasil. FDC não circulado Defesa do Meio Ambiente.
Proteção a Flora. Bromélia.
CBC e CPD: Rio de Janeiro - RJ datado em 21/09/1977.
Selo RHM: 1006.

 
     No Pantanal, há pelo menos, cerca de 3.500 espécies de plantas. Não homogênea, existe um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude. Nas partes mais baixas, há a predominancia de gramíneas, as quais são utilizadas como áreas de pastagens naturais para o gado. A pecuária é a principal atividade econômica do Pantanal. A vegetação de cerrado, com árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas rasteiras, aparece nas alturas médias. Poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com árvores maiores como angico, aroeira e ipê.
     Em altitudes maiores, o clima torna a paisagem parecida com a da caatinga, apresentando espécies típicas como os mandacarus, plantas aquáticas, piúvas (da família dos ipês com flores róseas e amarelas), palmeiras, orquídeas, figueiras e aroeiras. O pantanal possui uma vegetação rica e variada, que inclui a fauna típica de outros biomas brasileiros, como o cerrado, a caatinga e a região amazônica. A camada de lodo nutritivo que fica no solo após as inundações permite o desenvolvimento de uma rica flora. Em áreas em que as inundações dominam, mas que ficam secas durante o inverno, ocorrem vegetações como a palmeira carandá e o paratudal.
     Durante a seca, os campos são cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado. Essa vegetação também está presente nos pontos mais elevados, onde não ocorre inundação. Nos pontos ainda mais altos, como os picos dos morros, há vegetação semelhante da caatinga, com barrigudas, gravatás e mandacarus. Ainda há a ocorrência de vitória-régia, planta típica da Amazônia. Entre as poucas espécies endêmicas está o carandá, semelhante à carnaúba.


1978. Brasil. Defesa do Meio Ambiente.
Parque Nacional do Iguaçu.
Ipê amarelo.
Categoria: Comemorativo.
RHM: 1052.
Mint.


     A vegetação aquática é fundamental para a vida pantaneira: imensas áreas são cobertas por batume, plantas flutuantes como o aguapé e a salvínia. Essas plantas são carregadas pelas águas dos rios e juntas formam verdadeiras ilhas verdes, que na região recebem o nome de camalotes. Há ainda no Pantanal áreas com mata densa e sombria. Em torno das margens mais elevadas dos rios ocorre a palmeira acuri, que forma uma floresta de galerias com outras árvores, como o pau-de-novato, a embaúba, o jenipapo e as figueiras.


1979. Brasil. Selo de uma série contendo três selos.
Proteção à Natureza - Parque Nacional da Amazônia - Victoria amazonica.
XVIII Congresso da UPU.
Categoria: Comemorativo.
CBC: Brasília - DF. 11/06/1979.
RHM: 1091.


Fauna:

     Considerado um dos mais extraordinários patrimônios naturais, o pantanal possui uma biodiversidade faunística superada apenas pela existente na Amazônia, porém apresentando maior número de indivíduos por espécies. São mais de 650 espécies de aves (garças, tuiuiús, colhereiros, socos, saracuras), 80 de mamíferos (capivara, cervo-do-pantanal, ariranhas, onças, macacos), 260 tipos de peixes (dourado, piraputanga, piauçu, mato-grosso) e 50 de répteis (jacaré-do-pantanal, sucuri), além da grande diversidade de insetos. Mas, este número, refletem somente uma visão geral da biodiversidade ainda pouco estudada.
     Muito rica, provavelmente a fauna mais rica do planeta, a ave mais espetacular do pantanal é a arara-azul-grande, a qual se encontra ameaçada de extinção. Há também o tuiuús (a ave símbolo do Pantanal), tucanos, periquitos, garças-brancas, jaburus, beijas-flores (os menores chegam a pesar duas gramas), socós (espécie de garça de coloração castanha), jaçaãs, emas, seriemas, papagaios, colheriros, gaviões e curicacas. Entre os mamíferos, destacamos a onça-pintada a qual atinge cerca de 1,2 m de comprimento, 0,85 cm de altura e pesa até 150 kg, capivara, lobinho, veado-campeiro, veado catingueiro, lobo-guará, macaco-prego, cervo do pantanal, bugio (macaco que produz um ruído assustador ao amanhecer), porco do mato, tamanduá, cachorro-do-mato, anta, preguiça, suçurana, quati, tatu e outros.


     2004. Brasil. Máximo Postal particular não circulado.
  Selo do bloco RHM: 136.  Série América.
Preservação dos Manguesais e Zona de Maré. Tuiuús.
CBC Joinvile - SC. 05/06/2004.


     O pantanal também é extremamente piscosa, já foi catalogadas na região cerca de 263 espécies de peixes: piranha (peixe carnívoro e extremamente voraz), pacu, pintado, dourado, cachara, curimbatá, piraputanga, jaú e piau são algumas das espécies encontradas.
     Entre os repteis, os principais são o jacaré-do-pantanal, o jacaré-de-coroa, cobra boca-de-sapo (Jararaca), sucuri, Jibóia-constritora, Cobra-d'água, iguana, calango-verde, jabuti, cágado e outros.
      Entre os insetos, já foram catalogadas mais de 1.100 espécies de borboletas.



1975. Brasil. Duas quadras da série de três valores.
Preservação da Fauna e da Flora.
Ariranha - Pteronura brasiliensis – Roraima;
Jacaré do Pantanal - Caiman Jacaré - Mato Grosso;
Categoria: Comemorativos.
CPD: Rio de Janeiro, 17/06/1975.
RHM: 893 e 894.

1973. Brasil. Série Fauna e Flora.
Categoria: Comemorativos.
Eudocimus Ruber e Victoria regia Lindl;
Panthera Onca e Spathodea campanulata P. Beauv;
Ara Macau e Copernicia cerifera M;
Rhea Americana e Erythrina reticulada Presl.Categoria: Comemorativos.
RHM: 825/828.
Mint.


     Considerada a maior reserva ecológica do Mundo. Milhares de espécies da fauna convivem harmoniosamente em meio a uma flora exuberante, num contato direto com a natureza, magicamente distribuída em seus mais de 230.000 Km2 em território brasileiro. Localizado nos estados do Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul, cercado ao norte pela Serra dos Parecis, Azul e do Roncador, ao leste pela Maracaju Planalto Central, ao sul pela Serra do Boquena e ao oeste pelos charcos paraguaios e bolivianos, isto significa que a região seja formada por pântano, por ocasião das secas fica inteiramente livre das água, transformando-se em excelentes região de pastagem. Um verdadeiro patrimônio ecológico, habitado por várias espécies de mamíferos, répteis, aves e posuiíndo uma vegetação exuberante, que traduz em movimento de formas, cores e sons, os mais belos espetáculos da Terra.



1996. Brasil. Série ESPAMER 96 - Preservação da Fauna.
Categoria: Comemorativos.
Beija-Flor-Topázio-Vermelho - Topaza pella;
Beija-Flor-de-Topete - Stephanoxis lalandi;
Beija-Flor-de-Tesoura - Eupetomena macroura.
RHM: 1993/1995.
Mint.


1980. Brasil. Série Fauna Brasileira - Psitacídeos.
8ª LUBRAPEX.
Categoria: Comemorativos.
Papagaio de Peito Roxo - Amazona vinacea;
Papagaio da Cara Roxa - Amazona brasiliensis;
Charão - Amazona pretrei;
Papagainho - Touit melanonota.
RHM: 1166/1169.
Mint.


2001. Brasil. Aves Brasileiras.
Categoria: Blocos.
Arara-Azul-Grande - Anodorhychus hyacinthinus,
Jandaia - Aratinga solstitialis auricapilla;
Fura-Mato - Pyrrhura cruentata;
Papagaio-Galego - Amazona xanthops.
CBC: Brasília - DF. 03/06/2001.
RHM: 119.



 Bibliografia:
Wikipédia, a enciclopédia livre.

2 comentários:

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Um abraço.

Lúcio Carvalho.