segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O por quê do v0o dos besouros.

Ao lado, selo de uma série contendo seis valores alusivos a insetos emitido pela Alemanha DDR em 1968. Yvert: 1109. Mint.
Há muitas Balbúrdias sobre as diferentes e estranhas coisas existentes na Natureza. A bem da verdade, algumas realmente são. Uma delas, consiste em alguém se perguntar como um estranho e bizarro besouro pode voar, se a conexão entre o comprimento do corpo, o tamanho das asas e o peso do inseto, infringe a “Leis da Aerodinâmica”.
Entretanto, várias pessoas pensam que os coleópteros (Coleoptera), ordem de insetos popularmente conhecida como besouros, movidos por força misteriosa e inteligente, ignoram o fato científico, projetam o corpo para frente e voam.

Selos alusivos a besouros emitido em 2001 pela Bielorússia. Yvert: 368/369. Mint.

Na realidade, quem convive com os animais e observa a natureza com a mente aberta, evidência que não há nada de milagroso e sobre natural no fato. Pelo contrário. Sabe que a causa de todo este mistério, consiste em se fazer duas observações bem distintas: primeiro visualizar o bichinho voando, depois, andando, elegantemente mostrando o seu colete.
O mecanismo que permite o voo dos besouros é o conjunto dos dois pares de asas que eles têm e a musculatura vigorosa. O primeiro par de asas fica em posição superior e é bastante endurecido.
Apesar de sua enorme diversidade morfológica, os besouros são facilmente reconhecidos pela sua aparência “cascuda”, principalmente por causa dos élitros, primeiro par de asas modificadas pelo endurecimento e sem função para o voo.
Situados na parte superior do animal, os élitros são bastante duros, funcionam como uma espécie de invólucro quando estão fechadas e parecem formar uma carapaça. De certa forma, formam.
Os élitros não funcionam bem como uma asa, pois devido à sua constituição rígida, não dobrável, desprovido de veias e nervuras, servem como proteção para as asas traseiras imediatamente abaixo e usadas para voar. Os élitros também possuem funções secundárias, durante o voo funciona como um para queda favorecendo o equilíbrio e de proteção das partes moles do abdome do inseto.

Série alusiva a besouros emitida em 1994
pela República Dominica. WWF.
Yvert: 1612/1615. Mint.

O segundo par de asas ficam protegidos pelos élitros. Este portanto, é um tanto diferente, pois é membranoso e sustentado por várias nervuras. É este par de asas que vemos bater e pensamos ser as únicas asas que os nossos bizarros cascudo possui, quando na realidade não é bem assim.
A musculatura responsável por fazê-los voar é bastante desenvolvida, sendo que alguns dos músculos que movem as asas se originam na coxa do inseto.
Para voar, os besouros abrem os élitros que ficam imóveis, formando um ângulo com o corpo, estendem as asas membranosas até ficarem planas e dão um impulso com as pernas.
Assim que começam o voo planado, os besouros dão início ao batimento vertical das asas membranosas, que possibilita seu deslocamento e aproveitam as correntes de ar para voarem mais alto. Mesmo não possuindo cauda, o vento é muito eficaz para os impulsionarem.

Bloco alusivo a insetos emitido em 1996
pela república do Togo.
Yvert: 301. Mint.

As cores dos élitros possui a função de mimetismo e de defesa ou alerta aos predadores, como na joaninha.
Os élitros variam em tamanho e textura. Há espécie de coleópteros que possuem os élitros pequenos, e o número de segmentos expostos serve para identificar grupos distintos. Outras deixam exposto apenas o pigídio (último segmento abdominais de alguns insetos).
Para ser chamado de élitro o par de asas anteriores modificadas deve ser enrijecida, córneo, não membranosa nem transparente. Nalguns casos os élitros estão fundidos, deixando o inseto sem a capacidade de voar.
Com efeito, diariamente estes animais nos surpreende e têm muito a nos ensinar. Quando vemos um besouro calmamente subindo em uma árvore ou sobre uma folha, obviamente, não pensamos que ele possui aerodinâmica suficiente para voar. É verdade, temos razão em concluir isto! Ele realmente não possui nessa configuração. Quando toma impulso e começa seu voo, com os élitros abertos e as asas membranosas batendo, nosso cascudo vira um bimotor.
Assim, podemos ver que os besouros possuem aerodinâmica e não existe “Leis da Aerodinâmica”, o que há, são as Leis do Movimento propostas por Isaac Newton, que pode ser aplicada a qualquer corpo em movimento, e não apenas a objetos em voo. Portanto, não há mistério sobre o voo dos besouros.









Elaborado por: Lúcio Carvalho.


Bibliografia.

Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sites filatélico.
 

4 comentários:

  1. Lúcio.

    Muito simpático o estilo desenvolvido neste artigo.

    Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Ok! Márcia.
    Estava sob o influxo de uma inspiração. Talvez, motivado pela a ocorrência a qual tens conhecimento. Mas, por razões óbvia, não seria prudente expô-la.

    Beijos.

    ResponderExcluir
  3. Tânia Alves Ribeiro.26 de janeiro de 2011 às 21:22

    Lúcio.

    Desta vez, estou utilizando o blog para lhe enviar a mensagem de que tanto eu como o marcos estávamos com saudade de ler seus artigos. Mas, afirmo que não há nada plausível que possa justificar nossa ausência. A falta de tempo motivada pelo trabalho, seria não mais que uma simples desculpa e você saberia, nos conhece. Em fim, só posso lhe dizer que estão ótimos seus últimos artigos, parabêns, quem sabe, retornarei breve.

    Um grande Abraço.

    ResponderExcluir

Seja bem-vindo! Envie suas mensagens no campo de comentários.

Um abraço.

Lúcio Carvalho.