sábado, 7 de agosto de 2010

O Cerrado brasileiro visto através da filatelia.

O Cerrado brasileiro visto através da filatelia


   Introdução.

  Você já apreciou o Cerrado brasileiro? Se já, sem dúvida deve lembrar-se que no período de florada variedade de espécies de plantas existente neste local dão boas-vindas e encantam os olhos de quem as observam.
     Entretanto, quer seja no período diurno quer seja no período noturno, quem gosta de apreciar a natureza, decerto irá surpreender-se com a inúmera variedade da fauna e flora ali existente; insetos alados que se alimentam do néctar das flores e as fertilizam, e que também servem de alimento à aves nativas, aracnídeos, répteis e até mesmo pequenos mamífero.


1998. Brasil. Série comemorativa alusiva a Flores do Cerrado.
Orquídea, Pau-Santo e Lobeira.
RHM: 2170/2172. Mint.

     Segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado estendendo-se por uma área de 2.045.064 km2 , abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goias incluído o Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí.
     Cortado Por três maiores bacias hidrográficas da América do Sul, o Cerrado possui índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade.


Ecossistemas do Bioma Cerrado do Brasil:

     - Cerrado (ecossistema),
     - Cerradão,
     - Campestre,
     - Floresta de galeria.

      Também existe os ecossistemas de transição com os outros biomas que fazem limite com o Cerrado.
    

2003. Brasil. Série América 2003:
 Flora e Fauna Autóctones - Plantas Medicinais do Cerrado.
Velame - Macrósiphonia velame, Amica - Lychnophovericides,
Pacari - Lafoensia pacari, Ipê Roxo - Tabebuia impetiginosa,
Embira - Xylopia aromatica, Tiboma - Himatanthus obovayus.
Dois CBC. Brasília 02/06/2003.
RHM: 131.



1988. Brasil. Série alusiva a Preservação da Fauna Brasileira.
Tamandua - bandeira - Myrmecophaga tridactyla;
Ouriço - preto - Chaetomys subspinosus;
Cachorro - do - mato -Vinagre - Speothos venaticus.
 Dois selos usado e um novo.
RHM: 1591/1593.

     Ainda que com dimensão menor que a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, a paisagem do Cerrado apresenta alta biodiversidade. Mesmo que não tenha sido muito afetada até a década de 1960, desde então, fatores influentes como o processo de degradação, vêm consideravelmente o ameaçando, essencialmente os cerradões, quer seja pelo o número relativamente crescente de cidades e rodovias, quer seja pelo crescimento das monocultura como a soja e o arroz, pecuária intensiva, carvoaria, desmatamento causado pelas atividades madeireira ou por frequentes queimadas devido às altas temperaturas e a baixa umidade, quanto ao mal cuidado do ser humano.



1982. Brasil. Série alusiva a Fauna Brasileira.
Tatu Canastra - Priodontes giganteus,
Lobo Guará - Chrysocyon brachyurus,
Veado Campeiro - Ozotoceros bezoarticus.
RHM: 1261/1263. Mint.


1975. Brasil. Dois selos de uma série com três valores
Preservação da Fauna e da Flora.
Pinheirais - Araucaria angustifolia - Paraná;
 Ariranha - Pteronura brasiliensis - Roraima.
RHM: 892/894. Mint.


Clima.

     Em geral, o clima predominante no Cerrado é o Tropical Sazonal, com períodos de chuvas e seca. Em média, a temperatura é de 25° C podendo chegar a 10° C ou menos no inverno e a 40° C no verão em que pode ocorrer períodos de incêndios espontâneos com intervalos variáveis de alguns anos.
     Em média, a proporção do índice pluviométricos ficam em torno de 1.200 e 1.800 mm, sendo os meses de março e outubro os mais chuvosos. Curto período de seca, denominado de veranicos, podem ocorrer durante a primavera e verão. Entre maio a setembro, estes índices mensais reduzem-se consideravelmente, e podem chegar a zero. No período de seca, a superfície do solo do Cerrado pode tornar-se muito seco (1.5 a 2 metros de profundidade). Vários estudos realizados no Cerrado mostraram que durante a seca, por transpiração, as folhas das árvores perdem razoáveis quantidade de água, evidenciando assim, a disponibilidade deste mineral nas camadas profunda do solo. Outra evidencia na estação da seca, é a floração do ipê-amarelo, árvore muito comum no Cerrado. Entretanto, a mais expressiva demonstração deste fato, é a presença de extensas plantações de eucaliptos, plenamente crescendo e reproduzindo sem que tenha a necessidade de irrigar e fertilizar o solo.
     A radiação solar é intensa e pode diminuir-se com a nebulosidade elevada nos meses extremamente chuvosos do verão. E não é comum a presença de ventos fortes. A atmosfera normalmente é agradável e o ar quase sempre fica parado. No mês de agosto, às vezes pode haver ventanias, levantando através de redemoinhos poeiras e cinzas de queimadas que podem ser visto a quilômetros de distância.


Relevo.

     Bem drenados, profundos e contendo camadas de húmus, os solos do Cerrado possuem aspectos intemperizados, devido à alta lixiviação e a pouca fertilidade, apresenta PH ácido, entre 4,3 e 6, e é constituídos por alumínio, fosforo, calcio, magnésio, potássio, zinco, materiais orgânicos e argila composta de gibsita, goetita e caulinita.
     Acidentados, com poucas áreas planas e morros mais altos com predomínio de pedregulhos e argila contendo pedras e areia, os pontos mais altos do relevo do Cerrado encontram-se na cadeia que passa pelo Estado de Goias em direção sudoeste-norte. O Pico da Serra do Pireneus, com 1.385 metros de altitude, a Chapada dos veadeiros com 1.250 metros de altitude e outros pontos com elevações consideradas os quais se estende em direção noroeste; a Serra do Jerônimo e outras menores, com altitudes entre 500 a 800 metros.
     Há outras formações é constituídas por afloração de rochas calcárias, com fendas, grutas e cavernas de várias extensões, onde podemos encontrar rios e lagos subterrâneos de águas cristalinas e visualizar belas esculturas de estalagmite e estalactite as quais a natureza sabiamente levou centenas de anos para esculpí-las.
     Em consequência do desenvolvimento agrícola e de pastagens, incluindo o reflorestamento com eucaliptos na década de 1960, ainda há várias estruturas de solos em níveis insustentáveis e de difícil recuperação, principalmente no cerradões. No entanto, devido às características do solo e o regime de chuvas, medidas de recuperação para se tentar revitalizar o solo estão sendo efetuadas ao se utilizar o sistema de reflorestamento usando a vegetação local associada ao plantio de milho, feijão, café, freijó, maniçoba, buriti ou dendê.


Flora.

     A vegetação do Bioma do Cerrado não tem característica única. Diversificada, ela apresenta desde de formações campestres, como os campos limpos de cerrados, até as formações mais compactas de florestas latifoliadas tropicais (Mata da bacia do rio Paraná e matas galerias), como os cerradões. Entre tais extremos, encontramos variadas formas intermediárias com aspéctos de Savana, como os campos sujos, os campos cerrados e os cerrados sensu stricto ( s.s.). Portanto, o Bioma do Cerrado se mostra como um mosaico de características e se revela ora como cerradão, campo sujo, campo limpo, campo cerrado, ou como cerrado s.s. Bastaria um simples passeio de poucos kilometros para observar-mos estas diferenças. As diferenças estão essencialmente relacionadas ao mosaico de manchas de solo pobre ou um pouco menos pobre, pela frequência, época e intensidade das queimadas e pela a própria ação dos homens. Portanto, mesmo que o Bioma do Cerrado seja prevalecido de clima Tropical Sazonal, os fatores preponderantes que limitam a vegetação são a fertilização do solo e o fogo. O Climax climático do Dominio do Cerrado não é o Cerrado, mas tão somente a Mata Mesófila de Interflúvio que se mantem permanentemente verde, as quais só existe em poucas áreas de solo férteis como a conhecida terra roxa. Assim, as variadas formas de Cerrado são pedoclimaces ou piroclimaces independente do fato limitante. Todavia não devemos deixar de admitir que algumas formas abertas de cerrado são produzidos pela as interferências humanas ao derrubarem a vegetação nativa com o objetivo de produzirem carvão ou lenha.


1992. Brasil. Ipê - amarelo, árvore típica do Cerrado.
CFN, 2º porte nacional, série A, papel brilhante.
RHM: 690. Mint.
Há um outro, em papel fosco emitido em 1993.


1981. Brasil. Série alusiva a Flora Brasileira
Flores do Planalto Central.
Cassia clausseni Benth;
 Eremanthus sphaerocephalus Baker;
 Dalechampia caperonioides Baill;
Palicourea rigida H.B.K.
RHM: 1218/1221. Mint.

     Mesmo que não conhecida totalmente, abrangendo uma área com cerca de 20% do território nacional, a vegetação do Cerrado é bastante rica, e de forma geral, distingui-se por dois estratos; o lenhoso formado por árvores e arbustos, denso, com florestas, e o herbáceo, constituídos por gramíneas e subarbustos. Todos são curiosamente heliófilos e os estratos herbáceo são formados por árvores que não produzem sombras, umbrófilas, dependente do estrato lenhoso. A sombra prejudica o seu crescimento e o seu desenvolvimento. A formação densa da vegetação lenhosa, determina a eliminação em grande parte do estrato herbáceo. Assim, podemos afirmar que os dois são opostos um ao outro, portanto, as formas intermediárias representam verdadeiros ecótones, onde a vegetação herbácea/subarbustiva e a vegetação arbórea/arbustiva estão em intensa competição, cada uma procurando ocupar o seu espaço de forma individual, independente. Os dois estratos não compõem uma comunidade em total harmonia e integrada como nas florestas, mas formam duas comunidades antagônicas. Tudo que venha beneficiar uma, prejudica a outra, e vice versa. Diferem uma da outra, não somente pelo o seu aspécto biológico, mas pelas suas floras; pela a profundidade de suas raizes, pelo o moda em que se comportam em relação à seca , ao fogo. Entre outros fatores, não podemos deixar de apontar a sua ecologia.


Fauna.

     A fauna do Bioma do Cerrado, mesmo apresentando uma grande variedade de espécies, também é pouca conhecida, principalmente a dos invertebrados. No Bioma, são atualmente conhecidos cerca de 1.500 espécies de animais os quais formam o segundo maior grupo de animais em todo o planeta. Qunto aos vertebrados, o que se sabe, são listagens de espécies mais conhecidas e pouco se sabe sobre eles. Só recentimente estão sendo feitos alguns trabalhos científicos, teses e dissertações sobre as espécies existêntes no Cerrado.


1973. Brsil. Selos de uma série contendo quatro valores alusiva a Fauna e Flora.
Panthera Onca e Spathodea campanulata P. Beauv;
Rhea Americana e Erythrina reticulada Presl.
 Embora pouco vista na região, a onça pintada é típica do Cerrado.
RHM: 826 e 828. Mint.


2006. Brasil. Máximo Postal Particular não circulado com um selo da série alusiva a
 Parques e Reservas Nacionais.
 Parque Nacional das Emas.
CBC datado em 04/09/2006. Goiana - GO.
Selo RHM: 2653.


Um dos quatro Máximos Postais oficiais não circulado emitido pela E.C.T.
Selo da série Fauna Brasileira - Tucanuçu - Ramphastos toco.
CBC datado em 21/05/1983. Brasiléia - Suíça.
Selo RHM: 1321.
Tucano, ave típica do Cerrado.

     Quanto aos vertebrados, atualmente se tem conhecimento que no Bioma do Cerrado há representante de:

     - Aves: Cerca de 830 espécies;
     - Anfíbios: Cerca de 150 espécies, dos quais, 45 são endêmicos;
     - Mamíferos: Cerca de 50 espécies, os quais pertencem a 67 gêneros;
     - Répteis: Cerca de 120 espécies, os quais 45 são endêmicos.


1991. Brasil. Selo em quadra de uma série contendo três valores alusivos a Brapex 91.
  VIII Exposição Filatélica - Brasileia.
CBC datado em 13/10/2001.
Vitória - Espirito Santo. 
Beija - flor - Colibri serrirostris, típico do Cerrado.
RHM: 1755.
 

2001. Brasil. Bloco alusivo ao Centenário do Instituto Butantan.
Insetos, aracnídeos e réptes.
Dirphya sp;
 Megalopyge sp;
Phoneutria sp;
 Tityus bahiensis;
Crotalus durissus;
 Micrurus corallinus;
 Lachesis muta;
 Bothrops jararaca.
CBC datado em 23/02/2001 - São Paulo - SP.
RHM: 118.


     Por ser uma área onde nascem rios dos mais importantes do território brasileiro, além de uma gradende variedade de peixaes há também um número rasoável de mariscos e crustáceos.
    Por ser terrestre, não devemos afirmar peixes do Bioma do Cerrado, mas peixes do Domínio do Cerrado.


1999. Brasil. Selos retirado do bloco China' 99 - Ano do Coelho.
Dourado - Salminus maxillosus,
Cascudo - chicote - Rineloricaria sp.
Selos RHM: 2212 e 2216. Usados.


2005. Brasil. Bloco Piracema.
Processo de Reprodução dos peixes.
CBC datado em 03/01/2005 - Campo Grande - MS.
RHM: 139.



Elaborado por: Lúcio Carvalho.



 
Bibliografia:

      Dicionário Aurélio.

2 comentários:

  1. laurindodecarvalho@gmail.com7 de agosto de 2010 às 17:58

    Não sabemos como os outros o vê, mas nós o vemos como um homem que procura presentear o mundo com suas criações, um artista nato e sensível, um eterno jovem criador.

    Seus filhos:

    Daiane, Amanda e Rodrigo.

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  2. Trabalho interessante.

    Meus parabêns.

    Continue assim.

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Um abraço.

Lúcio Carvalho.