Os anfíbios visto através da filatelia.
Introdução.
Introdução.
A classe dos atuais anfíbios reúnem cerca de seis mil espécies e evoluíram após o Jurássico. Em geral, estão associados ao ambiente aquático. Várias espécies, passam parte de sua vida na água e parte na terra.
2008. Brasil. Bloco Serra do Japi. No canto inferior esquerdo, temos a espécie Phillomedus aburmeisteri - “Perereca da folhagem”. RHM: 148. CBC da Cidade de Jundiai.
Classificação.
Os anfíbios estão classificados em três ordem:
- Anuro: Grupo que reuni as rãs, os sapos e as pererecas;
- Gymnopphiona (apoda): Grupo representado pelas cobras-cegas ou Cecília. Esses animais passam a vida entocados e são muito frequentemente confundidos com outra ordem. (Não tenho imagem).
- Caudata (urodela): Grupo que reuni as salamandras. Quanto as seus aspectos, em geral, são semelhantes aos anfíbios primitivos, mas, quanto ao crânio e ao esqueleto, várias características antigas desapareceram. Para evitarem o ressecamento, esses animais vivem em locais úmidos e a pele sem escamas, age como órgão respiratório.
1992. Ilhas Fiji. 1985. Luxemburgo.
Selo de uma série de quatro selos Selo de uma série de quatro selos
alusivos a fauna protegida WWF. alusivos a espécies ameaçadas de extinção.
Yvert: 390. Mint. Yvert: 1086. Mint.
Bosna. Máximo postal oficial não circulado alusivo a salamandra atra prenjensis. CBC com data de 30/03/2004.
Metamorfose.
Em seu ciclo de vida, geralmente os anfíbios evoluem em três fases; ovo, larva e adulto. Entre a fase larval e a adulta, passam por transformações que desencadeia uma reestruturação total de suas formas físicas. De larvas aquáticas, que respiram por meio brânquias, se tornam adultos com patas e respiram por pulmões. Isso, permite que os animais vivam fora da água, retornando a este meio no período de reprodução.
Àfrica do Sul. FDCs oficiais não circulados alusivos a anfíbios com CBC datado em 23/06/2000.
Umidade da pele.
A pele, desempenha uma função fundamental de auxiliar a respiração e a proteção destes animais. Glândulas espalhadas pelo copo, tem a finalidade de mantê-los úmidos e evitar o ressecamento quando se afastam do ambiente aquático.
Troca de pele.
Todos os anfíbios trocam de pele, mas, não as fazem por inteiro, trocam apenas fragmentos. A frequência dessa muda, varia de uma espécie para a outra.
2002. México. Selo alusivo a proteção à natureza. Selvas Tropicais. Yvert: 1997. Mint.
1976. Japão. Selo Proteção à Natureza. Yvert: 1195. Mint.
Pular, ao em vez de correr
Devido a estrutura de seus membros não permitir que os anfíbios sejam ágeis na terra, algumas espécies, possuem membros posteriores e modificações na coluna que lhes permitem saltar.
Alimentação.
Todos se alimentam de insetos e larvas, por isso, a maioria possuem a língua especializada. Além de comprida e ágil, é viscosa para agarrar as presas. Entretanto, algumas espécies são capazes de caçar pequenos mamíferos, aves e até mesmo, outros anfíbios. Sapos, pererecas e rãs, entre outros, possuem a boca larga e a visão aguçada, o que facilita sua alimentação.
Os olhos grandes na maioria das espécies, permitem localizarem o alimento mesmo à noite. Por sua vez, as Cecília possuem olhos pequenos, para se alimentarem, usam o olfato para capturarem as suas presas.
Espanha. Série alusiva a anfíbios.Yvert: 1916/20. Mint.
Moradia.
Como vimos, os anfíbios vivem próximo à água, ou em locais úmidos, em zonas tropicais ou temperadas. Entretanto, há espécies adaptadas ao frio, regiões áridas e desérticas. Para sobreviverem nos locais de alta temperatura, eles adquiriram hábitos noturnos. Para contornarem a falta de água, aprenderam a se esconder em buracos na época da seca e a hibernarem em casulos impermeáveis.
Grenada e Grenadines. Selo de uma série contendo sete selos alusivos a fauna e flora. Yvert: 132/138.
Reprodução e Fecundação.
A reprodução é influenciada por fatores ambientais, como temperatura, período das chuvas e duração dos dias. Algumas espécies, no período de reprodução, se deslocam em direção a rios e lagos mais próximos. Cumprindo assim, o ritual de voltarem sempre ao local onde foram gerados, a água.
A fecundação dos sapos, rãs e pererecas é externa. Para haver a fecundação, os machos abraçam as fêmeas para estimularem a liberação dos óvulos. Este abraço é denominado de amplexo.
Duas características se destacam no ato do acasalamento; uma única fêmea pode se abraçada por dezenas de machos, e algumas espécies possuem estruturas ásperas nos dedos dos membros anteriores que são úteis na hora de abraçarem as fêmeas.
Há algumas espécies raras de salamandras que realizam a fecundação interna. Isso ocorre, quando os espermatozóides dos machos são transferidos para o corpo das fêmeas por meio de uma gelatinosa massa denominada espermatóforo. Este tipo de fecundação, impõem ao macho e a fêmea, a terem bom sincronismo, uma vez que o macho, conduz a fêmea rumo ao espermatóforo depositado no fundo do rio, lago ou na terra. A cloaca da fêmea absorve o espermatóforo, e depois, os óvulos são fecundados no interior do seu corpo. Quanto ao grupo das Gymnoppionas, os machos possuem pênis, órgão responsável em por os espermatozóides no corpo das fêmeas. Os filhotes das cobras-cegas, nascem relativamente desenvolvidos.
Ovos e larvas.
Por não possuírem casca, os ovos dos anfíbios são protegidos por uma massa gelatinosa que se estraga rápido em ambiente sem água. A quantidade varia de acordo com a espécie.
As fêmeas procuram ter suas posturas as margens de rios, lagos, ou fixos em arbustos, ou em qualquer outra estrutura solida.
Entre os sapos, os ovos são agrupados formando longos cordões, os das rãs, geralmente envoltos em uma gelatina assemelhada a espuma e as salamandras, colocados em grupos.
Em geral, a fase larval ocorre em ambiente aquático. Normalmente, as larvas de rãs e de sapos, nascem poucos dias após a fertilização das fêmeas. Os girinos, como são chamados, possuem corpo esférico, cauda e brânquias.
Tanto na forma, como no comportamento e na alimentação, as larvas são bem diferentes dos indivíduos adultos. As larvas de hábitos herbívoros, possuem um bico córneo e dentículos adequados para a raspagem, as de hábitos predatório, se alimentam de outras larvas.
As larvas podem viver entre poucos dias a vários meses até a metamorfose, processo de transformação pelo o qual se desenvolvem as pernas traseiras, a cabeça se torna preeminente, o corpo adquire contornos hidrodinâmico e as brânquias são reabsorvidas. Ao desenvolverem as pernas dianteiras, as larvas já exibem o corpo compacto, saem da água e se transformam em indivíduos adultos algum tempo mais tarde.
Versificação.
Existem espécies que não sai da água, outras, que não entram na água em nenhum momento de sua vida. Há também, espécies que quando adultos, não possuem pulmões e respiram por brânquias, pela mucosa bucal ou pela pele, denominado respiração cutânea.
Senso de direção.
Como já comentamos, durante o período de reprodução, várias espécies empenham em encontrar o mesmo local onde nasceram para encontrarem os seus parceiros. Para isso, utilizam o olfato ou notando pequenas alterações magnéticas do solo.
A relação dos homens com os anfíbios.
Ampla e variada é a relação humana com os anfíbios, e está compreendida entre o uso científico, educacional e comercial. O estudo dos anfíbios nos permitem compreender a evolução dos vertebrados, como também, aprimorar os conhecimentos em outras áreas, como, a fisiologia, farmacologia e embriologia.
Artigo elaborado a partir de páginas de minha coleção.
Lúcio Carvalho.
Referências bibliográficas:
www.mundosites.net/biologia/anfibios.htm
www.suapesquisa.com/ecologiasaude/anfibios/
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